(Des)ajustamento psicológico das crianças adotadas: um estudo com multi-informantes

A maioria dos estudos que incide no (des)ajustamento psicológico dascrianças adotadas recorre a informação/avaliação de um único informante. Contudo, arecolha de informação junto de vários informantes afirma-se como de grande relevância,uma vez que diferentes informantes são sensíveis a diferentes a...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Joana Filipa Vieira de Araújo Prego
Other Authors: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2019
Subjects:
Online Access:https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/105109
Description
Summary:A maioria dos estudos que incide no (des)ajustamento psicológico dascrianças adotadas recorre a informação/avaliação de um único informante. Contudo, arecolha de informação junto de vários informantes afirma-se como de grande relevância,uma vez que diferentes informantes são sensíveis a diferentes aspetos do comportamentoda criança e este pode variar em função do contexto. Objetivo: O presente estudo temcomo principal objetivo avaliar o (des)ajustamento psicológico da criança adotada, atravésdo relato de mães, pais e professores. Método: Participaram neste estudo 63 mães, 63 paise 63 professores, que responderam relativamente a 63 crianças adotadas, com idadescompreendidas entre os 8-10 anos. Para avaliar o (des)ajustamento psicológico foiutilizado o SDQ, versão para pais e para professores. Resultados: Os resultados mostraramque as avaliações dos três informantes diferem essencialmente no que diz respeito aocomportamento pró-social da criança, atribuindo as figuras parentais (mães e pais)pontuações mais elevadas do que os professores. Foram também identificados algunsfatores (de risco/proteção) relacionados com o (des)ajustamento psicológico da criançaadotada, nomeadamente o tempo em acolhimento, idade de adoção e tempo de adoção.Conclusões: Estes resultados ajudam a compreender a extensa, mas contraditória,investigação nesta área e reforçam a necessidade de intervir junto das famílias adotivas, noperíodo pós-adoção, de forma a potenciar os seus recursos para o exercício de umaparentalidade positiva, mas também junto da escola/professores, contexto onde a criança,em idade escolar, passa a maior parte do seu tempo.