Educação médica - uma reflexão sob o olhar do Médico e Professor Universitário J. Pinto Machado
Introdução Este estudo pretende compreender a evolução da Educação Médica, em Portugal, nos últimos 50 anos. Nesta perspectiva são essenciais as opiniões do médico e professor universitário J. Pinto Machado. Materiais e métodos Analisámos documentos escritos por J. Pinto Machado e os decretos de le...
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2021
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1289012021-02-10T05:28:46Z Educação médica - uma reflexão sob o olhar do Médico e Professor Universitário J. Pinto Machado Inês Azevedo da Silva Faculdade de Medicina Ciências médicas e da saúde Medical and Health sciences Ciências médicas e da saúde Medical and Health sciences Introdução Este estudo pretende compreender a evolução da Educação Médica, em Portugal, nos últimos 50 anos. Nesta perspectiva são essenciais as opiniões do médico e professor universitário J. Pinto Machado. Materiais e métodos Analisámos documentos escritos por J. Pinto Machado e os decretos de lei que regulam a formação médica em Portugal. Consultámos o documento da World Federation for Medical Education que caracteriza os standards para uma educação médica de qualidade (2015). Considerámos o "Estudo sobre as Condições Pedagógicas das Escolas Médicas Portuguesas" (2016) e o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Health at a Glance (2019). Resultados O número de estudantes de medicina nas Escolas Médicas portuguesas aumentou para o dobro entre 1964 e 1971. Seguiu-se uma época de debates acerca da formação médica e uma reforma do ensino. No ano lectivo 1993/1994 estudavam, na Faculdade de Medicina do Porto 786 estudantes, com um rácio estudante-tutor nos anos clínicos de 2,7. No ano lectivo 2013/2014 ingressaram, em média, 226 estudantes em cada escola médica portuguesa, com um rácio estudante-tutor em disciplinas clínicas de 7,53. Em Portugal, o número de novos médicos aumentou 4 vezes entre 2007 e 2017. Discussão Os actuais numerus clausus não respeitam as capacidades formativas das Escolas Médicas nem as necessidades do país. Importa abrir a discussão e procurar soluções que garantam formação de médicos com qualidade. Conclusão Não podemos ficar indiferentes e é responsabilidade dos Estudantes de Medicina, dos Docentes e dos Portugueses exigir a melhor formação médica. Introduction: This study aims to understand the evolution of Medical Education in Portugal, during the last 50 years. In this perspective, the opinions of the doctor and professor J. Pinto Machado are essential. Materials and methods: We analyzed the documents written by J. Pinto Machado and the decrees-law that regulate medical education in Portugal. We consulted the World Federation for Medical Education's document that defines the quality standards for basic medical education (2015). We considered the "Study on Portuguese Medical Schools' Learning Conditions" (2016) and the Organization for Economic Cooperation and Development's report "Health at a Glance" (2019). Results The number of students in Portuguese medical schools increased up to twofold between 1964 and 1971. In the following period a lot of debates about Medical Education and an education reform occurred. In the academic year 1993/1994, 786 people studied in Porto's Medical School, with a student-tutor ratio in clinical years of 2,7. In the academic year of 2013/2014, there were, in average, 226 new students in each Portuguese medical school, with a student-tutor ratio in clinical years of 7,53. In Portugal, the number of new medical graduates increased up to fourfold between 2007 and 2017. Discussion The current numerus clausus do not respect the Medical Schools' formative skills, neither the country's needs. It is extremely important to discuss this subject and to look for solutions that assure the quality formation of doctors. Conclusion We cannot be indifferent and it is Medical Students, Professors and Portuguese People's responsibility to demand the best medical education. 2021-02-08T06:03:00Z 2021-02-08T06:03:00Z 2020-05-25 2020-03-30 Dissertação sigarra:414321 https://hdl.handle.net/10216/128901 202613704 por openAccess https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ application/pdf |
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Introdução
Este estudo pretende compreender a evolução da Educação Médica, em Portugal, nos últimos 50 anos. Nesta perspectiva são essenciais as opiniões do médico e professor universitário J. Pinto Machado.
Materiais e métodos
Analisámos documentos escritos por J. Pinto Machado e os decretos de lei que regulam a formação médica em Portugal. Consultámos o documento da World Federation for Medical Education que caracteriza os standards para uma educação médica de qualidade (2015). Considerámos o "Estudo sobre as Condições Pedagógicas das Escolas Médicas Portuguesas" (2016) e o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Health at a Glance (2019).
Resultados
O número de estudantes de medicina nas Escolas Médicas portuguesas aumentou para o dobro entre 1964 e 1971. Seguiu-se uma época de debates acerca da formação médica e uma reforma do ensino. No ano lectivo 1993/1994 estudavam, na Faculdade de Medicina do Porto 786 estudantes, com um rácio estudante-tutor nos anos clínicos de 2,7. No ano lectivo 2013/2014 ingressaram, em média, 226 estudantes em cada escola médica portuguesa, com um rácio estudante-tutor em disciplinas clínicas de 7,53. Em Portugal, o número de novos médicos aumentou 4 vezes entre 2007 e 2017.
Discussão
Os actuais numerus clausus não respeitam as capacidades formativas das Escolas Médicas nem as necessidades do país. Importa abrir a discussão e procurar soluções que garantam formação de médicos com qualidade.
Conclusão
Não podemos ficar indiferentes e é responsabilidade dos Estudantes de Medicina, dos Docentes e dos Portugueses exigir a melhor formação médica. === Introduction:
This study aims to understand the evolution of Medical Education in Portugal, during the last 50 years. In this perspective, the opinions of the doctor and professor J. Pinto Machado are essential.
Materials and methods:
We analyzed the documents written by J. Pinto Machado and the decrees-law that regulate medical education in Portugal. We consulted the World Federation for Medical Education's document that defines the quality standards for basic medical education (2015). We considered the "Study on Portuguese Medical Schools' Learning Conditions" (2016) and the Organization for Economic Cooperation and Development's report "Health at a Glance" (2019).
Results
The number of students in Portuguese medical schools increased up to twofold between 1964 and 1971. In the following period a lot of debates about Medical Education and an education reform occurred. In the academic year 1993/1994, 786 people studied in Porto's Medical School, with a student-tutor ratio in clinical years of 2,7. In the academic year of 2013/2014, there were, in average, 226 new students in each Portuguese medical school, with a student-tutor ratio in clinical years of 7,53. In Portugal, the number of new medical graduates increased up to fourfold between 2007 and 2017.
Discussion
The current numerus clausus do not respect the Medical Schools' formative skills, neither the country's needs. It is extremely important to discuss this subject and to look for solutions that assure the quality formation of doctors.
Conclusion
We cannot be indifferent and it is Medical Students, Professors and Portuguese People's responsibility to demand the best medical education. |
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