Quanto en caso de amores: a relação (extra)conjugal em três autos de Gil Vicente

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === Don Duardos, como comprovam as palavras preambulares da Copilaçam de 1586, surge como uma obra de viragem no tocante à produção teatral de Gil Vicente. Seria um serviço oferecido ao novo rei, D. João III, um serviço qualitativamente d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andreza Barboza Nora
Other Authors: Maria do Amparo Tavares Maleval
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro 2008
Subjects:
Online Access:http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4338
Description
Summary:Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === Don Duardos, como comprovam as palavras preambulares da Copilaçam de 1586, surge como uma obra de viragem no tocante à produção teatral de Gil Vicente. Seria um serviço oferecido ao novo rei, D. João III, um serviço qualitativamente diferente do até então exercido. A diferença reside, segundo Vicente, no tratamento da temática amorosa, uma vez que sob o reinado de D. Manuel quanto en caso de amores apenas teria trabalhado com personagens das camadas baixas da sociedade, enquanto no novo serviço colocaria em cena figuras do estrato nobre. A presente dissertação empreende uma análise de três canônicos autos vicentinos, que tematizam a relação (extra)conjugal: Auto da Índia (1509) representado sob os auspícios da rainha D. Leonor de Lencastre , Tragicomedia de Don Duardos (1522) e Farsa de Inês Pereira (1523) tecidos durante o reinado de D. João III. Buscou-se comparar as protagonistas das referidas farsas e o modo como se desenvolvem suas relações extramatrimoniais, com o objetivo de evidenciar-lhes os pontos de convergência e divergência. Procurou-se, no Don Duardos, revelar a existência de uma escala de perfeição na qual se inserem as três diferentes relações amorosas apresentadas na peça. Sempre que pertinente, foram ressaltadas as alusões, por aproximação ou oposição, aos preceitos do amor cortês ditados pelo Tratado de André Capelão. Foi possível observar que somente os personagens não-nobres dão vazão aos anseios sexuais e mantêm relações adulterinas e que o fato de Gil Vicente se mostrar condescendente para com essas figuras ameniza o comportamento infiel das mesmas. Notou-se também que o autor condena de modo impiedoso a falsa galanteria praticada essencialmente por escudeiros ambiciosos e falsos cortesãos e que é a figura do cavaleiro, como se pôde perceber no Don Duardos, um modelo não somente na guerra, mas também no amor === Don Duardos, como comprueban las palabras en el preámbulo de la Copilaçam de 1586, surge como una obra de cambio en lo referente a la producción teatral de Gil Vicente. Sería un servicio ofrecido al nuevo rey, D. Joao III, un servicio cualitativamente diferente de lo practicado hasta entonces. La diferencia reside según Vicente, en el tratamiento de la temática amorosa, una vez que bajo el reinado de D. Manuel quanto en caso de amores solo habría trabajado con personajes de las capas bajas de la sociedad, mientras que en el nuevo trabajo coloca en escena figuras del estrato noble. La presente disertación emprende un análisis de tres canonicos autos vicentinos, que tienen como tema la relación (extra)conyugal: Auto de la India (1509) representado bajo los auspicios de la reina D. Leonor de Lencastre , Don Duardos (1522) y Farsa de Inés Pereira (1523) tejidos durante el reinado de D. Joao III. Se procuró comparar las protagonistas de dichas farsas y el modo como se desarrollan sus relaciones extramatrimoniales, con el objetivo de poner de manifiesto los puntos de convergencia y de divergencia. Se buscó, en Don Duardos, revelar la existencia de una escala de perfección en la que se integran las tres diferentes relaciones amorosas presentadas en la obra, por aproximación o por oposición, a los preceptos del amor cortés dictados por el Tratado de André Capelao. Fue posible observar que solamente los personajes no-nobles dan rienda suelta a las ansias sexuales y mantienen relaciones adúlteras y que el hecho de que Gil Vicente se muestre condescendiente con esas figuras, minimiza el comportamiento infiel de las mismas. Notamos también que el autor condena sin piedad la falsa galantería practicada esencialmente por escuderos ambiciosos y falsos cortesanos y que es la figura del caballero, como puede percibirse en Don Duardos, un modelo no tan solo en la guerra, sino también en el amor