O Eco de um Passado Primordial

O Eco de um Passado Primordial surge de uma inquietação transformada na vontade de conhecer quem somos, o que fazemos aqui e para onde vamos. Num período em que o rumo a seguir se torna, por vezes, tão turvo é importante parar, olhar para trás e refletir. Assim, na procura daquilo que pode ser a ess...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: João Bernardo Bispo Gomes
Other Authors: Faculdade de Arquitectura
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2021
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/10216/132986
Description
Summary:O Eco de um Passado Primordial surge de uma inquietação transformada na vontade de conhecer quem somos, o que fazemos aqui e para onde vamos. Num período em que o rumo a seguir se torna, por vezes, tão turvo é importante parar, olhar para trás e refletir. Assim, na procura daquilo que pode ser a essência do Homem, das suas criações e, consequentemente, da arquitetura, o nosso olhar é dirigido para um período original, onde a nossa espécie dá os primeiros passos, reage aos seus instintos mais naturais e começa a palmilhar um caminho de descoberta e de conquista que nunca parou por algum momento. Temos, então, o passado como ferramenta (projetual) que não nos deve induzir numa estagnação nesses tempos de outrora, mas antes motivar-nos a redescobrir e a reinterpretar o nosso tempo presente e aquele que há-de vir. Importa por isso reconhecer as constantes, aquilo que desde o início está presente e que jamais nos abandonou e jamais abandonará. Mais do que formas, encontramos aí uma permanente postura perante o mundo, um eterno desejo e uma eterna necessidade de ordenar o espaço à nossa volta, capaz de unir o público e o privado, a comunidade e a intimidade, o templo e a casa. Deambulando por essa vastidão, entre as formas e as ideias que as motivam, entre territórios próximos e longínquos, entre a investigação e a prática, entre a história e o estado atual da disciplina, percorre-se a intemporalidade e a universalidade da arquitetura, e define-se um imaginário que, consciente ou inconscientemente, acaba por estar inevitavelmente presente em toda a prática arquitetónica. === The Echo of a Primordial Past arises from a concern transformed into the desire to know who we are, what we do here and where we are going. At a time when the path to follow is sometimes so cloudy, it is important to stop, look back and reflect. Thus, in the search for what may be the essence of Man, his creations and, consequently, architecture, our look is directed to an original period, where our species takes its first steps, reacts to its most natural instincts and begins walking a path of discovery and conquest that never stopped for some time. We have, then, the past as a (design) tool that should not induce us to stagnate in those times of yore, but rather motivate us to rediscover and reinterpret our present time and that which is to come. That is why it is important to recognize the constants, that which has been present since the beginning and which has never abandoned us and will never abandon us. More than forms, we find there a permanent posture towards the world, an eternal desire and an eternal need to organize the space around us, able to unite the public and the private, the community and the intimacy, the temple and the house. Wandering through this vastness, between the forms and the ideas that motivate them, between nearby and distant territories, between research and practice, between history and the current state of the discipline, we explore the timelessness and universality of architecture, and we define an imaginary that, consciously or unconsciously, ends up being inevitably present in all architectural practice.