Qualidade de vida em pacientes com epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso: perspectiva imediata e remota do procedimento cirúrgico
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Other Authors: | |
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Published: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
2013
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Online Access: | http://hdl.handle.net/10923/4400 |
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MEDICINA NEUROLOGIA EPILEPSIA QUALIDADE DE VIDA DEPRESSÃO |
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MEDICINA NEUROLOGIA EPILEPSIA QUALIDADE DE VIDA DEPRESSÃO Marroni, Sabine Possa Qualidade de vida em pacientes com epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso: perspectiva imediata e remota do procedimento cirúrgico |
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Previous issue date: 2006 === Epilepsy is a common severe clinical neurological syndrome characterized by the recurrence of episodes, either convulsive or not. Drug treatment with antiepileptic drugs (AEDs) is efficacious and controls crises in most patients. However, there is a considerable percentage of patients who present refractory epilepsy (RE), uncontrolled with AEDs and amenable to a surgical approach. Patients with RE have a deteriorated quality of life (QOL) as a result of the stigma of the disease and the segregation to which they are submitted, and present a high prevalence of depression. Nevertheless, the prospect of surgical intervention can trigger depression symptoms related to the uncertainty about the effectiveness of the treatment, brain "mutilation" and its sequelae, doubt of living without seizures, and having a period of reeducation and psychosocial adaptation, with the potential loss of familial overprotection. Aims: To evaluate the QOL of patients with RE under drug therapy with immediate and remote prospect of surgical treatment, and to ascertain the possible differences in the QOL and depression symptoms among the groups. Method: A total of 99 patients with RE were divided in two groups: Group 1 (G1), comprising 66 hospitalized patients with prospect of immediate surgery (within 1-2 weeks), and Group 2 (G2), comprising 33 outpatients and remote prospect of undergoing surgery (within 6-12 months). The Quality of Life Questionnaire (QLQ- 65) and Beck's Depression Inventory (BDI) were used in this study. Results: Males predominated in both groups (60. 6%); 49. 5% patients had not finished Elementary School, 57. 7% had no occupational activity/job, and 60. 6% were single. Mean age was 34 years, and the age of seizures onset was earlier in G1 than in G2 (p<0. 001). The overall mean score in the QLQ-65 was 53. 21 (±17. 9 SD), and there was a significant difference (p<0. 0001) between the mean scores in G1 and G2. All aspects of the QOL except for the emotional one and self-concept showed significant differences between the groups (p \0. 05). The categorization of BDI scores showed a significant predominance of depression symptoms in G1 (p=0. 025). The overall QOL scores and the rating of BDI scores showed a significant negative correlation (rho= - 0. 704; p<0. 001). Patients with better QOL presented fewer depression symptoms. Conclusion: Patients with medically refractory epilepsy with a prospect of surgical treatment present deteriorated QOL, i. e. G1 patients had a worse QOL than G2 ones. Depression symptoms are more pronounced in G1 patients. QOL in patients with RE is worse in those with depression symptoms, showing a strong association between comorbidities in these patients. === A epilepsia, síndrome clínica neurológica grave e comum, é caracterizada pela recorrência de episódios, convulsivos ou não. O tratamento medicamentoso com drogas antiepilépticas (DAE) é eficaz e controla as crises na maioria dos pacientes. Há, entretanto, percentual razoável de doentes que apresentam epilepsia refratária (ER), não controlada com DAE, e passíveis de tratamento cirúrgico. Pacientes com ER têm qualidade de vida (QV) deteriorada pelo estigma da doença e segregação a que se submetem e são sujeitos a elevada prevalência de casos de depressão. Entretanto, a perspectiva da terapia cirúrgica pode desencadear sintomas de depressão relacionados à incerteza do sucesso do tratamento, à"mutilação" cerebral e suas seqüelas, à dúvida de viver sem convulsões e ter um período de re-educação e ajustamento psicossocial, com possibilidade de perda da superproteção familiar. Objetivos: Avaliar a QV dos pacientes com ER à terapêutica medicamentosa, com perspectiva imediata e remota de tratamento cirúrgico, e verificar possíveis diferenças na QV e nos sintomas de depressão entre os grupos. Método: O grupo de 99 pacientes com ER foi dividido em Grupo 1: 66 pacientes hospitalizados com perspectiva imediata de tratamento cirúrgico (1 a 2 semanas), considerado o G1. O grupo 2 (G2) composto de 33 pacientes em acompanhamento ambulatorial e com perspectiva remota de tratamento cirúrgico (6-12 meses). Foram utilizados o Questionário de Qualidade de Vida -65 (QQV-65) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI) para este estudo. Resultados: Em ambos os grupos, houve predomínio do gênero masculino 60,6%; 49,5% com Ensino Fundamental Incompleto; 57,7% sem atividade ocupacional/emprego e 60,6% solteiros. A média de idade foi 34 anos, e a idade de início das crises foi mais precoce no G1 do que no G2 (p<0,001). O escore médio total do QQV-65 foi de 53,21 (±17,9 DP) e houve diferença significante (p<0,0001) entre as médias dos escores de G1 e G2. Todos os aspectos de QV, com exceção do emocional e do autoconceito, mostraram diferenças significantes entre os grupos (p ≤0,05). A categorização dos escores de BDI demonstra significância entre os grupos (p=0,025) com elevado predomínio dos sintomas de depressão no G1. A relação entre os escores totais de QV e a classificação dos escores de BDI demonstrou associação significativa negativa (rho= - 0,704; p<0,001). Os pacientes com melhor QV são os que apresentam menos sintomas de depressão. Conclusão: Pacientes com ER à terapêutica medicamentosa com perspectiva de tratamento cirúrgico apresentam QV deteriorada. Os do G1 têm pior QV do que os do G2. Sintomas de depressão são mais acentuados nos do G1. A QV dos pacientes com ER é pior naqueles com sintomas de depressão, mostrando a elevada associação entre as comorbidades nesses pacientes. |
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Patients with RE have a deteriorated quality of life (QOL) as a result of the stigma of the disease and the segregation to which they are submitted, and present a high prevalence of depression. Nevertheless, the prospect of surgical intervention can trigger depression symptoms related to the uncertainty about the effectiveness of the treatment, brain "mutilation" and its sequelae, doubt of living without seizures, and having a period of reeducation and psychosocial adaptation, with the potential loss of familial overprotection. Aims: To evaluate the QOL of patients with RE under drug therapy with immediate and remote prospect of surgical treatment, and to ascertain the possible differences in the QOL and depression symptoms among the groups. Method: A total of 99 patients with RE were divided in two groups: Group 1 (G1), comprising 66 hospitalized patients with prospect of immediate surgery (within 1-2 weeks), and Group 2 (G2), comprising 33 outpatients and remote prospect of undergoing surgery (within 6-12 months). The Quality of Life Questionnaire (QLQ- 65) and Beck's Depression Inventory (BDI) were used in this study. Results: Males predominated in both groups (60. 6%); 49. 5% patients had not finished Elementary School, 57. 7% had no occupational activity/job, and 60. 6% were single. Mean age was 34 years, and the age of seizures onset was earlier in G1 than in G2 (p<0. 001). The overall mean score in the QLQ-65 was 53. 21 (±17. 9 SD), and there was a significant difference (p<0. 0001) between the mean scores in G1 and G2. All aspects of the QOL except for the emotional one and self-concept showed significant differences between the groups (p \0. 05). The categorization of BDI scores showed a significant predominance of depression symptoms in G1 (p=0. 025). The overall QOL scores and the rating of BDI scores showed a significant negative correlation (rho= - 0. 704; p<0. 001). Patients with better QOL presented fewer depression symptoms. Conclusion: Patients with medically refractory epilepsy with a prospect of surgical treatment present deteriorated QOL, i. e. G1 patients had a worse QOL than G2 ones. Depression symptoms are more pronounced in G1 patients. QOL in patients with RE is worse in those with depression symptoms, showing a strong association between comorbidities in these patients. A epilepsia, síndrome clínica neurológica grave e comum, é caracterizada pela recorrência de episódios, convulsivos ou não. O tratamento medicamentoso com drogas antiepilépticas (DAE) é eficaz e controla as crises na maioria dos pacientes. Há, entretanto, percentual razoável de doentes que apresentam epilepsia refratária (ER), não controlada com DAE, e passíveis de tratamento cirúrgico. Pacientes com ER têm qualidade de vida (QV) deteriorada pelo estigma da doença e segregação a que se submetem e são sujeitos a elevada prevalência de casos de depressão. Entretanto, a perspectiva da terapia cirúrgica pode desencadear sintomas de depressão relacionados à incerteza do sucesso do tratamento, à"mutilação" cerebral e suas seqüelas, à dúvida de viver sem convulsões e ter um período de re-educação e ajustamento psicossocial, com possibilidade de perda da superproteção familiar. Objetivos: Avaliar a QV dos pacientes com ER à terapêutica medicamentosa, com perspectiva imediata e remota de tratamento cirúrgico, e verificar possíveis diferenças na QV e nos sintomas de depressão entre os grupos. Método: O grupo de 99 pacientes com ER foi dividido em Grupo 1: 66 pacientes hospitalizados com perspectiva imediata de tratamento cirúrgico (1 a 2 semanas), considerado o G1. O grupo 2 (G2) composto de 33 pacientes em acompanhamento ambulatorial e com perspectiva remota de tratamento cirúrgico (6-12 meses). Foram utilizados o Questionário de Qualidade de Vida -65 (QQV-65) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI) para este estudo. Resultados: Em ambos os grupos, houve predomínio do gênero masculino 60,6%; 49,5% com Ensino Fundamental Incompleto; 57,7% sem atividade ocupacional/emprego e 60,6% solteiros. A média de idade foi 34 anos, e a idade de início das crises foi mais precoce no G1 do que no G2 (p<0,001). O escore médio total do QQV-65 foi de 53,21 (±17,9 DP) e houve diferença significante (p<0,0001) entre as médias dos escores de G1 e G2. Todos os aspectos de QV, com exceção do emocional e do autoconceito, mostraram diferenças significantes entre os grupos (p ≤0,05). A categorização dos escores de BDI demonstra significância entre os grupos (p=0,025) com elevado predomínio dos sintomas de depressão no G1. A relação entre os escores totais de QV e a classificação dos escores de BDI demonstrou associação significativa negativa (rho= - 0,704; p<0,001). Os pacientes com melhor QV são os que apresentam menos sintomas de depressão. Conclusão: Pacientes com ER à terapêutica medicamentosa com perspectiva de tratamento cirúrgico apresentam QV deteriorada. Os do G1 têm pior QV do que os do G2. Sintomas de depressão são mais acentuados nos do G1. A QV dos pacientes com ER é pior naqueles com sintomas de depressão, mostrando a elevada associação entre as comorbidades nesses pacientes. 2013-08-07T19:04:13Z 2013-08-07T19:04:13Z 2006 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/10923/4400 por info:eu-repo/semantics/openAccess Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre reponame:Repositório Institucional da PUC_RS instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul instacron:PUC_RS |