Onde mora o arco-íris: jovens LGBTI, clima escolar e o papel das comunidades

• Main Author: Telmo Filipe de Sousa Fernandes
• Other Authors: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
• Format: Others
• Language: Portuguese
• Published: 2021
• Subjects: Ciências da educação; Educational sciences; Ciências sociais::Ciências da educação; Social sciences::Educational sciences
• Online Access: https://hdl.handle.net/10216/129404

A influência do território e do perfil da comunidade educativa nas experiências de jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo em contexto escolar tem-se constituído recentemente como objeto de análise. Esta dissertação de mestrado centrou-se nas experiências desta população no contexto educativo português, adotando como objetivo central de análise a influência do perfil das comunidades na qualidade do clima escolar. A pesquisa recorreu a uma análise secundária de dados coletados através de um inquérito por questionário disseminado em redes sociais no âmbito de uma investigação de âmbito nacional, em cuja implementação o autor participou. A partir de uma amostra de 672 respondentes, foi identificada, por um lado, informação acerca da morfologia e contextualização geográfica das comunidades escolares, e, por outro, a influência destas características na incidência de experiências de discriminação homofóbica e transfóbica. Procurou também analisar-se em que medida a adoção de medidas que referem explicitamente e de forma positiva temáticas relacionadas com orientação sexual, identidade e expressão de género e características sexuais influencia, por um lado, o apoio demonstrado por parte do pessoal docente, funcionários/as e direção da escola, e, por outro, a forma como estes/as jovens geram a visibilidade das suas identidades, um indicador central do seu sentimento de pertença e da qualidade do clima escolar. Os resultados sugerem que a adoção de medidas educativas anti discriminatórias que explicitam estes temas pode potenciar um incremento da visibilidade e bem-estar destes/as jovens, contrariando ao mesmo tempo o acesso desigual a recursos e o peso da discriminação que se faz sentir em comunidades escolares de territórios mais desfavorecidos.