Summary: | Orientador: Peter James Harris === Banca: Carla Alexandra Ferreira === Banca: Marisa Correa Silva === Banca: Arnaldo Franco Júnior === Banca: Orlando Nunes de Amorim === Resumo: O presente trabalho propõe-se a analisar a forma pela qual a representatividade da mulher está construída nos romances Rubyfruit Jungle (1973), da norte-americana Rita Mae Brown, e Hotel du Lac (1984), da inglesa Anita Brookner, abordados como Bildungsromane femininos contemporâneos. Ao se considerar o contexto sócio-histórico no qual as obras foram produzidas, observa-se que o novo papel da mulher neste cenário aponta uma mudança na sua representação cultural, fortalecendo a crítica social quanto ao status tradicional feminino. Na busca pela afirmação da individualidade e pela realização dos anseios pessoais, as trajetórias das heroínas Molly Bolt e Edith Hope são marcadas por uma situação ainda desfavorável às mulheres, uma vez que a construção do feminino acontece em ambientes desarmoniosos ou traumáticos, apresentando uma contradição entre o espaço conquistado na sociedade contemporânea e sua respectiva representação literária. Assim, as autoras, ao estabelecerem uma espécie de tradição consciente com o paradigma do Bildungsroman, retomam de maneira crítica os valores humanistas da Bildung germânica e problematizam a influência explícita/implícita do pensamento patriarcal na construção do feminino, oferecendo novas perspectivas. A capacidade de autoanálise das duas heroínas sobre sua posição como sujeito no mundo e conscientização de sua diferença sobressai-se. Por isso, seja na fase de despertar na adolescência, seja num momento de renascimento pessoal na meia-idade, Molly e Edith escolhem os próprios valores do aprimoramento estético-espiritual e da liberdade-responsabilidade no processo formativo. Entende-se que estas decisões revelam-se formas de rejeição das normas culturais pré-estabelecidas às mulheres, promovendo a escrita como caminho para a... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) === Abstract: This thesis is an examination of the representation of women in the contemporary female Bildungsromane, Rubyfruit Jungle (1973), by Rita Mae Brown, and Hotel du Lac (1984), by Anita Brookner. Considering the socio-historical context in which the works were produced, it is observed that the new role of women in this scenario indicates a change in its cultural representation, strengthening social criticism about the traditional female status. In the quest for affirmation of individuality and fulfillment of personal desires, the trajectories of the heroines Molly Bolt and Edith Hope are still marked by an unfavorable situation for women, since the construction of the feminine character occurs in traumatic or disharmonious environments, and presents a contradiction between the position attained by the character in contemporary society and its respective literary representation. Thus, by creating a sort of conscious tradition with the Bildungsroman paradigm, the female authors critically revisit the humanist values of the Germanic Bildung and question the explicit or implicit influence of patriarchal thought on female representation, offering new perspectives. The ability of the heroines to evaluate their own position as subject in the world and their awareness of their difference stands out. Thus, whether in an awakening in adolescence or a personal rebirth in midlife, Molly and Edith choose their own values for their aesthetic-spiritual improvement and freedom-responsibility in the Bildung process. It is understood that these decisions reveal themselves as forms of rejection of pre-established cultural norms for women, promoting writing as a way of asserting non-patriarchal female identities. It is argued that female Bildungsroman should be addressed by a constant critical interrogation of the form of narrating the personal and social development... (Complete abstract click electronic access below) === Doutor
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