A influência da data de nascimento no diagnóstico e tratamento de PHDA

Introdução Vários estudos realizados em diferentes países parecem sugerir que as crianças mais novas numa sala de aula têm maior probabilidade de vir a ser diagnosticadas com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) e a receber tratamento. Com esta revisão, pretende-se reunir a evid...

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Bibliographic Details
Main Author: Mariana Martins de Andrade
Other Authors: Faculdade de Medicina
Format: Others
Language:English
Published: 2021
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/10216/128717
Description
Summary:Introdução Vários estudos realizados em diferentes países parecem sugerir que as crianças mais novas numa sala de aula têm maior probabilidade de vir a ser diagnosticadas com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) e a receber tratamento. Com esta revisão, pretende-se reunir a evidência existente sobre este tópico e apresentar algumas possíveis explicações para esta relação entre uma data de nascimento tardia e o diagnóstico/tratamento de PHDA. Métodos Foi realizada uma pesquisa na plataforma PubMed, tendo alguns estudos sido incluídos através de snowball research. Foi, ainda, realizada pesquisa adicional para contextualização do tema. Resultados Foram incluídos nesta revisão 24 estudos, incluindo um total de 35.127.821 participantes de 16 países diferentes. Destes estudos, 19 (79%) apresentam resultados a favor da presença de uma relação positiva entre a data de nascimento e o diagnóstico/tratamento de PHDA, enquanto que 5 estudos (21%) não demonstram evidência de tal relação. Conclusão A data de nascimento de uma criança e a sua idade relativa em comparação com as outras crianças na mesma sala de aula devem ser tidas em consideração no diagnóstico de PHDA, por forma a evitar erros no diagnóstico e a instauração de tratamento desnecessário com base na imaturidade relativa da criança. === Background Multiple studies from different countries suggest that the youngest children within a classroom are more likely to be diagnosed and treated for attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD). This review aims to summarize the existing studies that focus on this topic and to provide some possible explanations for this positive relationship between a late birth date and the diagnosis and treatment of ADHD. Methods A literature search of PubMed was conducted, as well as some additional research for contextualization of the subject. In addition, some studies were included through snowball research. Results 24 studies exploring the relationship between birth date and the likelihood of being diagnosed and/or treated for ADHD were included in this review, including a total of 35.127.821 subjects, from 16 different countries. 19 studies (79%) showed a positive relationship between birth date and diagnosis and/or treatment of ADHD, whereas 5 studies (21%) failed to show such a relationship. Conclusions A child's date of birth and relative age compared to other children in school class should be taken into account while investigating for the presence of ADHD, in order to avoid misdiagnosis and mistreatment based on a child's relative immaturity.