Occupational health: instruments and models
Assiste-se atualmente a mudanças na relação do trabalhador com o seu trabalho, que, em conjunto com a recente crise económica mundial levou ao aumento dos fluxos migratórios de trabalhadores, nomeadamente entre países com afinidades históricas sociais e culturais, como é o caso de Portugal e Brasil....
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2019
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1179842019-07-17T04:54:13Z Occupational health: instruments and models Jorge Fernando Pereira Sinval Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Psicologia Psychology Ciências sociais::Psicologia Social sciences::Psychology Assiste-se atualmente a mudanças na relação do trabalhador com o seu trabalho, que, em conjunto com a recente crise económica mundial levou ao aumento dos fluxos migratórios de trabalhadores, nomeadamente entre países com afinidades históricas sociais e culturais, como é o caso de Portugal e Brasil. Este estudo pretende adaptar transculturalmente vários instrumentos e testar um modelo teórico, comum aos dois países, que relaciona o impacto de variáveis psicológicas na perceção de saúde ocupacional e consequente influência na performance, presentismo e absentismo em organizações dos dois países. Para tal efetuou-se a adaptação de instrumentos úteis para os investigadores e profissionais de organizações brasileiras e portuguesas. O modelo ilustra o impacto que um grupo de variáveis psicológicas (satisfação no trabalho, qualidade de vida no trabalho, instabilidade no emprego, abertura perante mudança organizacional, clima organizacional) podem ter na perceção de saúde ocupacional (saúde, engagement no trabalho, burnout) e, como consequência, na performance, presentismo e absentismo. Os dados foram recolhidos online junto de 1,627 trabalhadores (858 no Brasil e 769 em Portugal), com participação anónima e voluntária. A média de idades foi de 36 anos, sendo 65% do sexo feminino e com várias ocupações profissionais. Os construtos psicológicos medidos pelos instrumentos adaptados transculturalmente para uma versão comum de português falado em Portugal e no Brasil foram: engagement no trabalho (UWES-9), burnout (OLBI), qualidade de vida no trabalho (QWLS), clima organizacional (OCS-12), abertura perante mudança organizacional (OTOCS), satisfação no trabalho (IJS), instabilidade no emprego (JIS), saúde, performance, presentismo e absentismo (HPQ). Os resultados permitiram demonstrar que os instrumentos apresentam evidências de validade adequadas. O efeito das variáveis psicológicas na saúde ocupacional e os efeitos da saúde ocupacional na performance foram semelhantes nos dois países, contudo com diferenças estatisticamente significativas em algumas trajetórias. O melhor preditor da saúde ocupacional foi a satisfação no trabalho, enquanto que a saúde ocupacional é um preditor altamente significativo da performance. Concluiu-se que as relações entre a saúde ocupacional e as suas variáveis antecedentes e desfechos podem variar entre países. 2019-06-22T16:45:43Z 2019-06-22T16:45:43Z 2018-12-17 2018-12-21 Tese sigarra:304904 https://hdl.handle.net/10216/117984 101401418 eng restrictedAccess application/pdf |
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Assiste-se atualmente a mudanças na relação do trabalhador com o seu trabalho, que, em conjunto com a recente crise económica mundial levou ao aumento dos fluxos migratórios de trabalhadores, nomeadamente entre países com afinidades históricas sociais e culturais, como é o caso de Portugal e Brasil. Este estudo pretende adaptar transculturalmente vários instrumentos e testar um modelo teórico, comum aos dois países, que relaciona o impacto de variáveis psicológicas na perceção de saúde ocupacional e consequente influência na performance, presentismo e absentismo em organizações dos dois países. Para tal efetuou-se a adaptação de instrumentos úteis para os investigadores e profissionais de organizações brasileiras e portuguesas. O modelo ilustra o impacto que um grupo de variáveis psicológicas (satisfação no trabalho, qualidade de vida no trabalho, instabilidade no emprego, abertura perante mudança organizacional, clima organizacional) podem ter na perceção de saúde ocupacional (saúde, engagement no trabalho, burnout) e, como consequência, na performance, presentismo e absentismo. Os dados foram recolhidos online junto de 1,627 trabalhadores (858 no Brasil e 769 em Portugal), com participação anónima e voluntária. A média de idades foi de 36 anos, sendo 65% do sexo feminino e com várias ocupações profissionais. Os construtos psicológicos medidos pelos instrumentos adaptados transculturalmente para uma versão comum de português falado em Portugal e no Brasil foram: engagement no trabalho (UWES-9), burnout (OLBI), qualidade de vida no trabalho (QWLS), clima organizacional (OCS-12), abertura perante mudança organizacional (OTOCS), satisfação no trabalho (IJS), instabilidade no emprego (JIS), saúde, performance, presentismo e absentismo (HPQ). Os resultados permitiram demonstrar que os instrumentos apresentam evidências de validade adequadas. O efeito das variáveis psicológicas na saúde ocupacional e os efeitos da saúde ocupacional na performance foram semelhantes nos dois países, contudo com diferenças estatisticamente significativas em algumas trajetórias. O melhor preditor da saúde ocupacional foi a satisfação no trabalho, enquanto que a saúde ocupacional é um preditor altamente significativo da performance. Concluiu-se que as relações entre a saúde ocupacional e as suas variáveis antecedentes e desfechos podem variar entre países. |
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