[pt] AUTONOMIA, AUTORIDADE E INDIVIDUALISMO: O MITO DA AUTORIA NO CAMPO DO DESIGN
[pt] Nesta dissertação examina-se a autoria no Campo do Design. Argumenta-se que a noção de autoria adotada hegemonicamente pelo campo é carismática. É dizer, os pares do campo defendem a existência de um dom extraordinário e obscuro concedido para alguém que servirá para o bem do seu grupo social,...
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MAXWELL
2020
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ndltd-puc-rio.br-oai-MAXWELL.puc-rio.br-485322020-06-10T03:23:11Z[pt] AUTONOMIA, AUTORIDADE E INDIVIDUALISMO: O MITO DA AUTORIA NO CAMPO DO DESIGN[en] AUTONOMY, AUTHORITY AND INDIVIDUALISM: THE MYTH OF AUTHORSHIP IN THE DESIGN FIELD[pt] AUTORIA[en] AUTHORSHIP[pt] CAMPO DO DESIGN[en] DESIGN FIELD[pt] CRITICA[en] CRITICISM[pt] Nesta dissertação examina-se a autoria no Campo do Design. Argumenta-se que a noção de autoria adotada hegemonicamente pelo campo é carismática. É dizer, os pares do campo defendem a existência de um dom extraordinário e obscuro concedido para alguém que servirá para o bem do seu grupo social, enxerga o designer autor como aquele agente que, através da inovação e da criatividade, constrói seus objetos e/ou imagens de modo autoritário, autônomo e individual, sem nenhuma interferência externa. Considera-se que esta visão advém do Campo da Arte, visto que o Campo do Design herdou muitas noções do Campo da Arte, e que ainda existe uma incerteza sobre o que pertence a um campo e o que pertence ao outro. Ademais, percebe-se que os agentes de legitimação do Campo do Design por muitas vezes não consideram o modo de produção vigente, o capitalismo, e que neste modo de produção o que se produz são mercadorias - estas projetadas pelo Campo do Design - que não possuem apenas valor de uso, mas principalmente valor de troca simbólica. Assim, se estuda as transformações históricas que ocorreram no Campo da Arte no que diz respeito à autoria para entender como as noções que permeiam o Campo da Arte foram herdadas pelo Campo do Design e como estas noções foram se transformando e se reproduzindo ao longo do período moderno, de forma a fazer uma crítica a tais noções, que se julga aqui serem passadistas. Assim sendo, se propõe que o designer como autor é uma forma de produzir capital simbólico no Campo do Design, e que a promessa de autoria promovida nas escolas de design produz alienação, e que tal alienação não condiz com a necessidade social.[en] This dissertation examines the authorship in the Field of Design. It is argued that the notion of authorship hegemonically adopted by the field is charismatic, that is, it sees the designer author as that agent who, through innovation and creativity, builds his objects and/or images in an authoritarian, autonomous and individual way, without no outside interference. This view is considered to come from the Art Field, since the Design Field has inherited many notions from the Art Field, and there is still uncertainty about what belongs to one field and what belongs to the other. Moreover, it is clear that the legitimating agents of the Design Field often do not consider the current mode of production, capitalism, and that in this mode of production what they produce are commodities - these designed by the Design Field - that do not have only use value, but mainly symbolic exchange value. Thus, we study the historical transformations that occurred in the field of art with regard to authorship to understand how the notions that permeate the field of art were inherited by the Field of Design and how these notions were transformed and reproduced to throughout the modern period, in order to make a critique of such notions, which are thought here to be outdated. Therefore, it is proposed that the designer as an author is a way of producing symbolic capital in the Field of Design, and that the promise of authorship promoted in the design schools produces alienation, and that such alienation does not match social needs.MAXWELLALBERTO CIPINIUK2020-06-09TEXTOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=48532@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=48532@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.48532pt |
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[pt] Nesta dissertação examina-se a autoria no Campo do Design. Argumenta-se que a noção de autoria adotada hegemonicamente pelo campo é carismática. É dizer, os pares do campo defendem a existência de um dom extraordinário e obscuro concedido para alguém que servirá para o bem do seu grupo social,
enxerga o designer autor como aquele agente que, através da inovação e da criatividade, constrói seus objetos e/ou imagens de modo autoritário, autônomo e individual, sem nenhuma interferência externa. Considera-se que esta visão advém do Campo da Arte, visto que o Campo do Design herdou muitas noções do Campo da Arte, e que ainda existe uma incerteza sobre o que pertence a um campo e o que pertence ao outro. Ademais, percebe-se que os agentes de legitimação do Campo do Design por muitas vezes não consideram o modo de produção vigente, o capitalismo, e que neste modo de produção o que se produz são mercadorias - estas projetadas pelo Campo do Design - que não possuem apenas valor de uso, mas principalmente valor de troca simbólica. Assim, se estuda as transformações históricas que ocorreram no Campo da Arte no que diz respeito à autoria para entender como as noções que permeiam o Campo da Arte foram herdadas pelo Campo do Design e como estas noções foram se transformando e se reproduzindo
ao longo do período moderno, de forma a fazer uma crítica a tais noções, que se julga aqui serem passadistas. Assim sendo, se propõe que o designer como autor é uma forma de produzir capital simbólico no Campo do Design, e que a promessa de autoria promovida nas escolas de design produz alienação, e que tal alienação não condiz com a necessidade social. === [en] This dissertation examines the authorship in the Field of Design. It is argued that the notion of authorship hegemonically adopted by the field is charismatic, that is, it sees the designer author as that agent who, through innovation and creativity, builds his objects and/or images in an authoritarian, autonomous and individual way, without no outside interference. This view is considered to come from the Art Field,
since the Design Field has inherited many notions from the Art Field, and there is still uncertainty about what belongs to one field and what belongs to the other. Moreover, it is clear that the legitimating agents of the Design Field often do not consider the current mode of production, capitalism, and that in this mode of
production what they produce are commodities - these designed by the Design Field - that do not have only use value, but mainly symbolic exchange value. Thus, we study the historical transformations that occurred in the field of art with regard to authorship to understand how the notions that permeate the field of art were inherited by the Field of Design and how these notions were transformed and reproduced to throughout the modern period, in order to make a critique of such notions, which are thought here to be outdated. Therefore, it is proposed that the designer as an author is a way of producing symbolic capital in the Field of Design, and that the promise of authorship promoted in the design schools produces alienation, and that such alienation does not match social needs. |
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