[pt] PELA TEKOHIZAÇÃO DA VIDA: CORPO, TERRITÓRIO E AS DINÂMICAS DE (IN)SEGURANÇA DE MULHERES INDÍGENAS NOS ESTUDOS CRÍTICOS DE SEGURANÇA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
[pt] O presente trabalho tem como objetivo geral desvendar os termos nos quais a segurança física e ontológica (pensada tal como prática e disciplina) deve ser articulada no debate das Relações Internacionais para responder às demandas de mulheres indígenas. A partir de uma discussão teórica decolon...
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MAXWELL
2021
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ndltd-puc-rio.br-oai-MAXWELL.puc-rio.br-553052021-10-15T05:12:41Z[pt] PELA TEKOHIZAÇÃO DA VIDA: CORPO, TERRITÓRIO E AS DINÂMICAS DE (IN)SEGURANÇA DE MULHERES INDÍGENAS NOS ESTUDOS CRÍTICOS DE SEGURANÇA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS[en] THE TEKOHIZAÇÃO OF LIFE: BODY, TERRITORY AND INDIGENOUS WOMEN S DYNAMICS OF (IN)SECURITY ON INTERNATIONAL RELATIONS CRITICAL SECURITY STUDIES[pt] GENERO[pt] ESTUDOS DE SEGURANCA[pt] POVOS INDIGENAS[pt] CORPO[pt] TERRITORIO[pt] VIOLENCIA[en] GENRE[en] SECURITY STUDIES[en] INDIGENOUS PEOPLES[en] BODY[en] TERRITORY[en] VIOLENCE[pt] O presente trabalho tem como objetivo geral desvendar os termos nos quais a segurança física e ontológica (pensada tal como prática e disciplina) deve ser articulada no debate das Relações Internacionais para responder às demandas de mulheres indígenas. A partir de uma discussão teórica decolonial e anticolonial, busca-se preencher a lacuna disciplinar nas Relações Internacionais sobre as diferentes formas da violência inscritas nos corpos de mulheres indígenas como parte do legado colonial no Estado moderno. Para isso, esse trabalho articula o conceito de corpo-território de Célia Xakriabá (2018) como eixo central para análise das fronteiras de vida e morte criadas pelo Estado e o Internacional sobre os corpos e territórios indígenas. A discussão teórica é empiricamente ilustrada com o caso das mulheres do povo Guarani-Kaiowá e suas demandas por autonomia territoriais e corporais com o fim de elucidar como os efeitos perversos da colonialidade atuam sobre os corpos e territórios indígenas. Desta maneira, a argumentação central se desenvolve a partir de duas perguntas que se desdobram: como as mulheres indígenas articulam a relação entre corpo, território e segurança? E como essa forma de articulação nos permite ressignificar a abordagem sobre o corpo e território na literatura de segurança crítica feminista nas Relações Internacionais? Ao responder essas questões, este trabalho demonstra que não é possível pensar as dinâmicas de (in)segurança das mulheres indígenas sem considerar as dimensões corpoterritoriais de sua resistência.[en] The present work aims to unveil the terms in which the physical and ontological security (thought as practice and discipline) must be articulated on International Relations scholarship to respond to the demands of indigenous women. Departing from a decolonial and anti-colonial theoretical discussion, I seek to fill the existing disciplinary gap regarding the discussion of the different forms of violence inscribed on the bodies of indigenous women as part of the colonial legacy in the modern state. To this end, this work articulates Célia Xakriabá s concept of corpo-território (2018) as a central axis for understanding the ways in which the State and the International act in the creation of frontiers between life and death over indigenous bodies and territories. Based on a feminist and decolonial methodology, the theoretical discussion is empirically illustrated with the case of women from the Guarani-Kaiowá people and their territorial and bodily autonomy demands. In this sense, this work unfolds from two related questions: how do indigenous women articulate the relationship between body, territory and security? And how does this form of articulation allow us to reframe the approach about the body and territory in the feminist critical security literature in International Relations? By answering these questions, this work demonstrates that it is not possible to think about indigenous women s dynamics of (in)security without considering the corporeal-territorial dimensions of their resistance.MAXWELLMONICA HERZMONICA HERZ2021-10-14TEXTOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=55305@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=55305@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.55305pt |
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[pt] O presente trabalho tem como objetivo geral desvendar os termos nos quais a segurança física e ontológica (pensada tal como prática e disciplina) deve ser articulada no debate das Relações Internacionais para responder às demandas de mulheres indígenas. A partir de uma discussão teórica decolonial e anticolonial, busca-se preencher a lacuna disciplinar nas Relações Internacionais sobre as diferentes formas da violência inscritas nos corpos de mulheres indígenas como parte do legado colonial no Estado moderno. Para isso, esse trabalho articula o conceito de corpo-território de Célia Xakriabá (2018) como eixo central para análise das fronteiras de vida e morte criadas pelo Estado e o Internacional sobre os corpos e territórios indígenas. A discussão teórica é empiricamente ilustrada com o caso das mulheres do povo Guarani-Kaiowá e suas demandas por autonomia territoriais e corporais com o fim de elucidar como os efeitos perversos da colonialidade atuam sobre os corpos e territórios indígenas. Desta maneira, a argumentação central se desenvolve a partir de duas perguntas que se desdobram: como as mulheres indígenas articulam a relação entre corpo, território e segurança? E como essa forma de articulação nos permite ressignificar a abordagem sobre o corpo e território na literatura de segurança crítica feminista nas Relações Internacionais? Ao responder essas questões, este trabalho demonstra que não é possível pensar as dinâmicas de (in)segurança das mulheres indígenas sem considerar as dimensões corpoterritoriais de sua resistência. === [en] The present work aims to unveil the terms in which the physical and ontological security (thought as practice and discipline) must be articulated on International Relations scholarship to respond to the demands of indigenous women. Departing from a decolonial and anti-colonial theoretical discussion, I seek to fill the existing disciplinary gap regarding the discussion of the different forms of violence inscribed on the bodies of indigenous women as part of the colonial legacy in the modern state. To this end, this work articulates Célia Xakriabá s concept of corpo-território (2018) as a central axis for understanding the ways in which the State and the International act in the creation of frontiers between life and death over indigenous bodies and territories. Based on a feminist and decolonial methodology, the theoretical discussion is empirically illustrated with the case of women from the Guarani-Kaiowá people and their territorial and bodily autonomy demands. In this sense, this work unfolds from two related questions: how do indigenous women articulate the relationship between body, territory and security? And how does this form of articulation allow us to reframe the approach about the body and territory in the feminist critical security literature in International Relations? By answering these questions, this work demonstrates that it is not possible to think about indigenous women s dynamics of (in)security without considering the corporeal-territorial dimensions of their resistance. |
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