A voz materna e o bebê prematuro questões sobre a comunicação no ambiente hospitalar /

Orientador: Gimol Benzaquen Perosa === Resumo: Há evidências na literatura de que a permanência dos prematuros em incubadora, com o propósito de garantir sua sobrevida, pode gerar um impacto negativo para o vínculo mãe/filho. Na maioria das vezes a criança está sedada e as mães impossibilitadas do c...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dourado, Ana
Other Authors: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Medicina.
Language:Portuguese
Published: Botucatu, 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11449/153233
Description
Summary:Orientador: Gimol Benzaquen Perosa === Resumo: Há evidências na literatura de que a permanência dos prematuros em incubadora, com o propósito de garantir sua sobrevida, pode gerar um impacto negativo para o vínculo mãe/filho. Na maioria das vezes a criança está sedada e as mães impossibilitadas do contato tátil e de oferecer cuidados. Há vários estudos de como as mães vivenciam essa situação, mas poucos centram-se no papel da voz materna que, nessas condições, é uma via disponível para o estabelecimento do vínculo com o bebê, fundamental para sua constituição subjetiva. Este estudo teve por objetivo analisar o conteúdo da fala e a voz das mães frente a seu parto e a seu filho prematuro, pacientes de incubadora. Os médicos responsáveis pelo pelos leitos das crianças da pesquisa também foram entrevistados com o intuito de avaliar seu papel na forma como a mãe subjetiva a criança neste contexto. Em até sete dias após a internação da criança na Unidade de Terapia Intensiva neonatal (UTIN), foi realizada uma primeira entrevista, aberta, com mães de prematuros que permaneciam na incubadora. Uma segunda entrevista ocorreu após a alta da incubadora. Os médicos responsáveis pelo leito da criança também foram entrevistados, afim de encontrar possíveis relações do discurso médico com o discurso materno. Observou-se, também, como e o que as mães diziam aos bebês e seus comportamentos quando elas falavam com eles. Os dados foram analisados qualitativamente, à luz da teoria psicanalítica. A característica mais presente nos relatos foi ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) === Abstract: There is evidence in the literature of the negative impact that keeping premature babies in incubators - to ensure they will survive - can cause to mother-child bonding. Most of the times, the child is sedated and the mother cannot offer tactile contact or care. There are many studies on how mothers manage this situation, but only a few focus on the mother’s voice, that is, in these conditions, an available way to bonding with the baby, which is essential to their subjective constitution. The present study’s aim was to understand mothers’ perception of premature delivery, their role during the child’s stay in the incubator and their interaction with the babies. In up to seven days after the internment in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU), an open interview with mothers of newborns in incubators was held. A second interview took place after the discharge from the incubator. The doctors responsible for each crib were also interviewed in an attempt to find possible correlations between the medical and the maternal speech. It was also observed what mothers told their babies, how they did it and their behavior while talking to them. A qualitative analysis of data was done according to the psychoanalysis theory. The need to rebuild minutely the premature newborn story was the most common feature in the mothers’ report. Facing the perplexity of the situation, mothers tried to connect moments by recalling details, organizing their story and trying to fill up the emptiness and t... (Complete abstract click electronic access below) === Mestre