O acolhimento de refugiados /recolocados em Portugal modos de organização e prática das instituições
Este trabalho exploratório surge no âmbito do mestrado em ciências da educação daUniversidade do Porto e tem como objetivo compreender como se tem pensado eimplementado o acolhimento dos refugiados no contexto português. Mais precisamenteprocurou-se perceber a visão de instituições com responsabilid...
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2019
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ndltd-up.pt-oai-repositorio-aberto.up.pt-10216-1059532019-07-17T04:54:03Z O acolhimento de refugiados /recolocados em Portugal modos de organização e prática das instituições Glasielle Gonçalves Souza Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Ciências da educação Educational sciences Ciências sociais::Ciências da educação Social sciences::Educational sciences Este trabalho exploratório surge no âmbito do mestrado em ciências da educação daUniversidade do Porto e tem como objetivo compreender como se tem pensado eimplementado o acolhimento dos refugiados no contexto português. Mais precisamenteprocurou-se perceber a visão de instituições com responsabilidades políticas eadministrativas neste âmbito, assim como a perspectiva de organizações e técnicosdiretamente ligados ao acolhimento nomeadamente no que diz respeito aos processos epráticas seguidas.Para este fim realizaram-se oito entrevistas: aos representantes do CPR, ACM e PAR, adois eurodeputados, a dois técnicos de organizações que acolhem refugiados e a umrepresentante de uma associação de refugiados em Portugal. De forma a conseguirincluir uma visão mais abrangente do que as organizações que têm recebido os/asrefugiados/as quanto à forma como tem decorrido o acolhimento, foi elaborado umquestionário enviado por email às instituições de acolhimento de todo o país que seencontram em parceria com a PAR (obtiveram-se 30 respostas num total de 50organizações).Os principais resultados dizem-nos que a experiência que Portugal desenvolveu com ascomunidades imigrantes nos últimos 12 anos no país, serviram de base para se pensarum acolhimento em que as diversas dimensões da integração - e.g trabalho, a língua, asaúde, a localidade, o reagrupamento familiar, a burocratização na regularização doestatuto, a diversidade cultural - têm sido consideradas na prática, e se têm convertidoem desafios à concretização do acolhimento. A dimensão educativa e a do trabalhoemergiram com maior intensidade como desafios a ultrapassar. A aprendizagem dalíngua (para os adultos) surge como um nível diferenciado das respostas, quer do pontode vista do estabelecimento de programas específicos (e.g. "Português para todos"),quer da dificuldade de acesso por parte das pessoas a estes mesmos programas. Apurou-se ainda que algumas instituições tentam elas próprias colmatar estas dificuldadesreforçando o reconhecimento de que a inclusão em contextos de aprendizagem da língua(e a certificação desta mesma aprendizagem) tem implicações diretas noutras dimensõesrelevantes ao acolhimento bem-sucedido, nomeadamente a interação com as diversasinstituições e a possibilidade de procura ativa de trabalho, pois este fica comprometidoquando não é possível comprovar níveis de escolaridades. 2019-06-28T23:07:56Z 2019-06-28T23:07:56Z 2017-07-27 2017-08-02 Dissertação sigarra:202566 https://hdl.handle.net/10216/105953 201727510 por openAccess application/pdf |
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Este trabalho exploratório surge no âmbito do mestrado em ciências da educação daUniversidade do Porto e tem como objetivo compreender como se tem pensado eimplementado o acolhimento dos refugiados no contexto português. Mais precisamenteprocurou-se perceber a visão de instituições com responsabilidades políticas eadministrativas neste âmbito, assim como a perspectiva de organizações e técnicosdiretamente ligados ao acolhimento nomeadamente no que diz respeito aos processos epráticas seguidas.Para este fim realizaram-se oito entrevistas: aos representantes do CPR, ACM e PAR, adois eurodeputados, a dois técnicos de organizações que acolhem refugiados e a umrepresentante de uma associação de refugiados em Portugal. De forma a conseguirincluir uma visão mais abrangente do que as organizações que têm recebido os/asrefugiados/as quanto à forma como tem decorrido o acolhimento, foi elaborado umquestionário enviado por email às instituições de acolhimento de todo o país que seencontram em parceria com a PAR (obtiveram-se 30 respostas num total de 50organizações).Os principais resultados dizem-nos que a experiência que Portugal desenvolveu com ascomunidades imigrantes nos últimos 12 anos no país, serviram de base para se pensarum acolhimento em que as diversas dimensões da integração - e.g trabalho, a língua, asaúde, a localidade, o reagrupamento familiar, a burocratização na regularização doestatuto, a diversidade cultural - têm sido consideradas na prática, e se têm convertidoem desafios à concretização do acolhimento. A dimensão educativa e a do trabalhoemergiram com maior intensidade como desafios a ultrapassar. A aprendizagem dalíngua (para os adultos) surge como um nível diferenciado das respostas, quer do pontode vista do estabelecimento de programas específicos (e.g. "Português para todos"),quer da dificuldade de acesso por parte das pessoas a estes mesmos programas. Apurou-se ainda que algumas instituições tentam elas próprias colmatar estas dificuldadesreforçando o reconhecimento de que a inclusão em contextos de aprendizagem da língua(e a certificação desta mesma aprendizagem) tem implicações diretas noutras dimensõesrelevantes ao acolhimento bem-sucedido, nomeadamente a interação com as diversasinstituições e a possibilidade de procura ativa de trabalho, pois este fica comprometidoquando não é possível comprovar níveis de escolaridades. |
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