Qualidade de vida em indivíduos com lesão medular e em seus cuidadores

Made available in DSpace on 2013-08-07T19:04:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000434408-Texto+Completo-0.pdf: 1921103 bytes, checksum: d1ccdb0d183d9769711d23921ece4b69 (MD5) Previous issue date: 2011 === Introdução: A lesão medular traumática é uma condição que se instala aguda e inesperadamente, p...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Amaral, Renata Busin do
Other Authors: Cammarota, Martin Pablo
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10923/4378
Description
Summary:Made available in DSpace on 2013-08-07T19:04:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000434408-Texto+Completo-0.pdf: 1921103 bytes, checksum: d1ccdb0d183d9769711d23921ece4b69 (MD5) Previous issue date: 2011 === Introdução: A lesão medular traumática é uma condição que se instala aguda e inesperadamente, podendo interferir tanto na qualidade de vida dos indivíduos traumatizados quanto na de seus cuidadores. Objetivos: Comparar a qualidade de vida dos indivíduos com lesão na medula espinhal com a dos seus cuidadores e verificar as associações com a independência funcional e com a sobrecarga percebida na prestação de cuidados. Metodologia: Estudo transversal controlado. Os grupos 1 e 2 foram constituídos por indivíduos com lesão medular e seus respectivos cuidadores, que frequentaram um centro de atendimento à deficiência, e os grupos 3 e 4 foram constituídos por sujeitos saudáveis cadastrados em um ambulatório de Estratégia de Saúde da Família, em Passo Fundo/RS. Para comparar a qualidade de vida, idade, classificação socioeconômica e sexo entre os grupos foi utilizado o teste t para amostras independentes e o qui-quadrado. A análise de covariância foi utilizada para ajustar os valores para sexo, idade e classificação socioeconômica, na comparação dos grupos 1 e 2. Para avaliar os fatores associados à qualidade de vida dos grupos 1 e 2, foram utilizados os coeficientes de regressão padronizado e de Pearson ou de Spearmann. Foram utilizados os instrumentos WHOQOL-Bref, para a avaliação da qualidade de vida, o escore motor da medida de independência funcional, para os indivíduos com lesão medular, o Zarit Burden Interview, para sobrecarga dos cuidadores, e o instrumento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, para a classificação socioeconômica. Resultados: Os indivíduos com lesão medular e os seus cuidadores apresentaram pontuações significativamente menores em todos os domínios de qualidade de vida quando comparados aos indivíduos saudáveis. Não houve diferença na comparação da qualidade de vida dos indivíduos com lesão medular com seus respectivos cuidadores. Após ajustados os valores para sexo, classificação socioeconômica e idade, o grupo de indivíduos com lesão medular diferiu estatisticamente do grupo de cuidadores, no domínio físico e psicológico, de qualidade de vida. Houve associação positiva da qualidade de vida com a independência funcional em indivíduos com lesão medular e inversa da qualidade de vida com a sobrecarga nos cuidadores, bem como da independência funcional com a sobrecarga percebida. Conclusão: Os cuidadores sofrem o mesmo impacto na qualidade de vida que os indivíduos com lesão medular enquanto prestam assistência ao doente. A dependência funcional, consequente à lesão medular, limita o desempenho das atividades dos indivíduos num grau que sobrecarrega os seus cuidadores, levando a um prejuízo na qualidade de vida de ambos. === Introdução: A lesão medular traumática é uma condição que se instala aguda e inesperadamente, podendo interferir tanto na qualidade de vida dos indivíduos traumatizados quanto na de seus cuidadores. Objetivos: Comparar a qualidade de vida dos indivíduos com lesão na medula espinhal com a dos seus cuidadores e verificar as associações com a independência funcional e com a sobrecarga percebida na prestação de cuidados. Metodologia: Estudo transversal controlado. Os grupos 1 e 2 foram constituídos por indivíduos com lesão medular e seus respectivos cuidadores, que frequentaram um centro de atendimento à deficiência, e os grupos 3 e 4 foram constituídos por sujeitos saudáveis cadastrados em um ambulatório de Estratégia de Saúde da Família, em Passo Fundo/RS. Para comparar a qualidade de vida, idade, classificação socioeconômica e sexo entre os grupos foi utilizado o teste t para amostras independentes e o qui-quadrado. A análise de covariância foi utilizada para ajustar os valores para sexo, idade e classificação socioeconômica, na comparação dos grupos 1 e 2. Para avaliar os fatores associados à qualidade de vida dos grupos 1 e 2, foram utilizados os coeficientes de regressão padronizado e de Pearson ou de Spearmann. Foram utilizados os instrumentos WHOQOL-Bref, para a avaliação da qualidade de vida, o escore motor da medida de independência funcional, para os indivíduos com lesão medular, o Zarit Burden Interview, para sobrecarga dos cuidadores, e o instrumento da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, para a classificação socioeconômica. Resultados: Os indivíduos com lesão medular e os seus cuidadores apresentaram pontuações significativamente menores em todos os domínios de qualidade de vida quando comparados aos indivíduos saudáveis. Não houve diferença na comparação da qualidade de vida dos indivíduos com lesão medular com seus respectivos cuidadores. Após ajustados os valores para sexo, classificação socioeconômica e idade, o grupo de indivíduos com lesão medular diferiu estatisticamente do grupo de cuidadores, no domínio físico e psicológico, de qualidade de vida. Houve associação positiva da qualidade de vida com a independência funcional em indivíduos com lesão medular e inversa da qualidade de vida com a sobrecarga nos cuidadores, bem como da independência funcional com a sobrecarga percebida. Conclusão: Os cuidadores sofrem o mesmo impacto na qualidade de vida que os indivíduos com lesão medular enquanto prestam assistência ao doente. A dependência funcional, consequente à lesão medular, limita o desempenho das atividades dos indivíduos num grau que sobrecarrega os seus cuidadores, levando a um prejuízo na qualidade de vida de ambos.