Imagem corporal positiva e emoções nas perturbações do comportamento alimentar

Apesar da IC Positiva ser um construto recente e pouco explorado numa variedade depatologias, inclusive nas PCA, a evidência tem sugerido que poderá assumir um papelrelevante na prevenção e tratamento destas perturbações, uma vez que estas afetam avivência do corpo. Este estudo visou explorar difere...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Sara Filipa Silva Castro
Other Authors: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2019
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/10216/121009
Description
Summary:Apesar da IC Positiva ser um construto recente e pouco explorado numa variedade depatologias, inclusive nas PCA, a evidência tem sugerido que poderá assumir um papelrelevante na prevenção e tratamento destas perturbações, uma vez que estas afetam avivência do corpo. Este estudo visou explorar diferenças entre indivíduos com perturbaçãodo comportamento alimentar (PCA) e participantes de controlo saudáveis, ao nível dasdiferentes dimensões da IC Positiva, das dificuldades de regulação emocional (RE) e oestado emocional (afetividade positiva e negativa e sintomatologia de ansiedade edepressão). Adicionalmente, procuramos explorar a associação entre a IC Positiva e asvariáveis do domínio emocional em ambos os grupos. Participaram neste estudo 20indivíduos com PCA, do sexo feminino. O grupo de controlo foi constituído por 33indivíduos saudáveis, do sexo feminino. Os participantes preencheram medidas deautorrelato para avaliação das diferentes dimensões do construto de IC Positiva (apreciaçãocorporal, aceitação corporal, funcionalidade corporal, concetualização ampla de beleza,investimento na aparência e responsividade corporal), das dificuldades de RE (DERS), daafetividade negativa e positiva (PANAS) e da presença de sintomatologia de ansiedade edepressão (HADS). Os resultados revelaram que o grupo PCA obteve índices mais reduzidosde IC Positiva e de afetividade positiva e níveis mais elevados de dificuldades de RE, deafetividade negativa e de sintomatologia de ansiedade e de depressão. Em particular, asdimensões da IC Positiva (apreciação, funcionalidade e responsividade corporal), revelaramuma associação negativa com as dificuldades de RE, a afetividade negativa e asintomatologia de ansiedade e depressão; e uma associação positiva com a afetividadepositiva, nas PCA. No grupo de controlo, e à semelhança do grupo PCA, as dimensões deapreciação e responsividade corporal, foram as que demonstraram uma maior associação(negativa) com a globalidade das variáveis emocionais. Este estudo sugere que determinadasdimensões da IC Positiva têm uma relação estreita com a vertente emocional. Sendo duasáreas centrais na génese e manutenção das PCA, a intervenção conjunta poderá constituiruma estratégia pertinente ao nível do tratamento.