[pt] PESSOAS TRANS NO SUS: NARRATIVAS DAS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE SUAS PERCEPÇÕES, LIMITES E DESAFIOS
[pt] O presente estudo tem por objetivo geral analisar a relação dos profissionais em formação nas residências multiprofissionais em saúde no que tange ao atendimento de pessoas trans em um hospital universitário do município Rio de Janeiro. Evidenciar o tema da transexualidade a partir do olhar das...
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MAXWELL
2020
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[pt] O presente estudo tem por objetivo geral analisar a relação dos profissionais em formação nas residências multiprofissionais em saúde no que tange ao atendimento de pessoas trans em um hospital universitário do município Rio de Janeiro. Evidenciar o tema da transexualidade a partir do olhar das profissionais de saúde é fundamental para a construção de uma formação profissional e de uma educação permanente em saúde de qualidade que contribua para a criação de espaços de diálogos entre as profissionais de saúde e a população atendida. Para isto, este trabalho teve como objetivos específicos: 1) Identificar a percepção das profissionais de saúde em formação acerca das demandas das pessoas transexuais que comparecem aos serviços de saúde, 2) Analisar a interação entre profissionais de saúde e as pessoas trans no atendimento de suas demandas e 3) Analisar a incorporação e reificação da dimensão de gênero na formação da residência em saúde pública a partir do olhar das profissionais. Os episódios de atitudes discriminatórias contra as sexualidades consideradas desviantes da norma são recorrentes nos ambientes de saúde. Foram realizadas oito entrevistas individuais com profissionais de saúde residentes do segundo ano de formação dos programas de residência multiprofissionais. Na análise dos dados coletados, utilizamos a análise de conteúdo das narrativas das profissionais de saúde entrevistadas, a partir de três categorias: Noções sobre transexualidade e demandas em saúde, atendimento às pessoas trans e interação com as profissionais de saúde e gênero e formação profissional. Observamos que as dificuldades de lidar com as questões relativas ao gênero e à sexualidade, especialmente à sexualidade feminina, faz com que as profissionais de saúde reduzam o impacto de suas ações. Os resultados apontam que a maneira como esses profissionais entendem e constroem as noções de gênero e sexualidade, torna-se uma das principais barreiras de acesso das pessoas trans aos serviços. === [en] This study aims to evaluate healthcare professionals (HCP) during their multiprofessional postgraduate training - residency - and their perceptions of the care dispensed to transgender people in a university hospital in Rio de Janeiro city. It is highly important to value the transexuality subject from the HCP perspective in order to build proper professional education and permanent health education that allows experience exchange spaces between those professionals and the population. This work has as specific goals: 1) To identify the in-training HCP perception about the demands of transgender people who attend to the health facility, 2) To evaluate the intercommunication between HCPs and trans people regarding the resolution of their needs and 3) To evaluate the internalization and reification of gender dimension in the public health education during residency from the professionals perception. Gender discrimination episodes against people whose sexuality is considered deviating is recurrent in health care institutions.. For this work, we conducted 8 interviews with 2nd-year health care students during their multiprofessional residency. To perform data analysis the content analysis method was used to evaluate the narratives of the interviewees, using three categories: basic knowledge on transexuality and health needs, health care to trans people and interactions with HCP and gender and professional training. We observed that the difficulties in dealing with gender and sexuality topics, specially those regarding female sexuality, reduce the impact of the action of those health professionals. Our results evidentiate that the manner the HCPs deal with gender and sexuality and how they understand those subjects are barriers to transgender people on their access to health care services. |
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NILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNES |
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