Tomada de decisões intertemporais e perceção do tempo na psicopatia: um estudo neuropsicofisiológico

Têm-se realizado muitos estudos sobre tomada de decisões, designadamente sobre os processos de escolhas intertemporais. O que os resultados desses estudos mostram é que as pessoas em geral evitam o risco quando têm de escolher entre opções associadas com resultados prováveis vs. resultados certos e...

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Main Author: Diana Patricia da Silva Dias Moreira
Other Authors: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2021
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/10216/132434
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spelling ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1324342021-12-12T05:53:41Z Tomada de decisões intertemporais e perceção do tempo na psicopatia: um estudo neuropsicofisiológico Diana Patricia da Silva Dias Moreira Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Psicologia Psychology Ciências sociais::Psicologia Social sciences::Psychology Têm-se realizado muitos estudos sobre tomada de decisões, designadamente sobre os processos de escolhas intertemporais. O que os resultados desses estudos mostram é que as pessoas em geral evitam o risco quando têm de escolher entre opções associadas com resultados prováveis vs. resultados certos e o intervalo de tempo entre a escolha e a concretização do ganho/prejuízo é um fator importante na decisão, preferindo-se receber ganhos mais cedo e prejuízos mais tarde. Todavia, poucos estudos se debruçaram sobre as especificidades decisionais de indivíduos com traços acentuados de personalidade psicopática e apenas um investigou as decisões intertemporais nestes indivíduos. A literatura evidencia que na psicopatia estão afetados processos fronto-límbicos que podem estar na base de padrões de desinibição e de impulsividade, afetando a forma como estes indivíduos tomam decisões e as organizam temporalmente. Neste trabalho pretendia-se analisar os padrões de escolha intertemporal em pessoas de elevada psicopatia e relacionando tais padrões com mecanismos de perceção temporal, recorrendo quer a medidas comportamentais quer a dados neurofisiológicos. Foram realizados sete estudos empíricos e, no geral, os dados sugerem que quanto maior é a desinibição, maior é a tendência para subestimar o tempo na condição emocional desagradável na tarefa de estimativa temporal e que existe subprodução temporal na condição neutra e sobreprodução temporal nas condições emocionais agradável e desagradável, na tarefa de produção temporal. O oposto verificou-se na tarefa de reprodução temporal, em que se verificou uma subreprodução temporal nas condições emocionais agradável e desagradável e sobrerreprodução temporal na condição neutra e se observou que indivíduos com traços psicopáticos de desinibição mais vincados são orientados para a obtenção de ganhos de menor valor imediato, na tarefa de decisões intertemporais. Compreender a razão de os indivíduos de elevada psicopatia negligenciarem fortemente as consequências futuras é o passo primordial para o desenvolvimento de intervenções específicas para alterar este comportamento, que acarreta consequências negativas para o dia a dia e para as relações interpessoais. Os programas de tratamento poderiam utilizar estratégias de intervenção que manipulassem o atraso temporal das recompensas ou que restruturassem cognitivamente a perceção das escolhas intertemporais. A intervenção poderia, igualmente, ser capaz de alterar diretamente o sistema de temporização que, por sua vez, iria afetar profundamente a forma como os indivíduos processam recompensas de atraso e estruturam o comportamento para as ações de promoção de saúde. 2021-12-11T00:15:00Z 2021-12-11T00:15:00Z 2021-01-05 2021-02-26 Tese sigarra:445721 https://hdl.handle.net/10216/132434 101436050 por openAccess application/pdf
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Diana Patricia da Silva Dias Moreira
Tomada de decisões intertemporais e perceção do tempo na psicopatia: um estudo neuropsicofisiológico
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