De leite, névoas e chamas : a poética da memória em Umberto Eco e Chico Buarque de Holanda /

Orientadora: Ana Maria Carlos === Banca: Antonio Roberto Esteves === Banca: Cátia Inês Negrão Berlini de Andrade === Banca: Wellington Ricardo Fioruci === Banca: Altamir Botoso === Resumo: O presente trabalho propõe uma discussão sobre a narrativa memorialista por meio do estudo de duas obras literá...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rosa, Paulo Fernando Zaganin.
Other Authors: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Faculdade de Ciências e Letras (Campus de Assis).
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Assis, 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11449/132165
Description
Summary:Orientadora: Ana Maria Carlos === Banca: Antonio Roberto Esteves === Banca: Cátia Inês Negrão Berlini de Andrade === Banca: Wellington Ricardo Fioruci === Banca: Altamir Botoso === Resumo: O presente trabalho propõe uma discussão sobre a narrativa memorialista por meio do estudo de duas obras literárias, uma brasileira e a outra italiana. De um lado, analisamos o quinto romance do semiólogo e escritor italiano Umberto Eco, A misteriosa chama da rainha Loana (2005), uma edição repleta de ilustrações que remetem aos anos de 1930 e 1940, apresentando um panorama da Itália naquele período. O protagonista, um bibliófilo, chamado Giambattista Bodoni, perde a memória pessoal, mas mantém intacta aquela livresca. Ao tentar recuperá-la, passa a discutir as relações entre memória individual e memória coletiva, sobretudo no âmbito dos signos, abrindo a discussão a temas inerentes à semiótica. De outro lado, estudamos o quarto livro do cantor, compositor e escritor brasileiro Chico Buarque de Holanda, Leite derramado (2009), uma obra nostálgica que também investiga as relações entre os dois tipos de memória. Seu protagonista é Eulálio Montenegro D'Assumpção, um centenário carioca de família aristocrática decadente que, no hospital, em seu leito de morte, relembra fatos de sua vida pessoal, por trás dos quais se desenha também a história do Brasil. Partindo do princípio de que os dois romances, no decorrer de suas narrativas, demonstram a capacidade da memória para registrar a própria história e para a constituição das identidades individual e nacional, procuramos discutir, a partir de estudos sobre a memória realizados por Santo Agostinho (2004), Henri Bergson (1990), Maurice Halbwachs (2006), Paul Ricoeur (2007), Jacques Le Goff (2003), entre outros, as formas utilizadas por Umberto Eco e por Chico Buarque para o registro memorialístico, procurando identificar e analisar sua representação nas duas obras através de seus símbolos, a fim de demonstrar que, ao recontar a história, ambas fazem uma homenagem à própria literatura === Astratto: Il presente lavoro propone una discussione sulla narrativa memorialista attraverso lo studio di due opere letterarie, una brasiliana e l'altra italiana. Da un lato, si è analizzato il quinto romanzo del semiologo e scrittore italiano Umberto Eco, La misteriosa fiamma della regina Loana (2005), una edizione piena di illustrazioni che fanno riferimento agli anni di 1930 e 1940, presentando un panorama dell'Italia in quel periodo. Il protagonista, un bibliofilo, chiamato Giambattista Bodoni, perde la memoria personale, ma mantiene intatta quella libresca. Nel tentativo di recuperarla, passa a discutere il rapporto tra memoria individuale e memoria collettiva, soprattuto nell'ambito dei segni, in modo a espandere la discussione relativa a teme semiotiche. D'altra parte, abbiamo studiato il quarto libro del cantante, compositore e scrittore brasiliano Chico Buarque de Holanda, Leite derramado (2009), un'opera nostalgica che indaga anche i rapporti tra i due tipi di memoria. Il suo protagonista è Eulálio Montenegro D'Assumpção, un centenario carioca di famiglia aristocratica decadente che, in ospedale, sul suo letto di morte, ricorda eventi della sua vita personale, dietro i quali si disegna anche la storia del Brasile. Partendo del principio che i due romanzi, nel corso della loro narrazioni, dimostrano la capacità della memoria per registrare la propria storia e per la costituzione delle identità individuale e nazionale, cerchiamo di discutere, per mezzo di studi sulla memoria eseguiti da Santo Agostino (2004), Henri Bergson (1990), Maurice Halbwachs (2006), Paul Ricoeur (2007), Jacques Le Goff (2003), tra altri, le forme utilizzate da Umberto Eco e da Chico Buarque per il registro memorialistico, cercando di identificare e analizzare la loro rappresentazione nelle due opere attraverso i suoi simboli, per dimostrare che raccontando la storia, entrambe fanno un omaggio alla propria lette === Doutor