Summary: | A pesquisa busca analisar a operacionalização das diretrizes pedagógicas não formais oferecidas por uma Organização do Terceiro Setor, de base internacional, com comitês locais em vários municípios do Brasil. A investigação pretende, também, abordar a contribuição das programações ofertadas para o desenvolvimento de uma nova relação com o saber segundo Bernard Charlot, de acordo com avaliação dos seus membros, no sentido de interculturalidade. A escolha da organização, objeto de estudo, se justifica por ter surgido após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, fundada por estudantes de sete países europeus (Noruega, Dinamarca, França, Suécia, Finlândia, Bélgica e Países Baixos), com o propósito de contribuir para a integração entre diferentes culturas, promovendo o entendimento e a cooperação entre seus países membros, através do intercâmbio de técnicas administrativas e de recursos humanos (AIESEC, 2014). Trata-se de um estudo de caso no qual o referencial teórico destaca os autores Maria da Glória Gohn, Jaime Trilla, José Carlos Libâneo e Simone Park por caracterizarem a educação não formal. Os conceitos relacionados ao Terceiro Setor são trabalhados à luz das concepções dos autores Leilah Landin, Sérgio Haddad e Carlos Montaño. Para o conceito de competências são usadas, principalmente, as abordagens de Acácia Kuenzer e Neise Deluiz e, finalmente, Vera Candau e Maria Aneas, para a abordagem da interculturalidade. A metodologia da pesquisa com abordagem qualitativa se utiliza de métodos diferenciados como: observação não participante, entrevista semipadronizada com quatro intercambistas, pesquisa documental e análise de documentos na internet. Os dados revelam que as práticas pedagógicas de Educação Não Formal apresentam uma dicotomia entre seus valores de paz e os seus fazeres convergentes com a lógica do mercado globalizado. A pesquisa aponta que as ações educativas deveriam ultrapassar a concepção de multiculturalismo, para a de interculturalismo, instaurando o diálogo com as diferenças. === The research analyze search the operation of non-formal educational guidelines offered by a Third Sector Organisation of international basis, attached to the local committees in various municipalities in Brazil. The investigation also pretend approach the contribution of programs offered for the development of a new relationship with knowledge seconds Bernard Charlot, according to the evaluation of its members, to interculturalism. The choice of the organization, object of study, is justified to have arisen after the Second World War, in 1948, founded by students from seven European countries (Norway, Denmark, France, Sweden, Finland, Belgium and the Netherlands), with the purpose to contribute to the integration of different cultures, promoting understanding and cooperation among its member countries, through the exchange of technical and administrative human resources (AIESEC, 2014). This is a case study in which the theoretic reference contrast the authors Maria da Glória Gohn, Jaime Trilla, José Carlos Libâneo and Simone Park by characterizing the non-formal education. In relation to the concepts reported to the Third Sector are worked in the light of the conceptions of the authors LeilahLandin, Sergio Haddad and Carlos Montaño. For the concept of competencies are used mainly approaches Acacia Kuenzer and Neise Deluiz and finally Vera Candau and Maria Aneas, to approach the intercultural.The research methodology with a qualitative approach using different methods such as: non-participant observation, quasi standardized interview with four exchange students, documentary research and analysis of documents on the Internet. The data expose that the pedagogical practices of non-formal education introduce a dichotomy between their values of peace and their doings converging with the logic of the global market. The research shows that education should go beyond the concept of multiculturalism, for the interculturalism, establishing dialogue with the differences.
|