[en] NATIVE LANGUAGE AND TRANSLATION IN NON-NATIVE LANGUAGE TEACHING: A CRITICAL HISTORIOGRAPHY
[pt] A motivação inicial desta tese adveio de experiências que tive como professora de português-língua estrangeira (PLE) na Universidade de Hebei, na China. Devido às dificuldades de comunicação com os alunos – visto que nem eu dominava o mandarim, nem os alunos, o português – e frustrada diante da...
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MAXWELL
2015
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[pt] HISTORIOGRAFIA [en] HISTORIOGRAPHY [pt] ENSINO-APRENDIZAGEM DE LINGUA NAO-MATERNA [pt] LINGUA MATERNA [pt] TRADUCAO PEDAGOGICA [pt] TRADUCAO COMO QUINTA HABILIDADE [pt] CONSCIENCIA LINGUISTICA [pt] CONDICAO POS-METODO |
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[pt] HISTORIOGRAFIA [en] HISTORIOGRAPHY [pt] ENSINO-APRENDIZAGEM DE LINGUA NAO-MATERNA [pt] LINGUA MATERNA [pt] TRADUCAO PEDAGOGICA [pt] TRADUCAO COMO QUINTA HABILIDADE [pt] CONSCIENCIA LINGUISTICA [pt] CONDICAO POS-METODO ELISA FIGUEIRA DE SOUZA CORREA [en] NATIVE LANGUAGE AND TRANSLATION IN NON-NATIVE LANGUAGE TEACHING: A CRITICAL HISTORIOGRAPHY |
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[pt] A motivação inicial desta tese adveio de experiências que tive como professora de português-língua estrangeira (PLE) na Universidade de Hebei, na China. Devido às dificuldades de comunicação com os alunos – visto que nem eu dominava o mandarim, nem os alunos, o português – e frustrada diante da orientação hegemônica de criar uma sala de aula monolíngue em PLE, decidi-me por analisar criticamente tal situação. O desenvolvimento dessa análise, acompanhado por uma necessidade de não coibir o uso da língua materna (LM) ou da língua em comum (o inglês, no caso) nesse contexto, vem a constituir-se no principal pilar da presente investigação. Como resultado, compõe-se uma historiografia crítica acompanhada por um procedimento de análise baseado em questões sobre se, como, quando e por quem eram utilizados em sala de aula LM e tradução, e sobre quais os valores ou objetivos socialmente atrelados ao estudo de uma língua não-materna (LNM) em cada momento ou método em foco. Também se faz uma revisão de cunho terminológico-conceitual relativa à tradução no meio pedagógico. Com base na crítica historiográfica, opta-se, por fim, pelo rompimento com a orientação pró-monolinguismo em sala de aula, a qual tem prevalecido desde o início do século XX. Para justificar, contemporaneamente, o uso da LM e dos exercícios de tradução (também chamados de tradução pedagógica) como recursos no ensino-aprendizagem de LNM, constata-se a necessidade cognitiva e afetiva da LM em sala de aula por parte de alunos e professores, e defende-se a prática tradutória, conforme concebida pós-modernamente, como um recurso de tripla face: (1) como uma quinta habilidade a ser visada pelo ensino de LNM; (2) como uma forma de criar consciência linguística no aluno, em especial pelo contraste entre a sua LM e a LNM; e (3) como fruto de uma proposta de ensino-aprendizagem que, por se alinhar a uma condição pós-método, procura utilizar-se de ferramentas variadas de ensino para enriquecer o ambiente da sala de aula e a experiência de aprendizagem. Entende-se que a reflexão trazida pela prática tradutória possibilita despertar o aluno tanto para a natureza da linguagem, quanto para questões de ordem política e cultural que envolvem as línguas e sociedades. A tese sustenta seus argumentos a favor do uso desses dois recursos – LM e tradução pedagógica – com dados de outras pesquisas e com depoimentos de alunos e professores sobre o assunto, concluindo em prol dos mesmos e contra a hegemonia da sala de aula monolíngue em LNM, a qual ainda prevalece como situação ideal no senso comum e em diversas instâncias de política educacional. === [en] The motivation to write this dissertation came from my personal experience teaching Portuguese as a foreign language (PFL) at Hebei University, in China. Due to communication difficulties with my students – since neither could I speak Mandarin, nor could they speak Portuguese – and frustrated in face of the hegemonic orientation towards a monolingual classroom, I ve decided to analyze this situation. The development of this analysis forms the pillar of the present investigation, together with a need not to forbid native language (NL) or the common language (in that case, English) use in classroom. As a result, a critical historiography, along with an analysis procedure based in questions on if, how, when and by whom NL and translation were used, and also questions related to which social values or objectives were behind non-native language (NNL) leaning, at each moment or method analyzed. In addition, a terminological-conceptual review on the pedagogical uses of translation is presented. Based on such a historiography, it is proposed a break away from the pro-monolingualism orientation in classroom, which has prevailed since the early 20th century. The cognitive and affective need of NL in classroom, of both teacher and pupils, is one of the reasons found to currently justify the use of LM and translation exercises (also known as pedagogical translation) as resources in NNL teaching – as well as the defense of translation practice, in its postmodern understanding. Translation practice, in such terms, is understood as a triple-faced resource: (1) it is a fifth skill to be targeted by NNL teaching; (2) it raises language awareness in students, specially contrasting NL and NNL; (3) it is a byproduct of teaching and learning principles which, by accepting a postmethod condition, aim at adopting varied tools to enrich both classroom environment and learning experience. The careful consideration that translation practice provokes is understood as awaking students to the nature of language, and to political and cultural issues that involve language and society as well. This dissertation upholds its arguments in favor of these two resources – NL and pedagogical translation – with data from other researches and statements from students and teachers on the subject. It concludes in favor of these resources and against the hegemony of the monolingual classroom, which is still thought to be the ideal NNL classroom environment for the common sense, and for several educational policies. |
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MARIA PAULA FROTA |
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O desenvolvimento dessa análise, acompanhado por uma necessidade de não coibir o uso da língua materna (LM) ou da língua em comum (o inglês, no caso) nesse contexto, vem a constituir-se no principal pilar da presente investigação. Como resultado, compõe-se uma historiografia crítica acompanhada por um procedimento de análise baseado em questões sobre se, como, quando e por quem eram utilizados em sala de aula LM e tradução, e sobre quais os valores ou objetivos socialmente atrelados ao estudo de uma língua não-materna (LNM) em cada momento ou método em foco. Também se faz uma revisão de cunho terminológico-conceitual relativa à tradução no meio pedagógico. Com base na crítica historiográfica, opta-se, por fim, pelo rompimento com a orientação pró-monolinguismo em sala de aula, a qual tem prevalecido desde o início do século XX. Para justificar, contemporaneamente, o uso da LM e dos exercícios de tradução (também chamados de tradução pedagógica) como recursos no ensino-aprendizagem de LNM, constata-se a necessidade cognitiva e afetiva da LM em sala de aula por parte de alunos e professores, e defende-se a prática tradutória, conforme concebida pós-modernamente, como um recurso de tripla face: (1) como uma quinta habilidade a ser visada pelo ensino de LNM; (2) como uma forma de criar consciência linguística no aluno, em especial pelo contraste entre a sua LM e a LNM; e (3) como fruto de uma proposta de ensino-aprendizagem que, por se alinhar a uma condição pós-método, procura utilizar-se de ferramentas variadas de ensino para enriquecer o ambiente da sala de aula e a experiência de aprendizagem. Entende-se que a reflexão trazida pela prática tradutória possibilita despertar o aluno tanto para a natureza da linguagem, quanto para questões de ordem política e cultural que envolvem as línguas e sociedades. A tese sustenta seus argumentos a favor do uso desses dois recursos – LM e tradução pedagógica – com dados de outras pesquisas e com depoimentos de alunos e professores sobre o assunto, concluindo em prol dos mesmos e contra a hegemonia da sala de aula monolíngue em LNM, a qual ainda prevalece como situação ideal no senso comum e em diversas instâncias de política educacional.[en] The motivation to write this dissertation came from my personal experience teaching Portuguese as a foreign language (PFL) at Hebei University, in China. Due to communication difficulties with my students – since neither could I speak Mandarin, nor could they speak Portuguese – and frustrated in face of the hegemonic orientation towards a monolingual classroom, I ve decided to analyze this situation. The development of this analysis forms the pillar of the present investigation, together with a need not to forbid native language (NL) or the common language (in that case, English) use in classroom. As a result, a critical historiography, along with an analysis procedure based in questions on if, how, when and by whom NL and translation were used, and also questions related to which social values or objectives were behind non-native language (NNL) leaning, at each moment or method analyzed. In addition, a terminological-conceptual review on the pedagogical uses of translation is presented. Based on such a historiography, it is proposed a break away from the pro-monolingualism orientation in classroom, which has prevailed since the early 20th century. The cognitive and affective need of NL in classroom, of both teacher and pupils, is one of the reasons found to currently justify the use of LM and translation exercises (also known as pedagogical translation) as resources in NNL teaching – as well as the defense of translation practice, in its postmodern understanding. Translation practice, in such terms, is understood as a triple-faced resource: (1) it is a fifth skill to be targeted by NNL teaching; (2) it raises language awareness in students, specially contrasting NL and NNL; (3) it is a byproduct of teaching and learning principles which, by accepting a postmethod condition, aim at adopting varied tools to enrich both classroom environment and learning experience. The careful consideration that translation practice provokes is understood as awaking students to the nature of language, and to political and cultural issues that involve language and society as well. This dissertation upholds its arguments in favor of these two resources – NL and pedagogical translation – with data from other researches and statements from students and teachers on the subject. It concludes in favor of these resources and against the hegemony of the monolingual classroom, which is still thought to be the ideal NNL classroom environment for the common sense, and for several educational policies.MAXWELLMARIA PAULA FROTA2015-04-14TEXTOhttps://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=24443@1https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=24443@2http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.24443pt |