[en] QUILOMBOLA TERRITORY: FORMS OF TERRITORIAL R- EXISTENCE OF THE REMNANTS OF BAÍA FORMOSA QUILOMBOLA COMMUNITY
[pt] Essa dissertação tem como sujeitos coletivos de pesquisa os quilombolas da comunidade de Baía Formosa, localizada em Armação dos Búzios, Rio de Janeiro. O enfoque se dá na análise das formas de r-existência territorial dessa comunidade, conceito que abarca elementos ontológicos, epistemológicos...
Other Authors: | |
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Published: |
MAXWELL
2021
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[pt] TERRITORIO [pt] TEORIA DECOLONIAL [pt] R-EXISTENCIA [pt] QUILOMBO DE BAIA FORMOSA [en] TERRITORY [en] DECOLONIAL THEORY [en] R-EXISTENCE [en] BAIA FORMOSA QUILOMBO |
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[pt] Essa dissertação tem como sujeitos coletivos de pesquisa os quilombolas da
comunidade de Baía Formosa, localizada em Armação dos Búzios, Rio de Janeiro.
O enfoque se dá na análise das formas de r-existência territorial dessa comunidade,
conceito que abarca elementos ontológicos, epistemológicos, coletivos, ancestrais,
sociais e econômicos, em suma, formas próprias de existência desse grupo, como
estratégia de resistência, organização e articulação política em prol da efetivação
dos direitos territoriais constitucionalmente garantidos às comunidades de
remanescentes dos quilombos. Após a expulsão de parte das famílias da região por
fazendeiros na década de 1970, a comunidade tem pautado, sobretudo, o retorno
dessas famílias às suas terras, acionando um repertório vasto de estratégias para
tanto. Tendo como pressuposto teórico-epistemológico o entendimento de que a
colonialidade em suas múltiplas dimensões é a lógica (des)organizadora do sistemamundo
capitalista moderno/colonial e que o Brasil inscreve-se nessa teia de relações
heterárquicas de dominação enquanto país subalternizado, reproduzindo
internamente essa lógica como herança de seu passado colonial através do racismo
estrutural e estruturante da sociedade brasileira, entende-se que a comunidade de
remanescentes do quilombo de Baía Formosa, ao empregar suas táticas de rexistência
territorial, está empreendendo uma frente de luta contra a colonialidade
e suas múltiplas expressões, noutros termos, é uma forma decolonial de vivência,
resistência e existência. Os percursos metodológicos adotados consistiram em
observações participantes de campo, espaço onde foi possível tecer diálogo tanto
com as lideranças quanto demais quilombolas, além de possibilitar a vivência das
práticas coletivas e formas de organização do grupo. Nesse ínterim, foram
realizadas duas entrevistas semi-estruturadas aos moldes da história oral, uma com
a presidente da Associação de Remanescentes do Quilombo de Baía Formosa, e
outra com uma das anciãs da comunidade. === [en] This dissertation has as collective research subjects the quilombolas from the
community of Baía Formosa, located in Armação dos Búzios, Rio de Janeiro. The
focus is on the analysis of the forms of territorial r-existence of this community, a
concept that encompasses ontological, epistemological, collective, ancestral, social
and economic elements, in short, the specific forms of existence of this group, as a
strategy of resistance, organization and political articulation aiming the realization
of territorial rights constitutionally guaranteed to the communities of remnants of
the quilombos. After the expulsion of part of the families from the region by farmers
in the 1970s, the community has mainly guided the return of these families to their
lands, triggering a vast repertoire of strategies to do so. Having as a theoreticalepistemological
assumption the understanding that coloniality in its multiple
dimensions is the (dis)organizing logic of the modern/colonial capitalist worldsystem
and that Brazil is part of this web of heterarchical relations of domination
as a subordinate country, reproducing internally this logic as a legacy of its colonial
past through the structural and structural racism of Brazilian society, it is
understood that the community of remnants of the Baía Formosa quilombo, by
employing its territorial r-existence tactics, is undertaking a front to fight against
coloniality and its multiple expressions, in other words, is a decolonial form of
experience, resistance and existence. The methodological paths adopted consisted
of participant observations in the field, a space where it was possible to engage in dialogue with both the leaders and other quilombolas, in addition to enabling the
experience of collective practices and forms of group organization. In the
meantime, two semi-structured interviews were carried out along the lines of oral
history, one with the president of the Baía Formosa Quilombo Remnants
Association, and the other with one of the community elders. |
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RAFAEL SOARES GONÇALVES |
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