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Previous issue date: 2008 === Introduction: Previous studies showed a possible association between the T102C polymorphism of the serotonin 2A receptor (5-HT2A) and urinary incontinence in the elderly. Since serotonin is involved in the modulation of bladder sphincter control, such association is biologically plausible. Since the pharmacological treatment of urinary incontinence (UI) includes the use of serotonin reuptake inhibitors, complementary studies of this polymorphism are of scientific and clinical importance. Objectives: The aims of this study in older women living in a senior living community were: (1) to describe and compare the allelic and genotypic frequencies of the 102C polymorphism of the serotonin 2A receptor (5-HT2A) in incontinent and continent individuals; (2) to describe and compare the urodynamic parameters in incontinents carrying different genotypes/alleles; (3) to describe and compare the frequency of the urodynamic types of urinary incontinence (stress, urge and mixed) in incontinent individuals carrying different genotypes/alleles; and (4) to describe and compare the impact of UI on the quality of life in incontinent individuals carrying different genotypes/alleles. Methodology: A case-control study was conducted including 68 incontinent older women (submitted to urodynamic evaluation) and 162 continent older women (self-reporting). The criteria for exclusion were: use of diuretics, diabetes, non-Caucasian individuals, and severe mobility and neurological disturbances. The polymorphism was analyzed by the PCR-RFLP technique. The Ethics Committee approved the study, and all participants signed an informed consent form. Results: Incontinent older women showed a significantly greater frequency of the TT genotype (TT= 34. 8%, CC= 19. 3%, TC= 45. 9%) compared to continent older women (TT=17%, CC=23. 3%, TC=59. 7%) and the general sample of the population (TT=21. 5%, CC=16. 6%, TC=61. 9%) (p=0. 001). The genetic frequencies of the three samples were in Hardy-Weinberg equilibrium. Urodynamic analysis showed a significant association between the TT genotype and greater detrusor pressure at maximal cystometric capacity, lower maximal cystometric capacity and reduced bladder compliance. The TT genotype also showed a higher prevalence of urge UI (44%) than did the other genotypes (p=0. 01). Analyses of indicators of quality of life and UI demonstrated a greater negative impact in carriers of the C allele (CC+TC).Conclusion: Together, the results suggest that the T102C polymorphism of the 5-HT2A receptor gene has a physiological effect on the lower urinary tract of humans. This hypothesis needs to be confirmed by complementary studies. The effect of an imbalance in the quantity of this receptor, which occurs in the TT genotype, could be associated with a greater chance or urge UI in older women. === Introdução: estudos prévios mostraram possível associação entre o polimorfismo T102C do receptor 2A da serotonina (5-HT2A) e incontinência urinária em idosos. Como a serotonina está envolvida na modulação do controle vesical-esfincteriano, tal associação é biologicamente plausível. Uma vez que a terapêutica farmacológica da incontinência urinária (IU) inclui o uso de inibidores da recaptação da serotonina, estudos complementares deste polimorfismo são de relevância clínico-científica. Objetivos: em mulheres idosas que vivem na comunidade: (1) descrever e comparar as freqüências alélicas e genotípicas do polimorfismo 102C do receptor 2A da serotonina (5-HT2A) em idosas incontinentes e continentes; (2) descrever e comparar os parâmetros urodinâmicos nas idosas incontinentes portadoras de diferentes genótipos/alelos; (3) descrever e comparar a freqüência dos tipos de incontinência urinária urodinâmica (de esforço, de incontinência de urgência e mista) nas idosas incontinentes portadoras de diferentes genótipos/alelos; (4) descrever e comparar o impacto da IU na qualidade de vida nas idosas incontinentes portadoras de diferentes genótipos/alelos. Metodologia: um estudo caso-controle foi conduzido, sendo 68 mulheres idosas incontinentes (submetidas à avaliação urodinâmica) e 162 mulheres continentes (auto-relato). Os critérios de exclusão foram: uso de diuréticos, diabetes, indivíduos de outras etnias que não a caucasiana, distúrbios de mobilidade e neurológicos graves. O polimorfismo foi analisado por técnica de biologia molecular PCR-RFLP. O Comitê de Ética aprovou a pesquisa e todos os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: idosas incontinentes apresentaram freqüência do genótipo TT significativamente maior (TT= 34,8%, CC= 19,3%, TC= 45,9%) do que nas mulheres continentes (TT=17%, CC=23,3%, TC=59,7%) e na amostra geral da população (TT=21,5%, CC=16,6%, TC=61,9%) (p=0,001). As freqüências genéticas das três amostras estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Análise urodinâmica mostrou associação significativa entre o genótipo TT e maior pressão detrusora na capacidade cistométrica máxima, menor capacidade cistométrica máxima e complacência vesical reduzida. O genótipo TT também apresentou maior prevalência de IU de urgência (44%) do que os demais genótipos (p=0,01). O conjunto destes resultados sugeriu que o genótipo TT está associado a alterações de fatores fisiológicos, predisponentes a incontinência urinária. Entretanto, análises de indicadores da qualidade de vida e a IU mostraram maior impacto negativo em portadoras do alelo C (CC+TC). Esta condição pode estar associada à sugestão de predisposição de portadoras do alelo C a distúrbios emocionais. Conclusão: o conjunto dos resultados sugere que o polimorfismo T102C do gene do receptor 5-HT2A tenha um possível efeito fisiológico no trato urinário inferior (TUI) de seres humanos. Esta hipótese precisa ser confirmada por estudos complementares. O efeito do desbalanço na quantidade deste receptor, que ocorre no genótipo TT estaria associado à maior chance de IU de urgência na mulher idosa.
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