Trouxeste a chave? Embarcando na fantasia da casa da madrinha
É da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas páginas de um livro tudo é possível. Essa crença na fantasia, no entanto, pode não lhes acompanhar a vida toda, uma v...
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2011
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Metáfora Fantasia Literatura infantil Literature for Children Fantasy Metaphor LINGUA PORTUGUESA |
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Metáfora Fantasia Literatura infantil Literature for Children Fantasy Metaphor LINGUA PORTUGUESA Simone da Silva Lopes Trouxeste a chave? Embarcando na fantasia da casa da madrinha |
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É da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas páginas de um livro tudo é possível. Essa crença na fantasia, no entanto, pode não lhes acompanhar a vida toda, uma vez que a passagem da infância para a adolescência e a fase adulta, bem como as exigências do mundo moderno, cerceiam essa capacidade de fantasiar, ao mesmo tempo inata e necessária ao homem. A escola, então, teria o papel fundamental de preservá-la, perpetuando nos alunos o gosto pela fantasia, tão essencial ao seu desenvolvimento cognitivo e psicológico, além da percepção estética; afinal, Literatura é arte. Nem sempre é isso o que ocorre, e o ambiente escolar torna-se um espaço de reprodução de conhecimentos, com o ensino focado na norma gramatical, na historiografia literária, sendo o texto relegado ao simples papel de pretexto para análises dissociadas do que realmente importa: o texto e os recursos que o compõem. No caso da Literatura, arte da palavra, parte-se do pressuposto de que um dos recursos essenciais para sua concepção sejam as metáforas, instaurando a fantasia. Chega-se, então, a um ponto crucial desse trabalho: as metáforas são componentes essenciais da fantasia, mas ambas são relegadas pela escola, que não se pauta por um ensino produtivo. Ao invés de compreenderem o potencial metafórico, aos alunos cabe a simplória tarefa de reconhecê-las e classificá-las. Essas constatações despertaram o desejo de entender melhor a relação existente entre fantasia, metáfora e literatura infantil, gerando alguns questionamentos: afinal, o que é fantasia? É o mesmo que fantástico? A fantasia caracteriza, apenas, a Literatura infantil? Essas indagações propiciaram reflexões acerca da importância do texto literário na sala de aula e no trabalho feito com ele. Assim, lançando à teoria um olhar docente, empreende-se uma análise do livro A casa da madrinha, de Lygia Bojunga, verificando a fantasia presente na obra perfeita fusão entre o real e imaginário e como ela se instaura: pelas metáforas === It is of the human nature the fascination, at least in some phases of the life, by fairy tales, where they are carried away by the fantasy present in literary texts. People believe that, on the pages of a book, everything is possible. Such belief in the fantasy, however, may fade away as time goes by since the passage of time from childhood into adolescence and yet into adulthood, as well as the demands of modern life restrict our potential for daydreaming. Schools, therefore, undertake a pivotal role to preserve and cherish it alive in the students. Still, it is crucial to their psychological and cognitive development, and, of course, to the development of their esthetical sense; after all Literature is art. Unfortunately, it hardly ever occurs and the classroom reality turns out to be a mere knowledge-passing resource, privileging the grammar rules and the literature background. Conversely, text is relegated to a mere pretext for analyses unrelated to what really matters: the text itself and its respective resources. We believe that, as to Literature, one of the essential resources to conceive it is metaphors by means of fantasies. We have now come to a key point where metaphors are major components of fantasies. However, both are poorly regarded by schools, which do not embark on a productive policy. Rather than effectively understanding the metaphorical potential, students are held to primary (and witless) tasks of recognizing and classifying metaphors. Such verifications arouse the interest in better figuring out the existing relation between fantasy, metaphor, and literature for children. It all poses questions: after all, what is the meaning of fantasy? Is it the same as fantastic approach? Fantasy characterizes literature for children only? Such questions make us ponder over the importance of literary texts and the respective tasks carried out as in classroom. In view of it all, we have taken a teaching look at the book A casa da madrinha (Godmothers house) by Lygia Bojunga, verifying the fantasy present in the work perfect fusion of reality and imagination and how it takes place by means of metaphors |
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Maria Teresa Gonçalves Pereira |
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ndltd-IBICT-urn-repox.ist.utl.pt-UERJ-oai-www.bdtd.uerj.br-20492018-05-23T23:33:23Z Trouxeste a chave? Embarcando na fantasia da casa da madrinha "Have you brought the key?" Going aboard the enchanted world of godmother's house Simone da Silva Lopes Maria Teresa Gonçalves Pereira Luci Ruas Pereira Tania Maria Nunes de Lima Camara Metáfora Fantasia Literatura infantil Literature for Children Fantasy Metaphor LINGUA PORTUGUESA É da natureza do ser humano encantar-se, ao menos em determinada fase da vida, pela narrativa de um conto de fadas, deixando-se levar pela fantasia da Literatura, acreditando que nas páginas de um livro tudo é possível. Essa crença na fantasia, no entanto, pode não lhes acompanhar a vida toda, uma vez que a passagem da infância para a adolescência e a fase adulta, bem como as exigências do mundo moderno, cerceiam essa capacidade de fantasiar, ao mesmo tempo inata e necessária ao homem. A escola, então, teria o papel fundamental de preservá-la, perpetuando nos alunos o gosto pela fantasia, tão essencial ao seu desenvolvimento cognitivo e psicológico, além da percepção estética; afinal, Literatura é arte. Nem sempre é isso o que ocorre, e o ambiente escolar torna-se um espaço de reprodução de conhecimentos, com o ensino focado na norma gramatical, na historiografia literária, sendo o texto relegado ao simples papel de pretexto para análises dissociadas do que realmente importa: o texto e os recursos que o compõem. No caso da Literatura, arte da palavra, parte-se do pressuposto de que um dos recursos essenciais para sua concepção sejam as metáforas, instaurando a fantasia. Chega-se, então, a um ponto crucial desse trabalho: as metáforas são componentes essenciais da fantasia, mas ambas são relegadas pela escola, que não se pauta por um ensino produtivo. Ao invés de compreenderem o potencial metafórico, aos alunos cabe a simplória tarefa de reconhecê-las e classificá-las. Essas constatações despertaram o desejo de entender melhor a relação existente entre fantasia, metáfora e literatura infantil, gerando alguns questionamentos: afinal, o que é fantasia? É o mesmo que fantástico? A fantasia caracteriza, apenas, a Literatura infantil? Essas indagações propiciaram reflexões acerca da importância do texto literário na sala de aula e no trabalho feito com ele. Assim, lançando à teoria um olhar docente, empreende-se uma análise do livro A casa da madrinha, de Lygia Bojunga, verificando a fantasia presente na obra perfeita fusão entre o real e imaginário e como ela se instaura: pelas metáforas It is of the human nature the fascination, at least in some phases of the life, by fairy tales, where they are carried away by the fantasy present in literary texts. People believe that, on the pages of a book, everything is possible. Such belief in the fantasy, however, may fade away as time goes by since the passage of time from childhood into adolescence and yet into adulthood, as well as the demands of modern life restrict our potential for daydreaming. Schools, therefore, undertake a pivotal role to preserve and cherish it alive in the students. Still, it is crucial to their psychological and cognitive development, and, of course, to the development of their esthetical sense; after all Literature is art. Unfortunately, it hardly ever occurs and the classroom reality turns out to be a mere knowledge-passing resource, privileging the grammar rules and the literature background. Conversely, text is relegated to a mere pretext for analyses unrelated to what really matters: the text itself and its respective resources. We believe that, as to Literature, one of the essential resources to conceive it is metaphors by means of fantasies. We have now come to a key point where metaphors are major components of fantasies. However, both are poorly regarded by schools, which do not embark on a productive policy. Rather than effectively understanding the metaphorical potential, students are held to primary (and witless) tasks of recognizing and classifying metaphors. Such verifications arouse the interest in better figuring out the existing relation between fantasy, metaphor, and literature for children. It all poses questions: after all, what is the meaning of fantasy? Is it the same as fantastic approach? Fantasy characterizes literature for children only? Such questions make us ponder over the importance of literary texts and the respective tasks carried out as in classroom. In view of it all, we have taken a teaching look at the book A casa da madrinha (Godmothers house) by Lygia Bojunga, verifying the fantasy present in the work perfect fusion of reality and imagination and how it takes place by means of metaphors 2011-10-10 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3303 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade do Estado do Rio de Janeiro Programa de Pós-Graduação em Letras UERJ BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro instacron:UERJ |