[en] PACIFICATION AS A FOREIGN POLICY PRACTICE OF (RE)PRODUCTION OF THE STATE SELF: REWRITING THE ENGAGEMENT OF BRAZIL IN THE UNITED NATIONS STABILIZATION MISSION IN HAITI (MINUSTAH)
[pt] Esta tese argumenta que a participação do Brasil na Missão de Estabilização da ONU para o Haiti pode ser compreendida para além das explicações tradicionais que entendem a política externa como uma ponte entre a política interna e a política internacional, resultante de decisões racionais, inte...
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MAXWELL
2015
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ndltd-puc-rio.br-oai-MAXWELL.puc-rio.br-247442018-06-15T04:14:39Z[en] PACIFICATION AS A FOREIGN POLICY PRACTICE OF (RE)PRODUCTION OF THE STATE SELF: REWRITING THE ENGAGEMENT OF BRAZIL IN THE UNITED NATIONS STABILIZATION MISSION IN HAITI (MINUSTAH)[pt] A PACIFICAÇÃO COMO PRÁTICA DE POLÍTICA EXTERNA DE (RE)PRODUÇÃO DO SELF ESTATAL: RESCREVENDO O ENGAJAMENTO DO BRASIL NA MISSÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ESTABILIZAÇÃO NO HAITI (MINUSTAH)MAIRA SIMAN GOMES[pt] POLITICA EXTERNA[en] FOREIGN POLICY[pt] BRASIL[en] BRAZIL[pt] HAITI[en] HAITI[pt] IDENTIDADE ESTATAL[en] STATE IDENTITY[pt] PACIFICACAO[en] PACIFICATION[pt] MINUSTAH[en] MINUSTAH[pt] Esta tese argumenta que a participação do Brasil na Missão de Estabilização da ONU para o Haiti pode ser compreendida para além das explicações tradicionais que entendem a política externa como uma ponte entre a política interna e a política internacional, resultante de decisões racionais, interesses objetivos e identidades fixas. Partindo da premissa de que as articulações discursivas não são uma construção retórica superficial atrás das quais se encontra uma causa ou explicação real, não se busca discutir quais foram as intenções e motivações dos formuladores da política externa quando decidiram pela participação do Brasil na missão da ONU no Haiti. Rompendo com as perspectivas convencionais acerca do papel da identidade e da diferença nos estudos de política externa, essa tese analisa os discursos e práticas dominantes de construção do estado moderno no Brasil, no século XIX e início do século XX, e como estes funcionam produzindo uma determinada compreensão do self estatal – e da relação entre self e outro. Tal movimento, empreendido a partir do estudo de duas narrativas de pacificação, permite tanto pensar sobre os discursos e representações que tornaram possível a decisão brasileira de liderar o componente militar da MINUSTAH, quanto refletir sobre as constantes tentativas, passadas e contemporâneas, de reproduzir e estabilizar uma identidade específica para o Brasil, e para aqueles que agem, dentro e fora, em seu nome.[en] This dissertation argues that the participation of Brazil in the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) may be understood beyond traditional explanations that understand foreign policy as a bridge between internal and international politics, resulting from rational decisions, objective interests and fixed identities. Based on the assumption that discursive articulations are not a superficial rhetorical construction behind which one may find real causes or real explanations, it does not aim to discuss the intentions and motivations behind Brazilian foreign policy decision makers resolution to participate in the UN mission in Haiti. Contrary to conventional approaches on the role of identity and difference in foreign policy studies, this dissertation analyzes dominant discourses and practices constructing the modern state in Brazil between the 19th and beginning of the 20th Century, and how these discourses and practices produce a specific understanding of the state self – and of the relation between self and other. Through the study of two pacification narratives, this movement allows one to think about the discourses and representations that made possible Brazil s decision to lead the military component of MINUSTAH; it also helps one to reflect on the permanent attempts – past and present – to reproduce and stabilize a specific identity for Brazil and for those acting in its name, both inside and outside.MAXWELLMONICA HERZ2015-06-11TEXTOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=24744@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=24744@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.24744pt |
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[pt] Esta tese argumenta que a participação do Brasil na Missão de
Estabilização da ONU para o Haiti pode ser compreendida para além das
explicações tradicionais que entendem a política externa como uma ponte entre a
política interna e a política internacional, resultante de decisões racionais,
interesses objetivos e identidades fixas. Partindo da premissa de que as
articulações discursivas não são uma construção retórica superficial atrás das
quais se encontra uma causa ou explicação real, não se busca discutir quais foram
as intenções e motivações dos formuladores da política externa quando decidiram
pela participação do Brasil na missão da ONU no Haiti. Rompendo com as
perspectivas convencionais acerca do papel da identidade e da diferença nos
estudos de política externa, essa tese analisa os discursos e práticas dominantes de
construção do estado moderno no Brasil, no século XIX e início do século XX, e
como estes funcionam produzindo uma determinada compreensão do self estatal –
e da relação entre self e outro. Tal movimento, empreendido a partir do estudo
de duas narrativas de pacificação, permite tanto pensar sobre os discursos e
representações que tornaram possível a decisão brasileira de liderar o componente
militar da MINUSTAH, quanto refletir sobre as constantes tentativas, passadas e
contemporâneas, de reproduzir e estabilizar uma identidade específica para o
Brasil, e para aqueles que agem, dentro e fora, em seu nome. === [en] This dissertation argues that the participation of Brazil in the United
Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH) may be understood beyond
traditional explanations that understand foreign policy as a bridge between
internal and international politics, resulting from rational decisions, objective
interests and fixed identities. Based on the assumption that discursive articulations
are not a superficial rhetorical construction behind which one may find real causes
or real explanations, it does not aim to discuss the intentions and motivations
behind Brazilian foreign policy decision makers resolution to participate in the
UN mission in Haiti. Contrary to conventional approaches on the role of identity
and difference in foreign policy studies, this dissertation analyzes dominant
discourses and practices constructing the modern state in Brazil between the 19th
and beginning of the 20th Century, and how these discourses and practices
produce a specific understanding of the state self – and of the relation between
self and other. Through the study of two pacification narratives, this movement
allows one to think about the discourses and representations that made possible
Brazil s decision to lead the military component of MINUSTAH; it also helps one
to reflect on the permanent attempts – past and present – to reproduce and
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