Evolução cognitiva na doença de Parkinson, ao longo de 5 anos, após estimulação cerebral profunda
A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo o mundo e é caracterizada por um leque diverso de sintomatologia motora e não motora profundamente incapacitante. A estimulação cerebral profunda (ECP) é uma terapêutica de comprovada eficácia praticada na DP. Apesar...
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2021
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1293522021-06-02T05:25:54Z Evolução cognitiva na doença de Parkinson, ao longo de 5 anos, após estimulação cerebral profunda Ana Isabel da Costa Ramos Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Psicologia Psychology Ciências sociais::Psicologia Social sciences::Psychology A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo o mundo e é caracterizada por um leque diverso de sintomatologia motora e não motora profundamente incapacitante. A estimulação cerebral profunda (ECP) é uma terapêutica de comprovada eficácia praticada na DP. Apesar de apresentar resultados bastante satisfatórios no que diz respeito à sintomatologia motora, o seu efeito a nível cognitivo é ainda pouco compreendido com alguns estudos a reportarem alterações cognitivas relevantes em diferentes domínios da cognição, com particular incidência na fluência verbal. O presente estudo pretende assim investigar e compreender, numa perspetiva longitudinal, a evolução cognitiva de doentes submetidos a ECP na Unidade de Doenças do Movimento e Cirurgia Funcional do CHUSJ e, ainda, verificar a existência de diferenças nesta evolução entre doentes com ou sem alterações cognitivas pré-cirúrgicas. Os resultados sugerem uma deterioração longitudinal significativa em provas neuropsicológicas dependentes dos domínios da fluência verbal, cognição global, capacidades visuoconstrutivas e funcionamento executivo (atenção, iniciação/perseveração, memória de trabalho) particularmente proeminente 5 anos após a cirurgia. O declínio cognitivo observado em relação à fluência verbal foi especialmente saliente, nomeadamente no que diz respeito à fluência verbal fonémica que declinou de forma significativa logo após 18 meses. Verificou-se ainda que a evolução cognitiva destes doentes não foi influenciada pelo perfil cognitivo inferido antes da cirurgia (normal vs defeito cognitivo ligeiro). Deste modo, apesar de limitações evidentes, a presente investigação apresenta-se como um importante contributo no avanço da compreensão das alterações cognitivas que podem surgir após a ECP. 2021-05-31T23:30:24Z 2021-05-31T23:30:24Z 2020-07-21 2020-06-22 Dissertação sigarra:422611 https://hdl.handle.net/10216/129352 202507785 por restrictedAccess application/pdf |
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A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em
todo o mundo e é caracterizada por um leque diverso de sintomatologia motora e não motora
profundamente incapacitante.
A estimulação cerebral profunda (ECP) é uma terapêutica de comprovada eficácia
praticada na DP. Apesar de apresentar resultados bastante satisfatórios no que diz respeito à
sintomatologia motora, o seu efeito a nível cognitivo é ainda pouco compreendido com
alguns estudos a reportarem alterações cognitivas relevantes em diferentes domínios da
cognição, com particular incidência na fluência verbal.
O presente estudo pretende assim investigar e compreender, numa perspetiva
longitudinal, a evolução cognitiva de doentes submetidos a ECP na Unidade de Doenças do
Movimento e Cirurgia Funcional do CHUSJ e, ainda, verificar a existência de diferenças
nesta evolução entre doentes com ou sem alterações cognitivas pré-cirúrgicas.
Os resultados sugerem uma deterioração longitudinal significativa em provas
neuropsicológicas dependentes dos domínios da fluência verbal, cognição global,
capacidades visuoconstrutivas e funcionamento executivo (atenção, iniciação/perseveração,
memória de trabalho) particularmente proeminente 5 anos após a cirurgia. O declínio
cognitivo observado em relação à fluência verbal foi especialmente saliente, nomeadamente
no que diz respeito à fluência verbal fonémica que declinou de forma significativa logo após
18 meses. Verificou-se ainda que a evolução cognitiva destes doentes não foi influenciada
pelo perfil cognitivo inferido antes da cirurgia (normal vs defeito cognitivo ligeiro).
Deste modo, apesar de limitações evidentes, a presente investigação apresenta-se
como um importante contributo no avanço da compreensão das alterações cognitivas que
podem surgir após a ECP. |
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