Neonatologia e fim de vida: análise das percepções dos profissionais de saúde

O cuidado no fim de vida em neonatologia é um assunto que desperta diversos conflitos éticos entre os profissionais, principalmente pela possibilidade de adiamento da morte devido aos novos aparatos vindos do desenvolvimento da ciência, mesmo quando a cura não é mais possível. Este estudo analisou d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Daniele Peres Couto
Other Authors: Heloisa Helena Gomes Barboza
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2012
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4898
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spelling ndltd-IBICT-urn-repox.ist.utl.pt-UERJ-oai-www.bdtd.uerj.br-30672018-05-23T23:34:25Z Neonatologia e fim de vida: análise das percepções dos profissionais de saúde Neonatology and endof life: analysis of perception of health professionals Daniele Peres Couto Heloisa Helena Gomes Barboza Marisa Palacios da Cunha e Melo de Almeida Juliana Flávia de Oliveira Bioética Neonatologia Morte Distanásia Cuidados paliativos Profissionais de saúde Bioethics Neonatology Death Dysthanasia Palliative care health professionals SAUDE COLETIVA O cuidado no fim de vida em neonatologia é um assunto que desperta diversos conflitos éticos entre os profissionais, principalmente pela possibilidade de adiamento da morte devido aos novos aparatos vindos do desenvolvimento da ciência, mesmo quando a cura não é mais possível. Este estudo analisou de maneira qualitativa a percepção dos profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva neonatal da rede federal do Rio de Janeiro. Nesta pesquisa foram realizadas vinte entrevistas com fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogo e nutricionistas, todas do sexo feminino. Elementos como a percepção em relação a: qual conduta é realizada em pacientes em fim de vida, quais elas acreditam serem as mais adequadas, quais os sentimentos frente a um recémnascido terminal, quem elas percebem que decide nessas situações e quem elas creem que deveria participar do processo de decisão, assim como se elas gostariam de participar caso fossem mães de um bebê terminal, foram colhidos e divididos em categorias para serem discutidos. Como conclusão, nota-se que as profissionais relataram que condutas que levam a distanásia são frequentes no setor, apesar de muitas acreditarem que a melhor terapia seja a de cuidados paliativos. Sentimentos de tristeza, impotência e angústia são comuns entre elas ao lidar com a terminalidade e obstinação terapêutica. A falta de comunicação destaca-se como fator importante na visão das entrevistadas para a pequena contribuição de toda a equipe multidisciplinar e dos pais no processo decisório em situações de fim de vida. The end of life care in neonatology is a subject that arouses many ethical conflicts between professionals, mainly by the possibility of death due to postponement of new devices coming from the development of science, even when cure is no longer possible. This qualitative study examined how the perception of health professionals in a neonatal intensive care unit of the federal network of Rio de Janeiro. This research was conducted twenty interviews with therapists, doctors, nurses, nursing technicians, psychologists and nutritionists, all female. Elements such as the perception in relation to: conduct which is performed in patients at end of life, which they believe to be the most appropriate, what feelings before a newborn terminal, whom they perceive that these situations and decide who they believe they should participate in the decision process, as well as whether they would like to participate if they were mothers of a baby terminal were collected and divided into categories for discussion. In conclusion, we note that the professionals reported that behaviors that lead dysthanasia are common in the industry, although many believe that the best therapy is palliative care. Feelings of sadness, helplessness and anxiety are common among them to cope with terminal and therapeutic obstinacy. The lack of communication is highlighted as an important factor in view of the interviewed for the small contribution of the entire multidisciplinary team and parents in decision-making in end of life situations. 2012-11-14 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4898 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade do Estado do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação em Bioética, Ética aplicada e Saúde coletiva UERJ BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro instacron:UERJ
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Daniele Peres Couto
Neonatologia e fim de vida: análise das percepções dos profissionais de saúde
description O cuidado no fim de vida em neonatologia é um assunto que desperta diversos conflitos éticos entre os profissionais, principalmente pela possibilidade de adiamento da morte devido aos novos aparatos vindos do desenvolvimento da ciência, mesmo quando a cura não é mais possível. Este estudo analisou de maneira qualitativa a percepção dos profissionais de saúde de uma unidade de terapia intensiva neonatal da rede federal do Rio de Janeiro. Nesta pesquisa foram realizadas vinte entrevistas com fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogo e nutricionistas, todas do sexo feminino. Elementos como a percepção em relação a: qual conduta é realizada em pacientes em fim de vida, quais elas acreditam serem as mais adequadas, quais os sentimentos frente a um recémnascido terminal, quem elas percebem que decide nessas situações e quem elas creem que deveria participar do processo de decisão, assim como se elas gostariam de participar caso fossem mães de um bebê terminal, foram colhidos e divididos em categorias para serem discutidos. Como conclusão, nota-se que as profissionais relataram que condutas que levam a distanásia são frequentes no setor, apesar de muitas acreditarem que a melhor terapia seja a de cuidados paliativos. Sentimentos de tristeza, impotência e angústia são comuns entre elas ao lidar com a terminalidade e obstinação terapêutica. A falta de comunicação destaca-se como fator importante na visão das entrevistadas para a pequena contribuição de toda a equipe multidisciplinar e dos pais no processo decisório em situações de fim de vida. === The end of life care in neonatology is a subject that arouses many ethical conflicts between professionals, mainly by the possibility of death due to postponement of new devices coming from the development of science, even when cure is no longer possible. This qualitative study examined how the perception of health professionals in a neonatal intensive care unit of the federal network of Rio de Janeiro. This research was conducted twenty interviews with therapists, doctors, nurses, nursing technicians, psychologists and nutritionists, all female. Elements such as the perception in relation to: conduct which is performed in patients at end of life, which they believe to be the most appropriate, what feelings before a newborn terminal, whom they perceive that these situations and decide who they believe they should participate in the decision process, as well as whether they would like to participate if they were mothers of a baby terminal were collected and divided into categories for discussion. In conclusion, we note that the professionals reported that behaviors that lead dysthanasia are common in the industry, although many believe that the best therapy is palliative care. Feelings of sadness, helplessness and anxiety are common among them to cope with terminal and therapeutic obstinacy. The lack of communication is highlighted as an important factor in view of the interviewed for the small contribution of the entire multidisciplinary team and parents in decision-making in end of life situations.
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