Sombras no dar à luz: estudo sobre a ansiedade em grávidas do 1.º e 3.º trimestre de gestação
A ansiedade na gravidez tem-se revelado uma temática bastante estudada nos últimosanos, enquadrada em distintas perspetivas e temáticas específicas, tendo em conta asdificuldades psicológicas que a gravidez pode representar, relacionadas com as mudançasprofundas desta experiência, tanto a nível físi...
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2019
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1084572019-07-17T04:53:58Z Sombras no dar à luz: estudo sobre a ansiedade em grávidas do 1.º e 3.º trimestre de gestação José Miguel Oliveira e Silva Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Psicologia Psychology Ciências sociais::Psicologia Social sciences::Psychology A ansiedade na gravidez tem-se revelado uma temática bastante estudada nos últimosanos, enquadrada em distintas perspetivas e temáticas específicas, tendo em conta asdificuldades psicológicas que a gravidez pode representar, relacionadas com as mudançasprofundas desta experiência, tanto a nível físico, emocional, social e familiar. Neste âmbito,tem havido um especial interesse não só nos importantes aspetos com impacto na saúdemental das mulheres, como também nas implicações para o feto, parto, pós-parto e nodesenvolvimento da criança. Este estudo teve como objetivo principal estudar a ansiedadeem 50 mulheres grávidas do primeiro (n=19) e terceiro (n=31) trimestre, associada ao estadogravídico; bem como a relação com diferentes variáveis sociodemográficas - primíparas(n=30) e multíparas (n=20); idade; habilitações académicas; estado civil e situação dehabitação - e ainda tendo em conta aspetos de comorbilidade com a depressão e as suasdiferentes dimensões. A ansiedade foi avaliada através do inventário de estado-traço deansiedade (STAI), versão Y (Silva & Spielberger, 2007), e a depressão medida através doinventário da avaliação clínica da depressão (IACLIDE) (Vaz Serra, 1994). Os resultadosdemonstraram ausência de ansiedade como perturbação na maioria das grávidas, tanto parao estado como para o traço e 22% (n=11) apresentam valores significativos de ansiedade-estado e com aumento médio de 10,63 valores brutos em relação à ansiedade-traço. Apesardas diferenças entre os dois tipos de ansiedade não serem significativas os valores revelama existência de uma correlação moderada e positiva entre ambas. Não se encontraramdiferenças significativas entre os dois trimestres, apesar dos níveis superiores se localizaremno 3º. Contudo, valores significativos foram encontrados tanto para níveis superiores emrelação às primíparas como em relação à idade. Observando tanto o nível académico dasparticipantes, como o estado civil ou a situação de habitação, nenhuma das variáveis ésignificativa para as diferenças encontradas em relação à ansiedade, apesar de, e no caso dashabilitações, os níveis superiores de ansiedade situam-se no nível superior de formação.Quanto à depressão, os valores encontrados revelam ausência na maioria, apesar de umacorrelação positiva e significativa com a ansiedade; e correlações com as dimensões doIACLIDE, na dimensão dos sintomas (sintomas interpessoais), dos fatores (F2, F3 e F4), eincapacidades (para o trabalho, para a vida social e para a vida familiar). 2019-06-28T23:09:50Z 2019-06-28T23:09:50Z 2017-11-14 2017-11-20 Dissertação sigarra:226904 https://hdl.handle.net/10216/108457 201758792 por openAccess application/pdf |
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A ansiedade na gravidez tem-se revelado uma temática bastante estudada nos últimosanos, enquadrada em distintas perspetivas e temáticas específicas, tendo em conta asdificuldades psicológicas que a gravidez pode representar, relacionadas com as mudançasprofundas desta experiência, tanto a nível físico, emocional, social e familiar. Neste âmbito,tem havido um especial interesse não só nos importantes aspetos com impacto na saúdemental das mulheres, como também nas implicações para o feto, parto, pós-parto e nodesenvolvimento da criança. Este estudo teve como objetivo principal estudar a ansiedadeem 50 mulheres grávidas do primeiro (n=19) e terceiro (n=31) trimestre, associada ao estadogravídico; bem como a relação com diferentes variáveis sociodemográficas - primíparas(n=30) e multíparas (n=20); idade; habilitações académicas; estado civil e situação dehabitação - e ainda tendo em conta aspetos de comorbilidade com a depressão e as suasdiferentes dimensões. A ansiedade foi avaliada através do inventário de estado-traço deansiedade (STAI), versão Y (Silva & Spielberger, 2007), e a depressão medida através doinventário da avaliação clínica da depressão (IACLIDE) (Vaz Serra, 1994). Os resultadosdemonstraram ausência de ansiedade como perturbação na maioria das grávidas, tanto parao estado como para o traço e 22% (n=11) apresentam valores significativos de ansiedade-estado e com aumento médio de 10,63 valores brutos em relação à ansiedade-traço. Apesardas diferenças entre os dois tipos de ansiedade não serem significativas os valores revelama existência de uma correlação moderada e positiva entre ambas. Não se encontraramdiferenças significativas entre os dois trimestres, apesar dos níveis superiores se localizaremno 3º. Contudo, valores significativos foram encontrados tanto para níveis superiores emrelação às primíparas como em relação à idade. Observando tanto o nível académico dasparticipantes, como o estado civil ou a situação de habitação, nenhuma das variáveis ésignificativa para as diferenças encontradas em relação à ansiedade, apesar de, e no caso dashabilitações, os níveis superiores de ansiedade situam-se no nível superior de formação.Quanto à depressão, os valores encontrados revelam ausência na maioria, apesar de umacorrelação positiva e significativa com a ansiedade; e correlações com as dimensões doIACLIDE, na dimensão dos sintomas (sintomas interpessoais), dos fatores (F2, F3 e F4), eincapacidades (para o trabalho, para a vida social e para a vida familiar). |
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