Summary: | A presente dissertação procura analisar o que pode ser a recente tendência do pósdigital na representação em arquitectura. Para entender este fenómeno, o percurso de análise procura responder à questão que levou ao seu aparecimento: o que justifica que a presença destas imagens se tenha multiplicado nos últimos anos? Para a enquadrar, partimos do pós-digital enquanto posicionamento face à tecnologia, posicionamento esse que se enquadrou dentro de um quadro teórico mais amplo, confrontando os seus limites e possibilidades de uso. Enquanto expressão da cultura visual, o pós-digital está directamente associado a um tipo de representação que responde a um contexto técnico-social específico, que se procurou analisar como forma de produção cultural arquitectónica. Conclui-se que o pós-digital permite um regresso ou uma reencenação do desenho, pela forma como rejeita o real. Encena um excesso de presença da imagem, que depende tanto do recurso ao digital, como do domínio da instrumentação mental do desenho. O conteúdo visual destas imagens pode, amanhã, já ser outro, fruto das mudanças cíclicas da cultura visual, mas o pós-digital como posicionamento, que esteve na origem destas imagens, dentro de uma cultura pós-moderna, continuará a existir. === The following dissertation seeks to analyse what may constitute the new post-digital trend of representation in architecture. To understand this phenomenon, the method of study intends to answer the question that led to its emergence: what justifies/ explains that the presence of these images has multiplied in recent years? In order to frame this question, we face the post-digital as a reaction to technology, confronting its limits and which occurs within a broader theoretical picture. As an expression of visual culture, the post-digital is directly linked to a type of representation that follows a specific social and technical context, that was interpreted as a form of architectural cultural production. Reaching the conclusion that the post-digital allows for a return or re-enactment of the drawing, by the way it rejects the real. It stages an excess of the presence of the image, which depends as much on the use of the digital as it does on the dominion of the mental instrumentation of the drawing. The visual content of these images may tomorrow be different as a result of the cyclic changes of visual culture, but the post-digital as the reaction that was at the origin of these images, will continue to exist inside post-modern culture.
|