Impactos econômicos e sociais dos biocombustíveis: a expansão da produção de cana-de-açúcar em minas gerais

The recent rapid expansion of monoculture of cane sugar, encouraged by the expansion of the biofuels program, is raising questions about its possible social impacts in rural areas. Biofuels are seen as a strategic issue for development by the national government as the country aims to meet the inter...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira, Izabel Cristina Carvalho de
Other Authors: Neder, Henrique Dantas
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Uberlândia 2016
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/13516
Description
Summary:The recent rapid expansion of monoculture of cane sugar, encouraged by the expansion of the biofuels program, is raising questions about its possible social impacts in rural areas. Biofuels are seen as a strategic issue for development by the national government as the country aims to meet the international demand of the product, encouraging trade, via export of domestically produced renewable fuels, especially ethanol. However, what this paper intends to show is that the production of biofuels based on the model of agribusiness (specifically the production of ethanol as a Brazilian export product to meet the growing world market) could threaten food production in the event the motion to replace cultures and may lead to increased land concentration in the country, since such production requires large areas of flat and adjacent to his farm, which may cause the displacement of small-scale production with the lease of the property, thus causing a decrease in rates Occupancy at these sites. The used data extracted from the Municipal Agricultural Survey 2006, 2007 and 2008 Agricultural Censuses and the 1996 and 2006 show that the expansion of monoculture of cane sugar has been detrimental to rural populations, as it affects food production, leads to increased land concentration and decreases the levels of occupation in the field, increasing the vulnerability of local social. === A recente e rápida expansão da monocultura de cana-de-açúcar, incentivada pela expansão do programa de biocombustíveis, tem suscitado questionamentos quanto aos seus possíveis impactos sociais no meio rural. Os biocombustíveis são vistos como uma questão estratégica de desenvolvimento pelo governo nacional, pois o país pretende atender à demanda internacional do produto, favorecendo a comercialização, via exportação, dos combustíveis renováveis produzidos internamente, especialmente o etanol. Entretanto, o que este trabalho pretende mostrar é que a produção de biocombustíveis baseado no modelo do agronegócio (especificamente a produção de etanol como produto de exportação brasileira para atender ao crescente mercado mundial) pode ameaçar a produção de alimentos caso ocorra o movimento de substituição de culturas e pode provocar o aumento da concentração fundiária no país, uma vez que essa produção necessita de grandes áreas planas e contíguas para sua exploração, o que pode provocar o deslocamento da pequena produção com o arrendamento da propriedade, provocando, assim, diminuição nas taxas de ocupação nesses locais. Os dados utilizados, extraídos da Pesquisa Agrícola Municipal 2006, 2007 e 2008 e dos Censos Agropecuários 1996 e 2006, mostram que a expansão da monocultura de cana-de-açúcar no Estado de Minas Gerais tem sido prejudicial às populações rurais, uma vez que afeta a produção de alimentos, provoca aumento da concentração fundiária e diminui os níveis de ocupação no campo, aumentando a vulnerabilidade social local. === Mestre em Economia