Summary: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Esta dissertação é um estudo comparativo do legado vitoriano deixado para as escritoras do século XX, Virginia Woolf e Sylvia Plath. Primeiro discutem-se as agências controladoras do corpo feminino na era vitoriana e a formação de um ideal de feminilidade que chamamos de Anjo do Lar. Em seguida, discute-se como Virginia Woolf apreende essa imagem e a subverte, criando seu duplo, que chamamos de Demônio do Lar. Por fim, promovemos o diálogo entre Sylvia Plath e Virginia Woolf. Plath parece escrever aos moldes de Woolf, criando uma literatura de morte, feita para assassinar o Anjo do Lar. Usamos para tal estudo o conceito de écriture féminine, criado pelas francófonas Hélène Cixous, Luce Irigaray, e Julia Kristeva, entre outras, para traçar os paralelos entre um lugar para o feminino na escrita e a busca de uma tradição por Woolf. A abjeção de Kristeva, a dinâmica de poder entre alma e corpo de Foucault e o conceito de duplo de Otto Rank nos ajudarão, por fim, a entender como se dá a morte do Anjo na literatura, especificamente no romance A redoma de vidro (1963) de Sylvia Plath === This dissertation is a comparative study of the legacy left behind by the Victorians to the twentieth-century woman writers Virginia Woolf and Sylvia Plath. Firstly, we shall discuss the controlling agencies governing the female body in the Victorian Era and the rise of an ideal, the Angel in the House. Secondly, we expose how Virginia Woolf apprehends and subverts this Victorian ideal, duplicating it into what we call the Demon in the House. At last we encourage the dialogue between Sylvia Plath and Virginia Woolf. Plath seems to write in accordance with Woolfs parameters, creating a literature of death, a literature that is the killer of the Angel. We use the concept of écriture féminine promoted by the French critics Hélène Cixous, Luce Irigaray, and Julia Kristeva, among others, to parallel a feminine space for writing to Woolfs search for a feminine literary tradition. Kristevas abjection, Foucaults power dynamics between the soul and the body, and Otto Ranks work on the double, shall foster our discussion on the death of the Angel in literature, especially in Sylvia Plaths The Bell Jar (1963)
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