Análise da concordância entre o plano dietético Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) e o padrão alimentar de pacientes hipertensos

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === A adoção do plano dietético Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) tem sido enfatizado na população hipertensa como uma importante estratégia no controle dos níveis pressóricos elevados. O objetivo deste estudo foi analisar o co...

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Bibliographic Details
Main Author: Marcela de Abreu Casanova
Other Authors: Fernanda Jurema Medeiros
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2010
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5745
Description
Summary:Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === A adoção do plano dietético Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) tem sido enfatizado na população hipertensa como uma importante estratégia no controle dos níveis pressóricos elevados. O objetivo deste estudo foi analisar o consumo alimentar de macro e micronutrientes em pacientes hipertensos, em especial do sódio, cálcio, potássio e magnésio, e comparar com as recomendações dietéticas contidas no plano DASH. Estudo transversal envolvendo uma amostra de conveniência composta por 113 hipertensos entre 40 e 69 anos. A medida da pressão arterial (PA) foi determinada com aparelho eletrônico devidamente calibrado e a avaliação dietética obtida pelo questionário de freqüência do consumo alimentar. Os alimentos ingeridos foram convertidos em porções e distribuídos em diferentes grupos alimentares. A faixa de porções recomendadas pelo plano DASH foi determinada com base na média das necessidades energéticas desta amostra permitindo assim uma posterior comparação com o hábito alimentar dos hipertensos, utilizando um escore de pontos com pontuação máxima de 9 pontos. A amostra foi dividida em três grupos: grupo B que obteve 2,5 a 4,0 pontos (n=34; 30%), grupo M entre 4,5 a 5,0 pontos (n=43; 38%) e grupo A que obteve 5,5 a 8,0 pontos (n=36; 32%). Não foram observadas diferenças significativas na média da PA sistólica (14024 vs 13823 vs 13515 mmHg) e diastólica (8617 vs 8813 vs 8410 mmHg). Apesar do grupo A consumir mais proteínas e gordura monoinsaturada, foi detectado um excesso pronunciado na ingestão de gordura saturada, colesterol e das calorias totais, por este grupo de pacientes. No que tange a ingestão dos micronutrientes, o grupo A apresentou consumo significativamente maior de cálcio, potássio e magnésio, refletido pela maior ingestão de vegetais e frutas em comparação aos grupos B e M. A média de ingestão do sódio intrínseco foi significativamente maior no grupo A (4,12,0 vs 3,11,1 vs 2,71,1 g/dia). Foram detectadas, apenas no grupo A, correlações entre PA sistólica e o percentual de proteína (r = -0,5; p=0,002) e PA sistólica e o percentual de carboidrato (r = 0,4; p=0,02). Apenas um terço dos hipertensos avaliados apresentaram padrão alimentar mais concordante com o plano DASH e com maior ingestão de proteínas, gordura monoinsaturada, fibras, cálcio, potássio e magnésio. Entretanto, o consumo mais elevado de sódio, gordura saturada, colesterol e das calorias totais por este grupo de pacientes poderia restringir uma maior queda dos níveis pressóricos elevados. === The adoption of the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) plan has been emphasized in the hypertension population as an important strategy in the control of the raised blood pressure (BP). The objective of this study was to analyze the alimentary consumption of macro and micronutrients in hypertensive patients, especially of sodium, calcium, potassium and magnesium, and to compare with the dietary recommendations contained in DASH plan. Transversal study was conducted in a convenience sample of 113 hypertensive patients, between 40 and 69 years. The BP measurement was determined with calibrated electronic device and the dietary assessment was performed trough the semiquantitative food frequency questionnaire. For comparison with DASH plan, ingested foods were converted into portions and the magnitude of the portions recommended for DASH plan was determined on the basis of the mean energy requirements of this sample. Thereafter, cut-off points were established for food groups, the maximum number of points that a patient could reach was 9. The sample was divided in tertils: Group L with 2.5 4.0 points (n=34; 30%), Group I with 4.5 5.0 points (n=43; 38%) and Group H with 5.5 8.0 points (n=36; 32%). Systolic and diastolic BP were not significantly different among the groups (14024 vs 13823 vs 13515 mmHg/ 8617 vs 8813 vs 8410 mmHg). Group H consumed more proteins and monoinsaturated fat, a pronounced excess in the saturated fat, cholesterol and total calories intake was also detected in this group of patients. Regarding micronutrients intake, group H presented significantly higher consumption of calcium, potassium and magnesium, reflected for higher vegetable and fruits intake in comparison to the groups L and I. The average of intrinsic sodium intake was significantly higher in the group H (4.12.0 vs 3.11.1 vs 2.71.1 g/day). Negative correlation between the systolic BP and dietary protein percentage (r=-0.5, p=0.002) and a positive correlation between the systolic BP and the carbohydrate percentage (r=0.4, p=0.02) was verified only in group H. The present study showed that only one third of the hypertensive patients presented alimentary pattern more consistent with DASH plan, showing greater intake of protein, monounsaturated fat, fiber, calcium, potassium and magnesium. However, pronounced sodium, saturated fat and cholesterol intake and excess of total calories in these hypertensive patients could restrict a greater control of BP.