Summary: | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro === Essa dissertação propõe-se a refletir sobre o enigmático encontro intersubjetivo com a arte
por ser este um acontecimento vivo de troca entre espectador e obra, em ato. O ponto de partida
deste trabalho é de que, apesar de não haver dúvidas quanto à verdade humana que permeia a
experiência da arte, entramos constantemente na banalização de querer prová- la ou direcioná-la a
outro domínio que não o da arte ela mesma, o que faz com que a significância dessa questão fique
ameaçada. Com o objetivo de discutir isso, que desdobra-se na inesgotabilidade da transmissão
pela arte, faz uma articulação com a psicanálise, principalmente no campo das intensidades
afetivas que se referem a ordem da pré-linguagem verbal, justamente objetivando pensá-las em
sua relação com a arte pelo juízo estético, o conceito de senso comum e seus desdobramentos
contemporâneos. Trata também da incompletude da obra como força de movimento que a coloca
em perpétuo acabamento, na busca incessante de significação, e da crítica de arte como parte
desse movimento, como transmissão da verdade do encontro com a arte sendo em si outro
encontro, pela palavra, também em perpétuo acabamento === With the dissertation we aim to reflect upon the enigmatic intersubjective encounter
between observer and work of art. This encounter starts an endless journey in which the
experience of art keeps changing also remaining the same at its core that allows the continuity of
art through the ever-present. But even if we agree that one of the most important truths about art
lie on this human experience, we still often try to direct it to other competencies in order to prove
it right, which tends to diminish the relevance of such an encounter. With this in mind, well
carefully apply some concepts of psychoanalysis, mainly in the field of affective intensities
related to pre-verbal language (as the Uncanny), articulating its relation to art as aesthetic
experience. The never ending process of completeness puts the relationship between observer and
work in perpetual search for an end that never comes. This paradox, far from being something
that stops us, is what really puts us on the move, in search for new significations for what we
dont know. And writing about art, in this sense, is part of this movement towards the unknown,
is what allows us to create from its shadows still keeping its mystery alive
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