Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study

Introdução: As neuropatias ópticas têm várias etiologias possíveis e, por vezes, o diagnóstico estabelecido ab initio é redefinido após novas investigações e/ou novos eventos neurológicos. Neste estudo, pretendemos identificar possíveis factores preditivos que possam ditar essa mudança de diagnóstic...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: José Miguel da Silva Alves
Other Authors: Faculdade de Medicina
Format: Others
Language:English
Published: 2021
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/10216/128909
id ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-128909
record_format oai_dc
collection NDLTD
language English
format Others
sources NDLTD
topic Medicina clínica
Clinical medicine
Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica
Medical and Health sciences::Clinical medicine
spellingShingle Medicina clínica
Clinical medicine
Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica
Medical and Health sciences::Clinical medicine
José Miguel da Silva Alves
Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study
description Introdução: As neuropatias ópticas têm várias etiologias possíveis e, por vezes, o diagnóstico estabelecido ab initio é redefinido após novas investigações e/ou novos eventos neurológicos. Neste estudo, pretendemos identificar possíveis factores preditivos que possam ditar essa mudança de diagnóstico durante o seguimento. Métodos: Analisámos retrospectivamente os registos médicos de 156 doentes internados com neuropatias ópticas no Departamento de Neurologia do Centro Hospitalar Universitário de São João, entre Janeiro de 2004 e Agosto de 2019. Foram analisados dados clínicos, laboratoriais e imagiológicos, protocolos de tratamento e dados relativos à evolução clínica dos doentes durante o tempo de seguimento do estudo. Resultados: No momento da alta do internamento, a nossa coorte era composta por 83 doentes com neuropatias ópticas idiopáticas (53,2%), 38 com nevrites ópticas relacionadas com esclerose múltipla (24,4%), 23 com neuropatias ópticas isquémicas (14,7%), 5 com nevrites ópticas relacionadas com doença do espectro da neuromielite óptica (3,2%) e 7 com outros diagnósticos (4,5%). Durante o seguimento, 129 doentes mantiveram o diagnóstico de alta do internamento (82,7%) enquanto que em 27 o diagnóstico foi redefinido durante o tempo de seguimento (17,3%). Nestes últimos, o tempo médio entre a admissão e a mudança no diagnóstico foi de 12,3 (5,4 - 42,9) meses. A análise multivariada (Regressão de Cox) demonstrou que os pacientes com neuropatia óptica atípica (presença de um dos seguintes achados clínicos: envolvimento ocular bilateral, acuidade visual ≤ 0,1 na admissão, agravamento ou recuperação não-substancial da acuidade visual durante o internamento) tinham menor risco de ter o seu diagnóstico inicial alterado durante o seguimento (HR = 0,320, 95% CI = 0,138-0,743, p = 0,008). Conclusão: O nosso estudo demonstra que alguns doentes admitidos com neuropatias óticas podem ter o seu diagnóstico redefinido durante o seguimento. Além disso, verifica que os doentes com neuropatias ópticas atípicas têm menor propensão a alterar de diagnóstico durante o seguimento. === Purpose: Optic neuropathies (ON) have several aetiologies and sometimes the diagnosis established ab initio is redefined after further investigations and/or new neurological events. We aim to identify possible predictive factors that may dictate that diagnostic change during follow-up. Methods: We retrospectively reviewed the medical records of 156 patients with ON admitted to the ward of our Neurology Department, between January 2004 and August 2019. Clinical, laboratory and imaging data, as well as treatment protocols and follow-up were analysed. Results: At the time of discharge from the ward, our cohort comprised 83 idiopathic ON (53.2%), 38 multiple sclerosis-related ON (24.4%), 23 ischemic ON (14.7%), 5 neuromyelitis optica spectrum disorder-related ON (3.2%), and 7 with other diagnoses (4.5%). During follow-up, 129 patients retained the ward's discharge diagnosis (82.7%) while in 27 it was redefined (17.3%). The median time between admission and change in diagnosis was 12.3 (5.4 - 42.9) months. Multivariate Cox regression analysis demonstrated that the patients with atypical optic neuropathy (presence of one of these clinical findings: bilateral eye involvement, visual acuity ≤ 0.1 at admission, worsening or non-substantial recovery of visual acuity during hospitalization) had lower risk of having the initial diagnosis changed (HR = 0.320, 95% CI = 0.138-0.743, p = 0.008). Conclusion: Our study illustrates that some patients admitted with optic neuropathy may have their diagnosis redefined during follow-up. Furthermore, it demonstrates that patients with atypical ON are those in which the diagnosis is more likely to remain during follow-up.
author2 Faculdade de Medicina
author_facet Faculdade de Medicina
José Miguel da Silva Alves
author José Miguel da Silva Alves
author_sort José Miguel da Silva Alves
title Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study
title_short Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study
title_full Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study
title_fullStr Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study
title_full_unstemmed Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study
title_sort optic neuropathy: a 15-year retrospective observational study
publishDate 2021
url https://hdl.handle.net/10216/128909
work_keys_str_mv AT josemigueldasilvaalves opticneuropathya15yearretrospectiveobservationalstudy
_version_ 1719376323242098688
spelling ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1289092021-02-10T05:28:49Z Optic Neuropathy: a 15-year retrospective observational study José Miguel da Silva Alves Faculdade de Medicina Medicina clínica Clinical medicine Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica Medical and Health sciences::Clinical medicine Introdução: As neuropatias ópticas têm várias etiologias possíveis e, por vezes, o diagnóstico estabelecido ab initio é redefinido após novas investigações e/ou novos eventos neurológicos. Neste estudo, pretendemos identificar possíveis factores preditivos que possam ditar essa mudança de diagnóstico durante o seguimento. Métodos: Analisámos retrospectivamente os registos médicos de 156 doentes internados com neuropatias ópticas no Departamento de Neurologia do Centro Hospitalar Universitário de São João, entre Janeiro de 2004 e Agosto de 2019. Foram analisados dados clínicos, laboratoriais e imagiológicos, protocolos de tratamento e dados relativos à evolução clínica dos doentes durante o tempo de seguimento do estudo. Resultados: No momento da alta do internamento, a nossa coorte era composta por 83 doentes com neuropatias ópticas idiopáticas (53,2%), 38 com nevrites ópticas relacionadas com esclerose múltipla (24,4%), 23 com neuropatias ópticas isquémicas (14,7%), 5 com nevrites ópticas relacionadas com doença do espectro da neuromielite óptica (3,2%) e 7 com outros diagnósticos (4,5%). Durante o seguimento, 129 doentes mantiveram o diagnóstico de alta do internamento (82,7%) enquanto que em 27 o diagnóstico foi redefinido durante o tempo de seguimento (17,3%). Nestes últimos, o tempo médio entre a admissão e a mudança no diagnóstico foi de 12,3 (5,4 - 42,9) meses. A análise multivariada (Regressão de Cox) demonstrou que os pacientes com neuropatia óptica atípica (presença de um dos seguintes achados clínicos: envolvimento ocular bilateral, acuidade visual ≤ 0,1 na admissão, agravamento ou recuperação não-substancial da acuidade visual durante o internamento) tinham menor risco de ter o seu diagnóstico inicial alterado durante o seguimento (HR = 0,320, 95% CI = 0,138-0,743, p = 0,008). Conclusão: O nosso estudo demonstra que alguns doentes admitidos com neuropatias óticas podem ter o seu diagnóstico redefinido durante o seguimento. Além disso, verifica que os doentes com neuropatias ópticas atípicas têm menor propensão a alterar de diagnóstico durante o seguimento. Purpose: Optic neuropathies (ON) have several aetiologies and sometimes the diagnosis established ab initio is redefined after further investigations and/or new neurological events. We aim to identify possible predictive factors that may dictate that diagnostic change during follow-up. Methods: We retrospectively reviewed the medical records of 156 patients with ON admitted to the ward of our Neurology Department, between January 2004 and August 2019. Clinical, laboratory and imaging data, as well as treatment protocols and follow-up were analysed. Results: At the time of discharge from the ward, our cohort comprised 83 idiopathic ON (53.2%), 38 multiple sclerosis-related ON (24.4%), 23 ischemic ON (14.7%), 5 neuromyelitis optica spectrum disorder-related ON (3.2%), and 7 with other diagnoses (4.5%). During follow-up, 129 patients retained the ward's discharge diagnosis (82.7%) while in 27 it was redefined (17.3%). The median time between admission and change in diagnosis was 12.3 (5.4 - 42.9) months. Multivariate Cox regression analysis demonstrated that the patients with atypical optic neuropathy (presence of one of these clinical findings: bilateral eye involvement, visual acuity ≤ 0.1 at admission, worsening or non-substantial recovery of visual acuity during hospitalization) had lower risk of having the initial diagnosis changed (HR = 0.320, 95% CI = 0.138-0.743, p = 0.008). Conclusion: Our study illustrates that some patients admitted with optic neuropathy may have their diagnosis redefined during follow-up. Furthermore, it demonstrates that patients with atypical ON are those in which the diagnosis is more likely to remain during follow-up. 2021-02-08T05:51:28Z 2021-02-08T05:51:28Z 2020-05-18 2020-04-20 Dissertação sigarra:414388 https://hdl.handle.net/10216/128909 202614611 eng restrictedAccess application/pdf