Alterações na biodisponibilidade de óxido nítrico e no estresse oxidativo em plaquetas de mulheres na pós-menopausa
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === O risco de desenvolver doença cardiovascular aumenta com o avançar da idade, sendo exponencialmente maior em mulheres após a menopausa em relação a mulheres em idade reprodutiva. Esse aumento pode ser, em parte, explicado por uma hipera...
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2014
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Óxido nítrico Menopausa Plaqueta Estresse oxidativo Nitric oxide Menopause Blood platelet Oxidative stress MORFOLOGIA Wanda Vianna Mury Alterações na biodisponibilidade de óxido nítrico e no estresse oxidativo em plaquetas de mulheres na pós-menopausa |
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === O risco de desenvolver doença cardiovascular aumenta com o avançar da idade, sendo exponencialmente maior em mulheres após a menopausa em relação a mulheres em idade reprodutiva. Esse aumento pode ser, em parte, explicado por uma hiperatividade plaquetária e disfunção endotelial nessas mulheres. Em plaquetas, o óxido nítrico é uma molécula essencial para a inibição da sua ativação e agregação; cuja biodisponibilidade depende de sua síntese e inativação por espécies reativas de oxigênio. Assim, o presente estudo visa determinar os efeitos da menopausa sobre a função plaquetária, biodisponibilidade de óxido nítrico e estresse oxidativo. Para tal, a amostra foi constituída por mulheres sendo elas 15 jovens entre 20 e 40 anos (grupo controle), 12 mulheres entre 45 e 60 anos pós-menopausadas há no mínimo 12 meses que não faziam uso de reposição hormonal e que não possuíam fatores de risco para doença cardiovascular. Os resultados demonstraram que mulheres pós-menopausadas apresentam uma hiperagregação plaquetária induzida por colágeno em relação a mulheres jovens. Essas mulheres também apresentaram o influxo de L-arginina aumentado em relação ao grupo controle. No entanto, a atividade da enzima óxido nítrico sintase estava diminuída nas mulheres após a menopausa, assim como os níveis plasmáticos de L-arginina. A expressão das enzimas iNOS e eNOS não diferiu significativamente entre os grupos. A expressão das subunidades 1 e 1 da enzima guanilato ciclase, e a fosfodiesterase 5 não se apresentaram diferentes entre os grupos. A expressão das enzimas glutationa peroxidase, subunidades gp91phox e p47phox da NADPH oxidase não estavam alteradas em plaquetas de mulheres pós-menopausadas, já a catalase estava mais expressa neste grupo. Em relação à atividade das enzimas antioxidantes, foi observado um aumento na superóxido dismutase em mulheres pós-menopausadas. Esse grupo apresentou ainda níveis mais elevados de grupamentos sulfidrila. Já em relação a danos proteicos não foi possível observar diferença entre os grupos. Dessa forma, esses resultados podem contribuir para uma melhor compreensão da hiperagregação plaquetária observada nas mulheres após a menopausa, o que, por sua vez, pode contribuir para a elucidação de mecanismos envolvidos na morbidade e mortalidade cardiovascular elevada nessa população. === Cardiovascular risk is exponentially increased in women after menopause compared to women in reproductive age. This may be partially explained by an increased platelet activation and endothelial dysfunction. Platelet derived nitric oxide is essential for the inhibition of its activation and aggregation, and its bioavailability depends both on its synthesis and its scavenging by reactive oxygen species. Thus, our aim was to investigate L-arginine-nitric oxide signaling in platelets from postmenopausal women and its association with oxidative stress and platelet aggregation. Fifteen young women (control group) and 12 postmenopausal women without risk factors for cardiovascular diseases consented to participate in the study. Blood was collected in the fasting state in appropriate anticoagulant tubes for platelet experiments. Platelet aggregation induced by collagen was significantly increased in postmenopausal than in young women. They also showed an increased total L-arginine transport, despite lower plasma L-arginine levels. Platelet nitric oxide synthase activity was impaired in postmenopausal women, but no difference was observed in endothelial and inducible nitric oxide synthase expression between groups. The expression of 1 and 1 subunits of guanilate cyclase and phosphodiesterase V were similar between groups. The expressions of gp91phox and p47phox subunits of NADPH oxidase and glutathione peroxidase were not modified. On the other hand, there was an up-regulation of catalase protein levels. Superoxide dismutase activity, but not catalase nor glutathione peroxidase activities, was increased in climacteric women. It was also reported that sulfhydryl group content was increased in postmenopausal women. There was no difference in protein oxidative damage between groups. These findings may contribute to a better understanding of platelet hyperaggregation in postmenopausal women, which may help to further elucidate the heightened cardiovascular morbidity and mortality in this population. |
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ndltd-IBICT-urn-repox.ist.utl.pt-BDTD_UERJ-oai-www.bdtd.uerj.br-58452019-01-21T18:19:32Z Alterações na biodisponibilidade de óxido nítrico e no estresse oxidativo em plaquetas de mulheres na pós-menopausa Alterations in the bioavailability of nitric oxide and oxidative stress in platelets from postmenopausal women Wanda Vianna Mury Cristiane Matsuura Mariana Siqueira de Medeiros Maria Belaniza de Góes Barreto de Campos Óxido nítrico Menopausa Plaqueta Estresse oxidativo Nitric oxide Menopause Blood platelet Oxidative stress MORFOLOGIA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior O risco de desenvolver doença cardiovascular aumenta com o avançar da idade, sendo exponencialmente maior em mulheres após a menopausa em relação a mulheres em idade reprodutiva. Esse aumento pode ser, em parte, explicado por uma hiperatividade plaquetária e disfunção endotelial nessas mulheres. Em plaquetas, o óxido nítrico é uma molécula essencial para a inibição da sua ativação e agregação; cuja biodisponibilidade depende de sua síntese e inativação por espécies reativas de oxigênio. Assim, o presente estudo visa determinar os efeitos da menopausa sobre a função plaquetária, biodisponibilidade de óxido nítrico e estresse oxidativo. Para tal, a amostra foi constituída por mulheres sendo elas 15 jovens entre 20 e 40 anos (grupo controle), 12 mulheres entre 45 e 60 anos pós-menopausadas há no mínimo 12 meses que não faziam uso de reposição hormonal e que não possuíam fatores de risco para doença cardiovascular. Os resultados demonstraram que mulheres pós-menopausadas apresentam uma hiperagregação plaquetária induzida por colágeno em relação a mulheres jovens. Essas mulheres também apresentaram o influxo de L-arginina aumentado em relação ao grupo controle. No entanto, a atividade da enzima óxido nítrico sintase estava diminuída nas mulheres após a menopausa, assim como os níveis plasmáticos de L-arginina. A expressão das enzimas iNOS e eNOS não diferiu significativamente entre os grupos. A expressão das subunidades 1 e 1 da enzima guanilato ciclase, e a fosfodiesterase 5 não se apresentaram diferentes entre os grupos. A expressão das enzimas glutationa peroxidase, subunidades gp91phox e p47phox da NADPH oxidase não estavam alteradas em plaquetas de mulheres pós-menopausadas, já a catalase estava mais expressa neste grupo. Em relação à atividade das enzimas antioxidantes, foi observado um aumento na superóxido dismutase em mulheres pós-menopausadas. Esse grupo apresentou ainda níveis mais elevados de grupamentos sulfidrila. Já em relação a danos proteicos não foi possível observar diferença entre os grupos. Dessa forma, esses resultados podem contribuir para uma melhor compreensão da hiperagregação plaquetária observada nas mulheres após a menopausa, o que, por sua vez, pode contribuir para a elucidação de mecanismos envolvidos na morbidade e mortalidade cardiovascular elevada nessa população. Cardiovascular risk is exponentially increased in women after menopause compared to women in reproductive age. This may be partially explained by an increased platelet activation and endothelial dysfunction. Platelet derived nitric oxide is essential for the inhibition of its activation and aggregation, and its bioavailability depends both on its synthesis and its scavenging by reactive oxygen species. Thus, our aim was to investigate L-arginine-nitric oxide signaling in platelets from postmenopausal women and its association with oxidative stress and platelet aggregation. Fifteen young women (control group) and 12 postmenopausal women without risk factors for cardiovascular diseases consented to participate in the study. Blood was collected in the fasting state in appropriate anticoagulant tubes for platelet experiments. Platelet aggregation induced by collagen was significantly increased in postmenopausal than in young women. They also showed an increased total L-arginine transport, despite lower plasma L-arginine levels. Platelet nitric oxide synthase activity was impaired in postmenopausal women, but no difference was observed in endothelial and inducible nitric oxide synthase expression between groups. The expression of 1 and 1 subunits of guanilate cyclase and phosphodiesterase V were similar between groups. The expressions of gp91phox and p47phox subunits of NADPH oxidase and glutathione peroxidase were not modified. On the other hand, there was an up-regulation of catalase protein levels. Superoxide dismutase activity, but not catalase nor glutathione peroxidase activities, was increased in climacteric women. It was also reported that sulfhydryl group content was increased in postmenopausal women. There was no difference in protein oxidative damage between groups. These findings may contribute to a better understanding of platelet hyperaggregation in postmenopausal women, which may help to further elucidate the heightened cardiovascular morbidity and mortality in this population. 2014-07-25 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8645 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf Universidade do Estado do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação em Biologia Humana e Experimental UERJ BR reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro instacron:UERJ |