Summary: | Este trabalho visa analisar os livros Grande Sertão: Veredas, de João
Guimarães Rosa, e Lavoura Arcaica, de Raduan Nassar, autores conscientes da
abertura interpretativa de sua criação ficcional. A presença permanente de novas
interpretações em suas obras se traduz na recriação de realidades, como se
entrássemos em um labirinto em constante expansão. A mímesis ocorrida é o
processo de construção do labirinto, e as direções que esse labirinto vai tomar são
imprevisíveis. Para que esse evento possa ser analisado nas obras de Nassar e
Rosa, é indispensável que se identifique o efeito estético da recepção proposto por
Hans Robert Jauss: uma compreensão da obra ligada ao horizonte estético do leitor,
que também pode ser expandido através da interação entre obra e receptor. Assim,
o labirinto passa a ser construído também pelo leitor da obra, sendo a interpretação um constante devir através dessa interação === This work aims at analyzing Grande Sertão: Veredas, by João Guimarães Rosa and Lavoura Arcaica, by Raduan Nassar, two authors aware of their texts being open to different interpretations. The continuous presentations of new interpretations of their books are translated in the recreation of many different realities, as if one enters a labyrinth while it is being expanded. Mimesis occurs as a process of building of a labyrinth, and the directions of this labyrinth are unpredictable. This event can only be analyzed happen if the aesthetic effect of reception proposed by Hans Roberto Jauss is identified as an occurence. An understanding of the literary work connected to the aesthetic background of the reader, which can also be expanded through the interaction between the text and the reader. Thus, the labyrinth is also built by the reader, and interpretation becomes an eternal devenir through this interaction
|