Teste de sentar-levantar: relação com a mortalidade por todas as causas e com a flexibilidade

Sabe-se que um estilo de vida sedentário e uma condição aeróbica baixa são associados com uma maior chance de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e um maior risco de mortalidade por todas as causas. Contudo, é possível que outros indicadores de aptidão física possam ter significado clínico p...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Leonardo Barbosa Barreto de Brito
Other Authors: Claudio Gil Soares de Araújo
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2015
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9352
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Condicionamento músculo esquelético
Avaliação funcional
Sobrevivência
Flexibilidade
Health-related quality of life
Musculoskeletal fitness
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Survival
Flexibility
EDUCACAO FISICA
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Leonardo Barbosa Barreto de Brito
Teste de sentar-levantar: relação com a mortalidade por todas as causas e com a flexibilidade
description Sabe-se que um estilo de vida sedentário e uma condição aeróbica baixa são associados com uma maior chance de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e um maior risco de mortalidade por todas as causas. Contudo, é possível que outros indicadores de aptidão física possam ter significado clínico prognóstico. Originalmente proposto em 1999, o teste de sentar-levantar (TSL) é, simples de executar e possui comprovada reprodutibilidade inter e intra-avaliador. O avaliado inicia o teste com o escore máximo de 5 pontos para cada uma das ações de sentar e levantar, sendo subtraído do mesmo, um ponto para cada apoio extra utilizado (mão, braço e joelho) e meio ponto para cada desequilíbrio corporal perceptível. A pontuação do TSL escore, variando de 0 a 10, é realizada pela soma das ações de sentar e levantar. Considerando o potencial papel da flexibilidade para uma execução mais eficiente de gestos motores, não é surpreendente que o desempenho sobre TSL possa ser influenciado por essa valência. O objetivo desta dissertação foi analisar a relação entre o resultado do TSL e a mortalidade por todas as causas e a flexibilidade. No primeiro estudo, 2002 indivíduos entre 51 e 80 anos (68% homens), realizaram o TSL e os resultados foram estratificados em quatro faixas: 0/3; 3,5/5,5, 6/7,5 and 8/10. Baixos resultados no TSL escore foram associados com um maior risco de mortalidade (p<0,001). Uma tendência contínua de maior sobrevivência se refletiu no ajuste multivariado idade, sexo, índice de massa corporal em um razão de risco de 5,44 [95%IC=3,19,5], 3,44 [95%IC=2,05,9] e 1,84 [95%IC=1,13,0] (p<0,001) dos menores para as maiores faixas de resultados do TSL. Cada aumento de um ponto no escore do TSL significou uma melhora de 21% na sobrevivência. Já o segundo estudo, contou com 3927 indivíduos (67,4% homens) que realizaram o TSL e o Flexiteste. O Flexiteste avalia a amplitude máxima passiva de 20 movimentos corporais. Para cada um dos movimentos, existem cinco escores possíveis, 0 a 4 em uma ordem de mobilidade crescente. A soma dos resultados dos 20 movimentos fornece uma pontuação de flexibilidade global denominada de Flexíndice (FLX). Os resultados do FLX foram estratificados em quartis (626, 2735, 3644 and 4577). Os valores do TSL em cada quartil diferiram entre si (p<0,001). Além disso, o escore do TSL e o FLX foram diretamente associados (r=0,296; p<0,001). Os indivíduos com um TSL escore zero são menos flexíveis para todos os 20 movimentos do Flexiteste do que aqueles com escore 10. Portanto, os dados da presente dissertação, indicam que: o resultado do TSL se mostrou um importante preditor de mortalidade por todas as causas para indivíduos entre 51-80 anos de idade e que indivíduos mais flexíveis tendem a ter maiores escores no TSL. === It is known that a sedentary lifestyle and low aerobic fitness are associated with a greater chance of developing cardiovascular disease and increased risk of mortality from all causes. However, it is possible that other indicators of physical fitness may have clinical significance prognosis. Originally proposed in 1999, the sitting-rising test (SRT) is simple to perform and has proven its reliability. The individual begins the test with the maximum score of 5 points for each of the actions of sitting and rising, and being deducted a point for each extra support used (hand, arm and knee) and half a point for each body imbalance noticeable. The SRT score, ranging from 0 to 10, is performed by the sum of the actions of sitting and rising. Considering the potential role of flexibility for a more efficient execution of motor gestures, it is not surprising that the performance of SRT can be influenced by this valence. The aim of this thesis was to analyze association of SRT score and mortality for all-causes and lexibility. In the first study, 2002 individuals between 51 and 80 years (68% men) underwent the SRT and were stratified into four groups: 0/3, 3.5/5.5, 6/7.5 and 8/10. SRT results in low scores were associated with an increased risk of mortality (p <0.001). A continuous trend for longer survival was reflected by multivariate adjusted age, sex, body mass index - hazard ratios of 5.44 [95%CI=3.19.5], 3.44 [95%CI=2.05.9] and 1.84 [95%CI=1.13.0] (p<.001) from lower to higher SRT scores. Each unit increase in SRT score conferred a 21% improvement in survival. The second study included 3927 individuals (67.4% men) who performed the SRT and Flexitest. Flexitest evaluates the maximum passive range of motion of 20 body joint movements. For each one of the movements, there are five possible scores, 0 to 4 in a crescent mobility order. Adding the results of the 20 movements provides an overall flexibility score called Flexindex (FLX). The results of SRT scores were stratified into quartiles (6-26, 27-35, 36-44 and 45-77) and its FLX results differed between (p<0.001). SRT and FLX scores were moderately and positively associated (r = 0.296; p < 0.001). Besides, subjects with a zero SRT score are less flexible for all 20 Flexitest movements than those scoring 10.Therefore, the data of this thesis, showed that the SRT proved an important predictor of mortality from all causes for individuals between 51-80 years of age and that more flexible individuals tend to have higher scores on the SRT.
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Originalmente proposto em 1999, o teste de sentar-levantar (TSL) é, simples de executar e possui comprovada reprodutibilidade inter e intra-avaliador. O avaliado inicia o teste com o escore máximo de 5 pontos para cada uma das ações de sentar e levantar, sendo subtraído do mesmo, um ponto para cada apoio extra utilizado (mão, braço e joelho) e meio ponto para cada desequilíbrio corporal perceptível. A pontuação do TSL escore, variando de 0 a 10, é realizada pela soma das ações de sentar e levantar. Considerando o potencial papel da flexibilidade para uma execução mais eficiente de gestos motores, não é surpreendente que o desempenho sobre TSL possa ser influenciado por essa valência. O objetivo desta dissertação foi analisar a relação entre o resultado do TSL e a mortalidade por todas as causas e a flexibilidade. No primeiro estudo, 2002 indivíduos entre 51 e 80 anos (68% homens), realizaram o TSL e os resultados foram estratificados em quatro faixas: 0/3; 3,5/5,5, 6/7,5 and 8/10. Baixos resultados no TSL escore foram associados com um maior risco de mortalidade (p<0,001). Uma tendência contínua de maior sobrevivência se refletiu no ajuste multivariado idade, sexo, índice de massa corporal em um razão de risco de 5,44 [95%IC=3,19,5], 3,44 [95%IC=2,05,9] e 1,84 [95%IC=1,13,0] (p<0,001) dos menores para as maiores faixas de resultados do TSL. Cada aumento de um ponto no escore do TSL significou uma melhora de 21% na sobrevivência. Já o segundo estudo, contou com 3927 indivíduos (67,4% homens) que realizaram o TSL e o Flexiteste. O Flexiteste avalia a amplitude máxima passiva de 20 movimentos corporais. Para cada um dos movimentos, existem cinco escores possíveis, 0 a 4 em uma ordem de mobilidade crescente. A soma dos resultados dos 20 movimentos fornece uma pontuação de flexibilidade global denominada de Flexíndice (FLX). Os resultados do FLX foram estratificados em quartis (626, 2735, 3644 and 4577). Os valores do TSL em cada quartil diferiram entre si (p<0,001). Além disso, o escore do TSL e o FLX foram diretamente associados (r=0,296; p<0,001). Os indivíduos com um TSL escore zero são menos flexíveis para todos os 20 movimentos do Flexiteste do que aqueles com escore 10. Portanto, os dados da presente dissertação, indicam que: o resultado do TSL se mostrou um importante preditor de mortalidade por todas as causas para indivíduos entre 51-80 anos de idade e que indivíduos mais flexíveis tendem a ter maiores escores no TSL. It is known that a sedentary lifestyle and low aerobic fitness are associated with a greater chance of developing cardiovascular disease and increased risk of mortality from all causes. However, it is possible that other indicators of physical fitness may have clinical significance prognosis. Originally proposed in 1999, the sitting-rising test (SRT) is simple to perform and has proven its reliability. The individual begins the test with the maximum score of 5 points for each of the actions of sitting and rising, and being deducted a point for each extra support used (hand, arm and knee) and half a point for each body imbalance noticeable. The SRT score, ranging from 0 to 10, is performed by the sum of the actions of sitting and rising. Considering the potential role of flexibility for a more efficient execution of motor gestures, it is not surprising that the performance of SRT can be influenced by this valence. The aim of this thesis was to analyze association of SRT score and mortality for all-causes and lexibility. In the first study, 2002 individuals between 51 and 80 years (68% men) underwent the SRT and were stratified into four groups: 0/3, 3.5/5.5, 6/7.5 and 8/10. SRT results in low scores were associated with an increased risk of mortality (p <0.001). A continuous trend for longer survival was reflected by multivariate adjusted age, sex, body mass index - hazard ratios of 5.44 [95%CI=3.19.5], 3.44 [95%CI=2.05.9] and 1.84 [95%CI=1.13.0] (p<.001) from lower to higher SRT scores. Each unit increase in SRT score conferred a 21% improvement in survival. The second study included 3927 individuals (67.4% men) who performed the SRT and Flexitest. Flexitest evaluates the maximum passive range of motion of 20 body joint movements. For each one of the movements, there are five possible scores, 0 to 4 in a crescent mobility order. Adding the results of the 20 movements provides an overall flexibility score called Flexindex (FLX). The results of SRT scores were stratified into quartiles (6-26, 27-35, 36-44 and 45-77) and its FLX results differed between (p<0.001). SRT and FLX scores were moderately and positively associated (r = 0.296; p < 0.001). Besides, subjects with a zero SRT score are less flexible for all 20 Flexitest movements than those scoring 10.Therefore, the data of this thesis, showed that the SRT proved an important predictor of mortality from all causes for individuals between 51-80 years of age and that more flexible individuals tend to have higher scores on the SRT. 2015-08-10 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=9352 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade do Estado do Rio de Janeiro Programa de Pós-Graduação em Ciências do Desporto e Educação física UERJ BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro instacron:UERJ