Summary: | A educação para a saúde (EpS) tem sido uma grande aposta das políticas desaúde mundiais, no âmbito das quais o cancro tem constituído um tema central. Sendoum problema transversal a todos os setores da sociedade, torna-se, por isso, necessárioque se intervenha ao nível da sua prevenção trabalhando-se as questões relacionadascom os mitos e preconceitos que a ele são associados e fornecendo informaçõescruciais para que cada vez mais se adotem estilos de vida saudável na comunidade emque estamos inseridos. A Liga Portuguesa Contra o Cancro, mais concretamente oDepartamento de Educação para a Saúde tem como foco central da sua intervenção,trabalhar com a comunidade em geral e com a comunidade escolar, em particular, emações de sensibilização e de prevenção do cancro envolvendo vários atores e seguindovárias abordagens.No âmbito escolar, o trabalho que é feito no DES pretende também contribuirpara o aumento da literacia em saúde dos alunos e compreender de que forma existemou não constrangimentos naquilo que concerne ao desenvolvimento de ações deeducação para a saúde nas escolas e na comunidade. Foi neste contexto, e âmbito deação, que se inseriu o meu estágio. Em termos gerais, o trabalho realizado permitiu-mea possibilidade de integrar uma equipa multidisciplinar e apropriar a importância de setrabalhar numa lógica participativa, baseada numa metodologia de compreensão eintervenção coletiva. Esta filosofia de intervenção permitiu ainda compreender os várioscontextos em que atua o DES e, especificamente, mediar os diferentes intervenientesque estão envolvidos, numa lógica de trabalho em rede no projeto Liga-te, "(...) averdade é que a noção de rede invadiu a nossa vida, (...) e a nossa linguagem (...). Arede é omnipresente no quotidiano das nossas sociedades." (Matos, 2013: 12) em prolda Educação para a Saúde. O empoderamento do outro, o trabalho em equipa e aeducação pelos pares são sem dúvida vertentes essenciais num trabalho destanatureza.O trabalho desenvolvido neste espaço-tempo de intervenção deixa, assim, emaberto a necessidade de existir uma mediação entre as escolas que colaboram com oDES e com outros parceiros. Acredita-se que o trabalho do/a mediador/a sócio-educativo/a pode contribuir para um fortalecimento destas dinâmicas entre váriossectores da comunidade.
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