| Summary: | As sociedades estão repletas de exemplos de hierarquias sociais, em que nem sempre osgrupos em desvantagem estão motivados contra o sistema nem os grupos em vantagemestão motivados a favor do sistema. O objetivo do presente estudo foi analisar as dinâmicasgrupais que ligam a posição social às reações ao sistema. Em dois estudos experimentais,os participantes auto-categorizaram-se como cidadãos de uma sociedade fictícia cujo líderhavia distribuído recursos de forma desigual entre os dois tipos de cidadãos existentes(endogrupo e exogrupo dos participantes). Nestes dois estudos, analisámos o efeito doestatuto relativo do endogrupo (vantagem ou desvantagem de posição relativa em relaçãoao exogrupo) definido pela decisão de um líder sobre perceção de legitimidade dahierarquia social (Estudo 2) e do líder (estudos 1 e 2), sobre respostas emocionais (Estudo1), perceção de privação relativa (Estudo 2), respostas ao estatuto relativo intergrupal(sistema - Estudo 2), e sobre intenções (Estudo 2) e comportamento de voto (estudos 1 e2). No Estudo 1, manipulámos ainda a Dimensão Grupal (o endogrupo era Maioritário ouMinoritário), e no Estudo 2, manipulámos o Histórico de Distribuição do líder (Históricode Igualdade vs Histórico de Desigualdade). Os resultados sugerem que uma situação devantagem intergrupal (vantagem sistémica) gera emoções mais positivas (Estudo 1), o queé reforçado por de forma transversal a vantagem intergrupal predizer voto a favor do líderatual (Estudo 2). Apesar disso, encontra-se um efeito mediador da legitimidadegovernamental que predisse o comportamento de voto no líder atual, e da perceção delegitimidade da hierarquia social que predisse (ainda que indiretamente) as intenções devoto no líder atual, através de maior acordo com atitudes de aceitação e menor acordo comatitudes de remoção e negociação. Implicações para a teoria e o futuro da investigação sãodiscutidas.
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