Avaliação química e ecotoxicológica para seleção de bioensaios aquáticos sensíveis a efluentes contendo metais

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === A Resolução CONAMA N 430/2011 exige a utilização de dois bioensaios (dois níveis tróficos) para avaliação ecotoxicológica de efluentes, mas a seleção ao acaso de bioensaios pode permitir lançamentos tóxicos. A sensibilidade dos bioindic...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Danielly de Paiva Magalhães
Other Authors: Mônica Regina da Costa Marques
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2014
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8960
Description
Summary:Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === A Resolução CONAMA N 430/2011 exige a utilização de dois bioensaios (dois níveis tróficos) para avaliação ecotoxicológica de efluentes, mas a seleção ao acaso de bioensaios pode permitir lançamentos tóxicos. A sensibilidade dos bioindicadores irá depender da substância tóxica avaliada. Assim, baterias de bioensaios sensíveis devem ser estabelecidas às classes de contaminantes. Na literatura não há estudos que indiquem uma bateria de bioensaios ecotoxicológicos sensíveis para avaliação de efluentes contendo principalmente metais. Esse trabalho teve como objetivo selecionar uma bateria de bioensaios ecotoxicológicos que conjuntamente detectem toxicidade ao maior número de metais isolados e em misturas e que sejam realizados no menor tempo indicado pelas normas de padronização. Foram avaliadas as sensibilidades de seis bioensaios, incluindo três níveis tróficos (produtores, algas: Pseudokirchneriella subcapitata e Chlorella vulgaris; consumidores primários, cladóceros: Daphnia similis e Ceriodaphnia dubia; consumidores secundários, peixes: Poecilia reticulata e Danio rerio), a 10 espécies metálicas individuais (Ag+, Cd2+, Cu+, Cu2+, Cr3+, Cr6+, Pb2+, Ni2+, Zn2+ e Hg2+) e a efluentes reais (siderúrgicos) e simulados em laboratoriais (baseado nos limites máximos permitidos para descarte). Os bioensaios com peixes foram os menos sensíveis, D. rerio não detectou toxicidade em nenhum dos efluentes testados. P. subcapitata foi um bom bioindicador de toxicidade de Cr3+ e D. similis foi o organismo mais sensível a Hg2+. O uso combinado do bioensaio crônico de 72h com C. vulgaris e do bioensaio agudo de 48h com C. dubia garantiu a detecção das menores concentrações dos metais tanto individualmente quanto em efluentes reais e simulados. Apesar de P. subcapitata ser um bom bioindicador da toxicidade de Cr3+, a interação dos metais em misturas tornou C. vulgaris igualmente sensível. Da mesma forma, apesar de D. similis ter sido mais sensível ao Hg2+, o efeito da toxicidade dos efluentes com maiores teores de Hg2+ foi detectado por C. dubia === CONAMA Resolution No. 430/2011 requires the use of at least two bioassays (two trophic levels) for ecotoxicological evaluation of effluents. The use of bioassay batteries is necessary to evaluate toxic effects at various biological levels. The selection of bioassays without prior testing and determination of the most sensitive/suitable groups for each impact may allow the discharge of effluents that pose a threat to the environment. In the present study we tested and selected a battery of sensitive ecotoxicological bioassays for detecting toxic effects of metals. The sensitivities of six organisms were evaluated (algae Pseudokirchneriella supcapitata and Chlorella vulgaris, Cladocera Daphnia similis and Ceriodaphnia dubia, and fish Poecilia reticulata and Danio rerio) after exposure to 10 individual metal species deemed toxic to the aquatic environment (Ag+, Cd2+, Cu+, Cu2+, Cr3+, Cr6+, Pb2+, Ni2+, Zn2+, and Hg2+) and to real (steel-mill) and laboratory simulated effluents (based on maximum allowable cocentration of metal in effluent for disposal). In the bioassays, fish were the least sensitive; D. rerio showed no sensitivity to any of the effluents tested. P. subcapitata was a good bioindicator of Cr3+ toxicity, and D. similis was the most sensitive organism to Hg2+; but the toxic effect of effluents with higher levels of Hg2+ was better detected by C. dubia. Although P. subcapitata be a good bioindicator of toxicity of Cr3+, the interaction of metals in mixtures became equally sensitive C. vulgaris. The most sensitive battery of bioassays to detect low concentrations of dissolved metals in effluents was the 72-h chronic test with C. vulgaris and the 48-h acute test with C. dubia. The identification of these responses is important for countries that are starting to ecotoxicological assessment of their effluents, as well as Brazil, and serves as a reference for the environmental agencies in the management and control of effluents. The limits of acceptability of toxicity should be based on batteries of tests with sensitive organisms