[en] AN EXPANDED CINEMA: THE THEORETICALPRACTICAL EXPERIENCE OF THE NOVA IGUAÇU FREE CINEMA SCHOOL

[pt] Esta pesquisa investiga o processo de criação cinematográfico a partir da experiência teórico-prática da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu (ELC), localizada no bairro de Austin, na região da Baixada Fluminense. Trata-se de um estudo realizado durante o ano de 2014, a partir de uma aproximaç...

Full description

Bibliographic Details
Other Authors: MIGUEL SERPA PEREIRA
Language:pt
Published: MAXWELL 2021
Subjects:
Online Access:https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=52936@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=52936@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52936
Description
Summary:[pt] Esta pesquisa investiga o processo de criação cinematográfico a partir da experiência teórico-prática da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu (ELC), localizada no bairro de Austin, na região da Baixada Fluminense. Trata-se de um estudo realizado durante o ano de 2014, a partir de uma aproximação com a metodologia da escola e da observação das aulas de uma das turmas - especificamente dos dispositivos de criação que culminaram na videodança Montão de Coisa. A empiria apresentada está pautada nos registros das oficinas de audiovisual ministradas pelos mediadores da escola, nas anotações em caderno de campo, em registros fotográficos e vídeos feitos pela pesquisadora, no material publicizado pela ELC e também em duas entrevistas com a produtora, concedidas ao longo da pesquisa de campo. Advindas dos conceitos norteadores da metodologia da ELC, as categorias corpo, palavra e território aparecem nesta tese como chaves de leitura do processo de criação a fim de evidenciar as relações que permeiam o fazer cinematográfico na experiência da escola e mobilizam a criação da videodança em questão. A análise empreendida revela como o encontro destes sujeitos com o cinema, atravessado por processos criativos e subjetivos, permite que estes vivenciem uma experiência de alteridade, ou seja, de encontro com o outro e o mundo. Ao mesmo tempo, as tensões que permeiam este processo potencializam o encorajamento estético, dando, pois, a essa experiência também um caráter estético. Enquanto a palavra aparece como forma de expressão, enfatizando um campo simbólico, valorizando as singularidades linguísticas e gestuais dos alunos e mediadores, o corpo surge com suas tensões (aquele que opera a câmera e aquele que é filmado por ela) e a gestualidade extraída, trazida e trabalhada pelos alunos e mediadores. Por fim, é com e no território que essas ações se efetivam, tornando-o uma peça fundamental para entender como as ações de criação da ELC acontecem. Assim sendo, pensando o cinema expandido como aquele que ultrapassa os limites do cinema convencional (aquele cristalizado pelo cinema industrial e de entretenimento) e se projeta em outras telas, em outros espaços, conclui-se ser este o cinema vivenciado em Austin. Visto pelo viés de uma expansão, em meio às ações que são frutos dos dispositivos e das tensões que permeiam o processo de criação, ele [o cinema] se constitui em meio à inventividade do cotidiano daquele espaço e à criatividade dos sujeitos envolvidos. === [en] This research investigates the cinematographic process of creation from the theoretical-practical experience of the Free Cinema School of Nova Iguaçu (ELC), located in the neighborhood of Austin, in the Baixada Fluminense region. It is a study carried out during 2014, based on an approach to the school methodology and observing the lessons of one of its classes - specifically the tools that culminated in the creation of the Montão de Coisa (Heap of Thing) videodance. The empirical research presented here is based on the records of the audiovisual workshops given by the school mediators, notes in field notebook, photographic records and videos made by the researcher, on the material publicized by ELC and also on two interviews with the producer, given during field research. Originating from the concepts of ELC methodology, the categories body, word and territory appear in this thesis as keys to the reading of the creation process in order to highlight the relations that permeate the cinematographic making in the school experience and that mobilize the creation of the aforementioned videodance. The undertaken analysis reveals how the encounter of these subjects with the cinema, crossed by creative and subjective processes, allows them to experience an experience of otherness, that is, of encounter with the other and with the world. In addition, the tensions that permeate this process potentiate the aesthetic encouragement, thus giving to this experience also an aesthetic character. While the word appears as a form of expression, emphasizing a symbolic field, and valuing the linguistic and gestural singularities of students and mediators, the body emerges with its tensions (the one that operates the camera and the one that is filmed by it) and the gesture extracted, brought and addressed by the students and mediators. At last, it is with and in the territory that these actions take place, making it a fundamental piece to understand how the actions of creation of the ELC happen. Thus, thinking of the expanded cinema as one that goes beyond the limits of conventional cinema (that one crystallized by industrial and entertainment cinema) and that is projected on other screens, in other spaces, it is concluded that this is the cinema experienced in Austin. Seen by the bias of an expansion, amid the actions that are outcome of the dispositif and tensions that permeate the process of creation, it [the cinema] is constituted amongst the inventiveness of the daily life of that space and the creativity of the involved subjects.