Summary: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Este é um texto que se constrói sobre uma linha frágil, contraditória talvez. Acredita na impossibilidade de transmitir uma experiência narrada, mas que, ao mesmo tempo, tenta fazer-se experiência em certo tipo de narração. Um desafio; um risco que corremos ao escrever sobre os efeitos das práticas de filosofia com crianças da Escola Municipal Pedro Rodrigues do Carmo, de Duque de Caxias, RJ,envolvidas com o projeto de extensão universitária 'Em Caxias, a filosofia em-caixa?A escola pública aposta no pensamento', coordenada pelo professor Walter Omar Kohan e desenvolvido pelo Núcleo de Estudos Filosóficos da Infância (NEFI) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Como professor envolvido comeste projeto desde 2009, pude notar alguns aspectos nestas práticas que apontavam indícios de que uma outra relação com os tempos, os saberes e as infâncias eram possíveis na complexidade cotidiana de uma escola. Tomando tais indícios como pistas de uma investigação, buscou-se compreender como estes temas se relacionavam com a escola e com os sujeitos formados por ela. A opção estética para este texto foi apresentá-lo como uma experiência de filosofia, partindo de uma 'disposição inicial', onde se apresenta de maneira leve as propostas deste escrito;passando pela 'vivência de um texto', onde apresentar-se-á o projeto 'Em Caxias, a filosofia em-caixa?' como texto a ser experienciado; rumando para uma 'problematização', de onde se levantam questões acerca deste texto; passando para a 'escolha de questões' a serem abordadas; indo, pois, para o 'diálogo' com os autores acerca dos temas eleitos e finalizando com um momento que chamamos de 'para continuar pensando', que de maneira alguma representa o fim derradeiro de uma questão. Para este diálogo, foram convidados W. Kohan e suas percepções sobre a infância, M. Foucault e suas contribuições sobre as relações de saber/poder,e, a partir dele, se estabelece uma relação com Jorge Larrosa que se propõe a discutir a formação do sujeito e as possibilidades da filosofia e da educação.Partindo de referenciais teóricos distintos, mas encontrando pontos de convergências com estas discussões, temos o harendtiano Jan Masschelein e suas considerações sobre a profanação e a suspensão dos saberes e a dissonante voz de Jacques Rancière e suas proposições sobre emancipação e embrutecimento. A última parte deste escrito consiste nas considerações finais acerca das discussões e a ponta algumas possibilidades de construção de um espaço/tempo onde as relações entre sujeitos e saberes pode se dar de uma outra maneira. === Este es un texto que se construye sobre una línea frágil, contradictoria tal vez. Cree en la imposibilidad de transmisión de una experiencia, que, al mismo tiempo,intenta hacerse experiencia en cierto tipo de narración. Un desafío; un riesgo que corremos al escribir sobre los efectos de las prácticas de filosofia con niños de La Escuela Municipal Pedro Rodrigues do Carmo, de Duque de Caxias/RJ, que participan del proyecto de extensión universitaria 'Em Caxias, a filosofia em-caixa?',coordenado por Walter Omar kohan y desarollado por el Núcleo de Estudios Filosóficos de la Infancia (NEFI) de la Universidad del Estado de Río de Janeiro (UERJ). Como maestro me vinculé a este proyecto en el año de 2009 y pudepercibir algunos aspectos en estas prácticas que evidenciaban indicios de que outra relación con los tiempos, los saberes y las infancias eran posibles en la complejidad diaria de una escuela y con los sujetos formados por ella. La opción estetica para este texto fue presentralo como una experiencia filosofica, empezando por uma 'disposición inicial', donde presenta las proposiciones de una manera más leve; pasando por la 'vivencia de un texto', donde presenta el proyecto 'Em Caxias, a filosofia em-caixa?', como texto a ser experienciado; caminando para una'problematización', donde se hace una lista con preguntas acerca de ese texto;seguido de la 'elección de las cuestiones' que serán abordadas; avanzando para el'dialogo' con los autores sobre las cuestiones elegidas y, para cerrar, el momento que llamamos 'para seguir pensando' que de ninguna manera representa el fin de um tema. Para ese dialogo , fueran invitados W. Kohan y sus percepciones sobre La infancia, M. Foucault y sus contribuciones sobre las relaciones de saber/poder, y,desde él, se establece una conexión con Jorge Larrosa que se propone discutir La formación del sujeto y las posibilidades de la filosofía y de la educación. Con um referencial teórico distinto, pero con puntos de convergencias con esas discusiones, el estudioso de Hannah Arendt, Jan Masschelein y sus consideraciones sobre La profanación y la suspensión de los saberes y la voz disonate de Jacques Rancière y sus proposiciones sobre emancipa ción y embruteciemento. La última parte del texto consiste en consideraciones finales sobre algunos temas abordados y apunta algunas posibilidades de construcción de un espacio/tiempo donde las relaciones entre sujetos y saberes pueda darse de otra manera.
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