O sujeito descentrado e a educação como estética

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro === O ponto crucial desse trabalho, certamente, são as condições de possibilidades das relações entre o magistério e a educação, arguindo tanto o magistério como a educação sobre o sentido do não-sentido de um currículo. Minha tese é que, ana...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Guilherme Augusto Rezende Lemos
Other Authors: Elizabeth Fernandes de Macedo
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2014
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6896
Description
Summary:Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro === O ponto crucial desse trabalho, certamente, são as condições de possibilidades das relações entre o magistério e a educação, arguindo tanto o magistério como a educação sobre o sentido do não-sentido de um currículo. Minha tese é que, analisadas as possibilidades da subjetividade, a autodeterminação é inexequível, isto é, é preciso incluir o outro no eu e essa inclusão pressupõe penetrar as searas do imprevisto. Se assim o é, a subjetividade consiste na responsabilidade, na ação de responder a esse outro que não sou eu, mas que constitui também o eu. Responder ao outro obnubila o eu enquanto singularidade, não há espaço para essa singularidade, portanto ser é imprevisível. Isso significa que é vão o trabalho de tentar planejar a construção do eu (o sujeito, o cidadão) do outro no tempo. O conhecimento, a herança, é também um outro a que se deve responder e cujas respostas produzirão outros outros. O currículo é um outro a que se deve responder, e isso vale tanto para aquele que seleciona quanto para aquele a quem se destina a coleção. Assim sendo, não há um sentido possível para um currículo. O encontro com esse outro selecionado em meio a herança que, por si só é também outro, desmantela o sentido previsto posto que é imprevista a ação da responsabilidade.Resta-nos aderir à vontade de potência, ao moto contínuo da responsabilidade ante o imprevisto. Mergulhar nesse jogo que, distante de uma ação racional, segue um processo de êxtase e não de vertigem ante o conhecimento. Resta-nos deslizar as políticas de governo para as de estado, onde a educação escolar seja vista como investimento não-útil, como um jogo que rompe as bordas dos esquemas dentro-fora, interior-exterior, aqui-ali, meu-teu. Como um processo onde o planejamento futuro é impossível, já que é puro imprevisto. A presente tese não se configura como a defesa de uma ideia, mas como uma adesão, e consequente reflexão, a uma perspectiva de entendimento do que venha ser currículo, prática docente e conhecimento, no recorte da educação escolar, independente do segmento. Trata-se de uma confissão e da busca de um lugar, enquanto professor que exerce seu ofício === The core of this work certainly are the conditions of possibility of the relationship between teaching and education, arguing both teaching and education in relation with the sense of the nonsense of a resume. My thesis is that, analyzed the possibilities of subjectivity, self-determination is infeasible, i.e., you must include the "other" in the "I" and this inclusion involves penetrating the fields of the unexpected. If it is so, subjectivity constitutes responsibility, being the action to respond to this "other" that is not me, but that also constitutes the "I". Reply to the "other" obscures the "I" as uniqueness, there is no room for such uniqueness, so the being is the unpredictable. This means that it is vain to try to plan the construction of the "I" (the individual, the citizen) of the other in time. Knowledge, heritage, are also "others" that must be answered, and those answers will produce other "others". The curriculum is an "other" that must be answered, and this is true for both the one that selects as for the one for whom the collection is intended. Therefore, there is no possible meaning for a résumé. The encounter with the "other" selected among the inheritance, that is also "other" in itself, dismantles the intended meaning, for the action of responsibility remains unpredictable. For us, theres left the option of joining the desire of power, the perpetual motion of liability against the unforeseen. To dive into this game, distant from a rational action, following a process of ecstasy and not of vertigo towards knowledge. What is left for us is to trade government policies for state policies, where education is seen as non-useful investment, as a game that breaks the edges of the inside/out, indoor/outdoor, here/there, mine/yours schemes. As a process for which planning ahead is impossible, since it represents the pure unforeseen. This thesis is not qualified as the defense of an idea, but as an adhesion and consequent reflection, a perspective of understanding of what will be the curriculum, teaching practice and knowledge, in the scenario of school education, regardless of the segment. This is a confession and the seeking of a place as a teacher who exercises his craft