Summary: | A presente dissertação de mestrado nasce das necessidades de compreender de modo mais aprofundado as complexidades do espaço público.Optámos, no entanto, por um processo que considerámos inverso; em vezde começar por analisar a bibliografia vastíssima que gira à volta do tema,optámos num primeiro momento por observar; e a partir desta observação levantar questões, temas e problemáticas que nos conduzissem a umacomplexificação necessária para a interpretação do que significa o público.Utilizando a Cidade do Porto como campo de trabalho, desafiámo-nos asair de casa para recolher sinais que nos pudessem fazer compreendero espaço. Construímos um percurso propositadamente indefinido atendendo à variedade das possibilidades, onde a diversidade com que nosdeparámos choca de frente com alguns pré-conceitos típicos da análise eda prática do planeamento urbano. Propomo-nos a eliminá-los para conseguir dar lugar à diversidade.Destacamos seis lugares, a Praça do Marquês de Pombal, o Parque do Covelo, o Bairro de Paranhos, a Via de Cintura Interna, a viela, e o Bairro doOuteiro. Colocámo-los sob o olhar da lupa na espectativa de os compreender. A multiplicidade de indícios que os espaços apresentaram não erapossível de assimilar de forma rigorosa no tempo da dissertação, mas assucessivas idas aos lugares revelaram os sinais mais intensos: as Dinâmicas; a Rede; a (In)existência; a Dissonância; o Acaso e a Bricolage, respectivamente. Representámo-los e deixamos que as questões levantadas inundassem a investigação que se pretendia realizar; o número de entradasque se pode encontrar na dissertação é sintoma da complexidade do quesignifica o público e o antidoto da resposta necessária à compreensão,ainda que algumas delas, pelo tempo do trabalho, sejam lidas com umainjusta leveza. Este público é interpretado na dissertação com a maiorabrangência possível, desde as múltiplas formas de o caracterizar, mastambém nas formas em que é lido como categoria de espaço.Caminhar entre a diversidade e a indiferença coloca-nos numa posiçãoem que reconhecemos o colectivo como uma necessidade à condição humana. Compreendida esta necessidade resta interpretar as formas decomposição deste colectivo e a posição que deve assumir na sociedade. === The current dissertation rises of the necessity to understand, more deeply, the complexity of the public space. We have, however, opted for whatwe consider a reverse process. Instead of start by analyzing the vast bibliography that revolves around the subject, we chose to observe in thefirst place; and from this observation to raise questions, themes and problems that lead us to a necessary complexification for the interpretationof what public means.Using the City of Porto as fieldwork, we challenged ourselves to leavethe house to collect signals that could make us understand the space. Webuild a purposefully non defined path due to the diversity of possibilities,where the diversity that we found clashes with some typical preconceptions of the analysis and practice of urban planning. We propose to eliminate those to make room for diversity.We highlight six places, Praça Marquês de Pombal, Parque do Covelo,Bairro de Paranhos, Via de Cintura Interna, the alley and Bairro do Outeiro. We put them under the eye of the magnifier in the expectation ofunderstanding them. The multiplicity of signs presented by the spaceswere not possible to accurately assimilate in the time of the project but thesuccessive walks to the places revealed the most intense signs: the Dynamics; the Network; the (Non)existence; the Dissonance; the Chace and theBricolage, respectively. We represented them and let the questions raisedflood the research that was intended to be carried out; the number of entries that can be found in the dissertation is a symptom of the complexityof what the public means and the antidote for the lightness with whichthe topic is often addressed.This public is interpreted in this dissertation with the widest coverage aspossible, from the multiple forms of characterization, but also in the waythat it is read as a space category.Walking between the diversity and the indifference, put us in a positionwhere we recognize the collective as a human necessity. Once this need isunderstood, there remains the interpretation of the forms of the collective composition and the position that it should take in the society.
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