[en] LABOR MARKET CONDITIONS AND GENDER INEQUALITY: EVIDENCE FROM THE BRAZILIAN TRADE LIBERALIZATION
[pt] Esse artigo estuda o efeito de um choque grande e plausivelmente exógeno induzido pelo comércio sobre a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Nos anos 1990, o governo brasileiro decidiu reduzir as tarifas de importação, induzindo uma liberalização comercial grande e de uma vez por toda...
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MAXWELL
2017
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ndltd-puc-rio.br-oai-MAXWELL.puc-rio.br-317852018-06-13T04:14:07Z[en] LABOR MARKET CONDITIONS AND GENDER INEQUALITY: EVIDENCE FROM THE BRAZILIAN TRADE LIBERALIZATION[pt] CONDIÇÕES DO MERCADO DE TRABALHO E DESIGUALDADE DE GÊNERO: EVIDÊNCIA DA LIBERALIZAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRAGIOVANNA RIBEIRO PAIVA DE SOUZA[pt] MERCADO DE TRABALHO[en] JOB REQUIREMENT[pt] LIBERALIZACAO COMERCIAL[en] TRADE LIBERALIZATION[pt] DESIGUALDADE DE GENERO[en] GENDER INEQUALITY[pt] Esse artigo estuda o efeito de um choque grande e plausivelmente exógeno induzido pelo comércio sobre a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Nos anos 1990, o governo brasileiro decidiu reduzir as tarifas de importação, induzindo uma liberalização comercial grande e de uma vez por todas, com efeitos heterogêneos entre as economias locais. Usando Censos Decenais brasileiros, eu estimo efeitos de médio (1991-2000) e longo (1991-2010) prazos desse choque sobre os resultados do mercado de trabalho separadamente por gênero e suas consequências para a desigualdade de gênero. Eu forneço um modelo conceitual de segregação ocupacional para racionalizar os resultados. Finalmente, também examino potenciais implicações desse choque para o mercado de casamentos e a acumulação de capital humano dos indivíduos. Os resultados apontam que, no médio prazo, em regiões mais afetadas, houve um aumento no diferencial salarial por gênero e as mulheres enfrentaram proporcionalmente maior aumento no não-emprego em comparação com os homens. No longo prazo, as perdas de emprego permaneceram no setor de bens comercializáveis, mas na economia como um todo elas desapareceram, enquanto o diferencial salarial entre homens e mulheres diminuiu no setor de não comercializáveis. Além disso, tanto no médio como no longo prazo, houve um aumento na acumulação de capital humano, ao mesmo tempo em que a parcela de mulheres casadas e que têm filhos diminuiu. À luz do modelo, esses resultados enfatizam a importância de se prestar atenção não só à desigualdade salarial, mas também à distribuição desigual dos gêneros entre as ocupações.[en] This paper studies the effect of a large and plausibly exogenous tradeinduced shock on gender inequality in the labor market. In the 1990 s, Brazilian government decided to reduce import tariffs, inducing a large, once and for all trade liberalization, with heterogeneous effects across local economies. Using Brazilian Decennial Censuses, I estimate medium (1991-2000) and long (1991-2010) term effects of this shock to labor market outcomes separately by gender and its consequences for gender inequality. I provide a conceptual model of occupational segregation to rationalize the results. Finally, I also examine potential implications of this shock to the marriage market and individuals human capital accumulation. Results point that, in the medium run, in harder hit regions there was an increase in the gender wage gap and women proportionally faced higher increase in nonemployment compared to men. In the long run, the losses in employment in the tradable sector remained, but in the as a whole economy they disappeared, while the gender wage gap in non-tradables decreased. Besides that, both in the medium and long run, there was an increase in human capital accumulation, at the same that the share of women that are married and have children decreased. In light of the model, these findings emphasize the importance of paying attention not only to the wage inequality, but also to the unequal distribution of genders between occupations.MAXWELLGABRIEL LOPES DE ULYSSEAGABRIEL LOPES DE ULYSSEAGABRIEL LOPES DE ULYSSEA2017-10-19TEXTOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=31785@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=31785@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.31785en |
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[pt] Esse artigo estuda o efeito de um choque grande e plausivelmente exógeno induzido pelo comércio sobre a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Nos anos 1990, o governo brasileiro decidiu reduzir as tarifas de importação, induzindo uma liberalização comercial grande e de uma vez por todas, com efeitos heterogêneos entre as economias locais. Usando Censos Decenais brasileiros, eu estimo efeitos de médio (1991-2000) e longo (1991-2010) prazos desse choque sobre os resultados do mercado de trabalho separadamente por gênero e suas consequências para a desigualdade de gênero. Eu forneço um modelo conceitual de segregação ocupacional para racionalizar os resultados. Finalmente, também examino potenciais implicações desse choque para o mercado de casamentos e a acumulação de capital humano dos indivíduos. Os resultados apontam que, no médio prazo, em regiões mais afetadas, houve um aumento no diferencial salarial por gênero e as mulheres enfrentaram proporcionalmente maior aumento no não-emprego em comparação com os homens. No longo prazo, as perdas de emprego permaneceram no setor de bens comercializáveis, mas na economia como um todo elas desapareceram, enquanto o diferencial salarial entre homens e mulheres diminuiu no setor de não comercializáveis. Além disso, tanto no médio como no longo prazo, houve um aumento na acumulação de capital humano, ao mesmo tempo em que a parcela de mulheres casadas e que têm filhos diminuiu. À luz do modelo, esses resultados enfatizam a importância de se prestar atenção não só à desigualdade salarial, mas também à distribuição desigual dos gêneros entre as ocupações. === [en] This paper studies the effect of a large and plausibly exogenous tradeinduced shock on gender inequality in the labor market. In the 1990 s, Brazilian government decided to reduce import tariffs, inducing a large,
once and for all trade liberalization, with heterogeneous effects across local economies. Using Brazilian Decennial Censuses, I estimate medium (1991-2000) and long (1991-2010) term effects of this shock to labor market outcomes separately by gender and its consequences for gender inequality. I provide a conceptual model of occupational segregation to rationalize the results. Finally, I also examine potential implications of this shock to the marriage market and individuals human capital accumulation. Results point that, in the medium run, in harder hit regions there was an increase in the gender wage gap and women proportionally faced higher increase in nonemployment compared to men. In the long run, the losses in employment in the tradable sector remained, but in the as a whole economy they disappeared, while the gender wage gap in non-tradables decreased. Besides that, both in the medium and long run, there was an increase in human capital accumulation, at the same that the share of women that are married and have children decreased. In light of the model, these findings emphasize the importance of paying attention not only to the wage inequality, but also to the unequal distribution of genders between occupations. |
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