[en] POLITICAL POSTER: POWER AND POTENTIAL POWER
[pt] A iconografia de Luís XIV foi um exemplo de representação da soberania onde a separação espacial e o acabamento perfeito das figuras refletia a organização social e política que a produzia. Contudo, fora da Igreja e do Estado, desenvolveram-se ao longo da modernidade, expressões estéticas o...
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Language: | pt |
Published: |
MAXWELL
2005
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Online Access: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=7141@1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=7141@2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.7141 |
Summary: | [pt] A iconografia de Luís XIV foi um exemplo de representação
da soberania
onde a separação espacial e o acabamento perfeito das
figuras refletia a
organização social e política que a produzia. Contudo,
fora da Igreja e do Estado,
desenvolveram-se ao longo da modernidade, expressões
estéticas opostas à
representação do poder transcendental. Ao final do reinado
de Luís XIV, surgiu
um discurso histórico-político que, após revelar as
múltiplas nações que lutam sob
o Estado, autodialetizou-se quando, ao reivindicar uma
função totalizadora, o
Terceiro Estado retomou, de certa maneira, a tese
monárquica onde a nação
residia inteiramente na pessoa do rei. Esse movimento
explicaria uma certa
continuidade do discurso visual do poder - dos portraits
monárquicos aos
republicanos - por um lado e, por outro, a multiplicidade
das formas de
resistência: os cartazes políticos de maio de 68 foram a
expressão das diversas
nações contestadoras dos poderes e saberes constituídos
daquele momento,
manifestando o desejo de proximidade social e de renovação
política através de
elementos próximos da estética carnavalesca. Na transição
contemporânea de uma
soberania moderna para uma soberania imperial, a crise
político-estético entre
transcendência e imanência perdura. Por um lado, monarquia
e aristocracia
imperial apresentam a unidade transcendental através de
recursos estéticos
semelhantes. Por outro, no terceiro nível do Império,
encontramos expressões
estéticas que se afastam radicalmente das representações
do poder e que
denominamos manifestações de potência a partir da
definição sociológica, política
e ontológica de multidão. === [en] Louis XIV´s iconography was an example of sovereignty
representation in
which the spatial separation and the perfect finishing of
figures reflected the social
and political organization that produced it. However,
outside the Church and the
State, aesthetic expressions opposed to transcendental
representation were
developed all along modern times. At the end of Louis
XIV´s reign arose a
historical-political discourse that, after revealing the
multiple nations which
fought under the State, dialectized itself when the Thiers-
États, in the process
of claiming a totalizing function, resumed to a certain
extent the monarchic thesis
in which the nation dwells entirely in the person of the
king. This movement
would explain on the one hand, a certain continuity of the
visual discourse of
power - from the monarchic to the republican portraits -
and, on the other hand,
the multiplicity forms of resistance: the May 1968
political posters were the
expression of the diverse nations, contestant of the
powers and knowledge
constituted at that moment, and displayed the desire of
social proximity and
political renewal, through elements close to the aesthetic
of Carnival. In the
contemporary transition from a modern sovereignty to an
imperial one, a politicalaesthetic
crisis between transcendentalism and immanentism subsists.
On the one
hand, monarchy and imperial aristocracy introduce the
transcendental unity
through similar aesthetic resources. On the other hand, in
the Empire third level,
we find aesthetic expresions which fundamentally deviate
from the
representations of power and which we designate display of
potential power from
the sociological, political and ontological definition of
multitude. |
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