[en] EMANCIPATION FOR WHOM?: A GRAMSCIAN ANALYSIS ON GENDER STUDIES AND SOCIAL WORK

[pt] A presente tese Emancipação para quem? Uma análise gramsciana sobre estudos de gênero e Serviço Social visa analisar os estudos de gênero na formação dos assistentes sociais, considerando que o currículo do curso de Serviço Social e o contexto do debate profissional nos revelam muitos indícios...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: ANA ELIZABETH LOLE DOS SANTOS
Other Authors: INEZ TEREZINHA STAMPA
Language:pt
Published: MAXWELL 2015
Subjects:
Online Access:https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=25162@1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=25162@2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.25162
Description
Summary:[pt] A presente tese Emancipação para quem? Uma análise gramsciana sobre estudos de gênero e Serviço Social visa analisar os estudos de gênero na formação dos assistentes sociais, considerando que o currículo do curso de Serviço Social e o contexto do debate profissional nos revelam muitos indícios e pistas sobre a apreensão do gênero, bem como o lugar que, na atualidade, ele ocupa na formação. Na tentativa de mostrar a relevância desta temática, analisamos não somente os currículos, mas também evidências sobre a existência de um diálogo crescente do gênero no Serviço Social, com a hipótese de que este processo tem sido induzido pela crescente feminilização e familização das políticas públicas de corte neoliberal. A observação da pouca acuidade das pesquisas e das teorias sociais para interpretarem dinâmicas de gênero na realidade social nos levou a analisar o campo da formação, além, é claro, das dificuldades encontradas em localizar interlocução com o Serviço Social sobre esse tema, sempre remetido a um status subalterno da produção de conhecimento no âmbito profissional. Esta pesquisa busca, assim, analisar os indícios dos estudos de gênero no Serviço Social com base no método indiciário, de Carlo Ginzburg (1990), e o deslocamento de paradigmas que esse debate exige, tendo como referência a teoria política gramsciana. Desse modo, procura contribuir para o entendimento da categoria gênero como resultado de luta por emancipação humana e política, a partir de uma concepção de mundo orgânica e unitária. A pesquisa realizada para a elaboração da tese foi de natureza teórica e empírica, sendo desenvolvida junto às escolas/departamentos de Serviço Social de quatro Instituições de Ensino Superior (IES) no estado do Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A pesquisa está pautada no método crítico dialético, o qual implicou um avanço no debate profissional, numa perspectiva que articula os sujeitos na história, posto que as relações de gênero nos remetem à esfera doméstica, mas nos apontam para a sua indissociabilidade com a esfera pública. Para tanto, foi escolhido o filósofo italiano Antonio Gramsci (1891-1937) para um diálogo mais próximo na tese. A escolha desse pensador marxista é justamente por ser um grande crítico da perniciosa separação entre ação e intelecto. Neste sentido, ser constituinte do debate profissional contemporâneo a perspectiva de construção de uma utopia social, reconhecemos nos estudos de gênero, a partir principalmente da articulação entre universalidade e particularidade, bem como na visão revolucionária dos estudos gramscianos, elementos fundamentais para a emancipação humana para todos. === [en] This thesis Emancipation for whom? A Gramscian analysis on gender studies and Social Work aims to analyze gender studies in the training of social workers, considering that the curriculum of the Social Service course and the context of professional discussion reveal much evidence and clues about the grasp of the genre as well as the place that, at present, it occupies in the training. In an attempt to show the relevance of this issue, we analyze not only the curriculum but also evidences on the existence of a growing dialogue in the Social Work, with the hypothesis that this process has been driven by the increasing of family and feminine aspects of neoliberal public policies. The observation of low acuity of researches and social theories to interpret gender dynamics in social reality led us to analyze the field of training, and, of course, about the difficulties encountered in locating the dialogue with social work on the subject, always referred to a subordinate status of knowledge production in a professional scope. This research aims, therefore, analyze the evidence of gender studies in Social Work based on indiciary paradigm, Carlo Ginzburg (1990), and the shift of paradigms that this debate requires, with Gramsci s political theory as reference. Thereby we seek to contribute to the understanding of gender category as a result of the struggle for human and policy emancipation, from a conception of the world organic and unitary. The research for this thesis was theoretical and empirical nature, being developed with schools/Social Work departments of four Higher Education Institutions (HEIs) in the state of Rio de Janeiro: Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro (PUC-Rio), State University of Rio de Janeiro (UERJ), Federal Fluminense University (UFF) and Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). The research is guided by the dialectical critical method, which meant an improvement in the professional debate, in a perspective that articulates the subjects in the history, whereas gender relations remind us of the domestic sphere but, also, point us to an inseparability with the public sphere. In this sense, the Italian philosopher Antonio Gramsci (1891-1937) was chosen for a closer dialogue in the thesis. The choice of this Marxist thinker was because he is a great critic of pernicious separation between action and intellect. In this sense be constituent of contemporary professional debate the perspective of building a social utopia, we recognize in the gender studies, mainly from the relationship between universality and particularity, as well as the revolutionary vision of Gramscian studies, fundamental elements for human emancipation for all.