Summary: | Introduction: Systemic arterial hypertension (SAH) is an important risk factor for
cardiovascular disease, the main cause of death in CKD patients. Fluid overload is an
important component of hypertension in these patients and peripheral edema is one of
its clinical manifestations. The aim of this study was to evaluate the association of
edema with blood pressure behavior in incident PD dialysis patients.
Methods: We analyzed 1089 incident PD patients from December 2004 to October
2007 of a large Brazilian cohort. Patients were followed for 12 months with a monthly
evaluation of blood pressure and were subdivided into 2 groups according to a clinically
detectible edema status: presence (E+) or absence (E-). The behavior of systemic blood
pressure during the whole study period was compared between groups using analyzes of
variance for repeat measures.
Results: Mean age was 58.2 ± 15.3 years with a female predominance (56.9%). Mean
systolic (SAP) and diastolic blood pressure (DAP) were 156.7 ± 18.7 and 90.0 ± 12.7
respectively. There was a reduction of SAP from 156.7 ± 18.7 at 1st month to 144.5 ±
24.7 mmHg at the 5th month (p < 0.05) but not of DAP (90.0 ± 12.7 to 85.6 ± 16.3
mmHg, p = ns). Both SAP and DAP levels remained constant until the end of follow up.
At baseline the group E+ presented higher SAP, mean arterial pressure (MAP), body
mass index (BMI), prevalence of erythropoietin use and older age. The differences in
SAP and MAP remained constant between groups until the end of follow up.
Conclusion: Initiation of PD partially corrects the increased arterial blood pressure of
incident PD patients. Such incomplete response is associated with the presence of
edema pointing to a pivotal role of fluid overload. The presence of clinically detectible
edema can be a simple and important tool to guide the optimization of systemic arterial
hypertension. === Introdução: A hipertensão arterial sistêmica é um dos principais fatores de risco para
morbimortalidade cardiovascular em pacientes portadores de doença renal crônica. O
excesso de líquido extracelular contribui para a elevação dos níveis pressóricos nesses
pacientes tendo o edema periférico como uma de suas manifestações clínicas. O
objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento da pressão arterial sistêmica na
presença do edema periférico em pacientes incidentes em diálise peritoneal.
Métodos: Foi analisada uma coorte de 1.089 pacientes incidentes em DP, no Brasil,
cujos dados foram colhidos de dezembro de 2004 a outubro de 2007. Os pacientes
foram acompanhados por 12 meses sendo divididos em dois grupos de acordo com o a
presença ou ausência de edema periférico clinicamente detectável: com edema (E+) /
sem edema (E-). O comportamento da pressão arterial sistêmica, durante o estudo, foi
comparado entre os grupos utilizando análises de variância para medidas repetidas.
Resultados: No início do seguimento, os pacientes do grupo E+ apresentaram média de
Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD) de 156,7 ± 18,7 e 90,0 ± 12,7,
respectivamente. Houve uma redução da PAS do E+ do primeiro mês 156,7 ± 18,7 para
o quinto mês de observação 144,5 ± 24,7 mmHg (p < 0,05), mas não de PAD (de 90,0 ±
12,7 para 85,6 ± 16,3 mmHg, p > 0.05). Ambos os níveis de PAS e PAD permaneceram
constantes até o final do seguimento. Os pacientes do grupo E+ apresentaram maior:
PAS, Pressão Arterial Média (PAM), Índice de Massa Corporal, prevalência do uso de
eritropoetina e idade. A PAS e PAM dos grupos mantiveram-se estatisticamente
diferentes durante todo o estudo.
Conclusão: No início de DP ocorre uma redução parcial da PA. Esta dificuldade em
reduzir os níveis pressóricos para valores considerados normais poderia ser justificada
pela presença de edema periférico. === Mestre em Ciências da Saúde
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