Summary: | Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro === Este livro tem como objetivo analisar a forma com a qual a Igreja Universal do Reino de Deus, à época da pesquisa tinha 26 anos de fundação, elaborou e materializou singularmente o seu projeto de igreja. Esta elaboração teve como um dos principais suportes a relação tensa e conflituosa que a IURD estabeleceu com diferentes interlocutores, mas que teve no ano de 1995 sua fase mais crítica. A discussão procura mostrar como esse período foi pensado e interpretado por esses diferentes atores, mas tendo como principal referência o ponto de vista nativo. A questão da autenticidade será o pano de fundo da discussão proposta, na medida em que foi identificada como uma categoria importante para a compreensão da relação desta igreja com seus interlocutores. Esta noção aparecia sob a forma de oposições: pureza-impureza, igreja-seita, autêntico-inautêntico. Partindo de uma perspectiva diferenciada procuro mostrar que, naquele momento, estavam interagindo formas distintas de concepções de autenticidade. Tendo como ponto de partida o posicionamento da IURD pós-1995, período que se caracterizou pela intensificação de práticas e empreendimentos voltados à sua consolidação, o livro demonstra como a noção nativa de autenticidade norteou a elaboração da chamada Era das Catedrais, incluindo a construção da sede mundial, o chamado Templo da Glória do Novo Israel, vista como marco no processo de materialização de seu projeto de igreja e do circuito da conquista.
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