[en] ARABIAN NIGHTS: THE EDITING PROCESS IN MIGUEL GOMES S CINEMA

[pt] Na dissertação, busca-se verificar, partindo da trilogia As Mil e Uma Noites – O inquieto (Vol. 1), O desolado (Vol. 2) e O encantado (Vol. 3) –, dirigida pelo cineasta português Miguel Gomes, como a obra trata o processo da montagem para pensar as questões políticas de Portugal. Abordaremos a...

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Bibliographic Details
Other Authors: VERA LUCIA FOLLAIN DE FIGUEIREDO
Language:pt
Published: MAXWELL 2020
Subjects:
Online Access:https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=50633@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=50633@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.50633
Description
Summary:[pt] Na dissertação, busca-se verificar, partindo da trilogia As Mil e Uma Noites – O inquieto (Vol. 1), O desolado (Vol. 2) e O encantado (Vol. 3) –, dirigida pelo cineasta português Miguel Gomes, como a obra trata o processo da montagem para pensar as questões políticas de Portugal. Abordaremos a montagem como uma prática de construção do pensamento – a partir de Didi- Huberman – para além de uma etapa da produção fílmica. Cabe aqui refletir, em que medida, através de elementos heterogêneos como a utilização do livro como dispositivo narrativo, o cenário, a escolha de atores e não-atores e o embaralhamento entre a realidade e a ficção, os filmes produzem o dissenso (no sentido de Jacques Rancière) fazendo pensar as relações entre estética e política. Nossa hipótese é de que esses filmes retomam lugares concretos para reconstruílos de forma inventiva, forjando a possibilidade de um espaço em que a esfera coletiva tenha peso efetivo – tensionando assim as relações de poder estabelecidas. === [en] Having the trilogy As mil e uma Noites: O inquieto (Vol. 1), O desolado (Vol. 2) e O encantado (Vol. 3) [Arabian nights: The restless ones (Vol. 1), The desolate one (Vol. 2) and The enchanted one (Vol.3) directed by the Portuguese movie maker Miguel Gomes as a starting point, this research aims to analyze how his work deals with the editing process as a tool to think over political issues in Portugal. From Didi-Huberman perspective, the editing as a thought-building practice will be dealt as beyond a mere phase of the movie production. At this point, reflections can be made on what extent the usage of heterogeneous elements, such as the use of the book as a narrative device, the setting, the choice of actors and non-actors, and the shuffle between reality and fiction, films can produce dissent (as in Jacques Rancière) and, as a result, leading to reflections about the relationship between aesthetics and politics. The hypothesis is that these pictures have their take on certain concrete places by rebuilding them inventively, thus enabling a modulate space in which the collective sphere has an effective weight able on tensing the established power relations.