Linfoma Anaplásico de Grandes Células Associado a Próteses Mamárias: uma entidade de relevância crescente
Introdução: O linfoma anaplásico de grandes células associado a próteses mamárias (BIA-ALCL) tem ganho uma importância crescente na comunidade científica. A presente revisão de literatura tem como objetivo primário o esclarecimento e a exposição dos dados epidemiológicos, patogénese e caracterização...
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Medicina clínica Clinical medicine Ciências médicas e da saúde::Medicina clínica Medical and Health sciences::Clinical medicine Sofia Duarte Rodrigues Casanova Linfoma Anaplásico de Grandes Células Associado a Próteses Mamárias: uma entidade de relevância crescente |
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Introdução: O linfoma anaplásico de grandes células associado a próteses mamárias (BIA-ALCL) tem ganho uma importância crescente na comunidade científica. A presente revisão de literatura tem como objetivo primário o esclarecimento e a exposição dos dados epidemiológicos, patogénese e caracterização histológica e imunológica do BIA-ALCL à luz da informação científica disponível até ao momento e o mais atualizada possível, bem como a descrição das mais recentes recomendações no que ao diagnóstico, estadiamento e tratamento concerne.
Materiais e Métodos: Foi realizada uma pesquisa na base de dados Medline (PubMed) através dos termos 'BIA-ALCL' e 'breast implant associated anaplastic large cell lymphoma', tendo sido selecionados os artigos publicados entre 2014 e 2019.
Resultados: O BIA-ALCL é um linfoma Não-Hodgkin de células T que se apresenta mais comumente como uma acumulação periprostética de seroma, em média 7-10 anos após colocação de prótese mamária. O diagnóstico é feito através de aspiração do seroma e sua análise citológica, sendo as células neoplásicas tipicamente CD30 positivas e cínase de linfoma anaplásico negativas. A terapêutica de escolha consiste em remoção de prótese e capsulectomia total.
Discussão: Apesar de já existirem recomendações no que ao diagnóstico e tratamento concerne, persiste ainda alguma controvérsia quanto às modalidades terapêuticas. Uma vez que se trata de uma entidade patológica recente revela-se importante fomentar investigação futura da mesma.
Conclusão: A consciencialização da comunidade científica e de profissionais de saúde em relação ao BIA-ALCL revela-se crucial ao possibilitar maior sensibilização para este diagnóstico. O BIA-ALCL é uma entidade relativamente recente, pelo que a existência de plataformas de registos de dados se revestem de extrema importância ao permitirem análise e seguimento a longo prazo de pacientes com BIA-ALCL. === Introduction: Breast Implant-Associated Anaplastic Large Cell Lymphoma (BIA-ALCL) is a new entity with increasing importance within the scientific community. This literature's review primary aim is to clarify and expose the most up-to-date epidemiological data, knowledge regarding the pathogenesis, histology and immunology of BIA-ALCL, and also diagnosis and treatment latest recommendations.
Material and Methods: A literature review was conducted through Medline (PubMed) using the keywords 'BIA-ALCL' and 'breast implant associated anaplastic large cell lymphoma'. The selected articles were published between 2014 and 2019.
Results: BIA-ALCL, a non-Hodgkin T-cell lymphoma, most often presents as a late onset periprosthetic effusion, in average 7 to 10 years after implantation. Diagnosis requires aspiration of the effusion and its cytologic analysis. Neoplastic cells are consistently positive for CD30 and negative for anaplastic lymphoma kinase. The treatment of choice consists of implant removal and total capsulectomy.
Discussion: Although diagnosis and treatment recommendations already exist, some controversy remains regarding the therapeutic approach. Given the fact that BIA-ALCL is a novel entity, it is crucial that further investigation is made.
Conclusion: Raising consciousness about BIA-ALCL within the scientific community and healthcare professionals is of extreme importance, as it allows professionals to be aware of this diagnosis. Given the fact that BIA-ALCL is a recent entity, the existence of databases for the registry of cases is crucial as they allow long-term follow-up of BIA-ALCL patients. |
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